07
julho
2014

Comer maçã dá fome

Postado por Ana em Dieta, Saúde

Uma mosquinha chamada Phaltaridae de vontadis de postar me picou! 🙂 E olha que tô cheia de produtos novos testados! ://

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Bom, mas tenho que dividir uma curiosidade com quem não sabe! Eu já falei aqui algumas vezes que comer maçã é um hábito que eu tenho, por ser ela uma fruta bem prática e saudável. Como de várias formas, seja após o café-da-manhã, como sobremesa, junto com lanche, etc. Até aí nada demais. O problema é quando eu resolvo perder alguns quilinhos e começo a usar maçã isolada como lanche intermediário. Andei uns dias sem correr por dores no tornozelo e ando comendo muita porcaria – resultado disso são uns quilinhos a mais. E sempre que eu como maçã assim (há séculos, tipo, desde adolescente), eu estava reparando que me dava uma fome danada! Ficava doida: como assim tô comendo e ficando com MAIS fome? Eu achava que era psicológico (aka gula) e deixava pra lá, mas começou a ficar um fato tão gritante que eu dei um google e..
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Não é que não é só comigo que acontece?

As possíveis justificativas? (Não tô afirmando 100%, porque não sou nutricionista!)

1) Maçã é ácida, estimula produção de ácido gástrico, que a digere rapidamente e dá fome
2) Tem ácido málico, que envia um sinal para o hipotálamo que dá fome. Eu nunca nem ouvi falar nesse ácido, mas como eu começo a sentir muita fome já na primeira mordida, só pode ser uma coisa neuromediada mesmo. Isso também pode ser explicado por ele ser adstringente. Como ele também está presente na pêra (nunca como), imagino que pêra também nos dê fome.
3) Maçã, por ser carboidrato de rápida absorção, leva a um pico de insulina, que dá fome. Maaas, com certeza não é só isso, porque a melancia tem um índice glicêmico muito maior e não me dá fome alguma quando como.
4) Gastaríamos mais calorias para digerir a maçã do que as calorias que ela tem (alimento com “caloria negativa“).

A recomendação é para que, se consumir como lanche intermediário, nunca seja sozinha. Não é para abandonar a maçã, que é um super alimento. Vale acrescentar um iogurte, queijinho, castanhas ou alguma outra fonte de proteína, gordura e/ou fibras. Eu tenho comido com uma torradinha de gergelim com queijo feta!

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E pronto! Continua um lanche pequeno, e mata minha fome em vez de atiçá-la ainda mais! 🙂 Acho que agora minha dieta vai ficar mais fácil. Só lembrando que minha “dieta” sofre pausa em todos os jogos da copa, haha.

Não posso jurar que isso seja um fato exato, ou que seja verdade para todas. Mas posso afirmar sim, que em MIM, maçã sozinha dá fome. Uma fome de leão!

Ps: nutricionistas fiquem livres para dar opiniões sobre o fato! 🙂

Beijos!

18
junho
2014

Dica: biscoito de arroz integral

Postado por Ana em Dicas, Dieta

Já faz anos que tenho o hábito de comer de 3 em 3 horas. Todas sabemos que é mais saudável e ajuda a controlar impulsos comilões (prato de pedreiro nas refeições principais) mas para mim nem opção é. Eu MORRO de fome após três horas e começo até a tremer. 🙁 Por isso, pra mim, lanche intermediário é obrigatório! Até há algum tempo eram só barrinha de cereal ou maçã mais ou menos Polenguinho (aqui substituo com uma fatia de queijo Feta, que amo e me lembra queijjjj minssss).

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Em BH minha irmã sempre compra essas bolachas de arroz no Mundo Diet e de início eu achava uó, sem gosto de nada. Até que experimentei com geléia e gamei! Fica um gostinho de pipoca-guri!

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Tenho comprado pacotes de “Reis Waffeln” (bolacha/biscoito de arroz) desde que me mudei para cá, (ou então versões quase idênticas de milho/arroz) e dá para comer com o que a imaginação mandar, mas eu acho que combina mais com complementos doces! Idéias: geléias variadas, Nutella, mel ! Eu adoro com geléia de morango e essa geléia africana com pedacinhos de laranja:

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Deixo na caixa de pão para ficar fresquinho e crocante e a validade é muito maior do que fatias de pão de forma, por exemplo. É um petisco rico em fibras, livre de glúten (não que eu ligue), aromatizantes, conservante etc!

E a novidade é que um dia tava com a barriga roncando e com preguiça de abrir a geladeira para passar geléia (SIM, olha o nível de preguiça) e comi a bolacha pura. Não é que comecei a achar “comível” pura também? Acostumei com o gosto (ou falta dele). Não é tão gostoso e necessita até de um pouco de costume, mas sem os complementos doces é uma versão ainda mais light e dieta-amigável!

Fica a dica de um lanchinho intermediário saudável! 😉

Beijos!

19
setembro
2013

Será que o glúten é tão malvado mesmo?

Postado por Ana em Corpo, Dieta

Esta moda de “ser saudável” que está tendo mundo afora é a melhor que já vi. Bem melhor do que cigarro entrar em moda igual nos anos 50, bem mais útil do que a moda dos sneakers, concordam? Várias pessoas estão aderindo a um estilo de vida saudável, fazendo exercício físico, se alimentando melhor … ótimo! Eu mesma aderi um pouco e estou super feliz assim ! Mas como nem tudo é perfeito, vários modismos nonsense aparecem. Não quer dizer que não fazem sentido sempre, sabe? Mas vai virando aquela lavagem cerebral: fulana repete o que fulana viu que fulana comprou e postou no instagram. Então… pensem! Pesquisem! Consultem profissionais BONS. Porque o que tem de doutor-marketing por aí … vixi!

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Sao inúmeros, inúmeros suplementos pipocando a cada dia. Tem gente por aí que toma mais comprimido e suplementos do que se alimenta. Sendo que, na maioria das vezes e na maioria dos casos, uma alimentação adequada irá suprir suas necessidades. E é SEMPRE melhor adquirir os nutrientes que você precisa através de alimentos. E, para a maioria das pessoas (não disse todas), aquele tanto de Whey, BCAA, L-carnitina, Centrum e blablabla serão apenas dinheiro jogado no lixo. Os trendsetters agradecem, porque é uma indústria que movimenta MUITO dinheiro. Nunca duvidem do poder da indústria em comprar idéias por aí …

Uma das modas agora é fazer dietas sem lactose e/ou sem glúten. Em relação à lactose, eu concordo que grande parte das pessoas têm algum grau de intolerância (postei sobre isso aqui), pode ter a digestão mais difícil, empachar, etc. Já em relação ao glúten: êta proteína injustiçada.

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O glúten é uma proteína encontrada em grande parte dos alimentos que consumimos, porque está presente no trigo, na aveia, na cevada. Existe uma doença, chamada Doença Celíaca, na qual há uma hiperssensibilidade a esta proteína. Atenção: o problema não é que a pessoa não consegue digerir o glúten. O problema é a reação: o intestino fica bem inflamado e diminui sua capacidade de absorção de outros nutrientes. Pessoas com doença celíaca devem abolir totalmente o glúten de sua dieta. Os sintomas da doença são muitos, mas podem permanecer frustros por muitos anos. E quanto mais rápido descobrir, melhor, já que neste caso, o contato com a proteína do glúten aumenta muito a chance de desenvolver câncer de intestino. Se seu médico desconfiar, ele vai pedir uma triagem de anticorpos (só um exame de sangue). Se alterado, outros exames serão necessários. Como boa hipocondríaca já fiz minha triagem há uns anos, pra ficar bem tranquila neste quesito.

Para quem não tem esta hiperssensibilidade, o consumo de glúten não causará mal algum ao organismo. Pelo menos ninguém nunca provou isso. É como você parar de comer amendoim porque existem outras pessoas com alergia a amendoim.

Em relação ao emagrecimento e bem-estar nessas dietas anti-glúten, não é necessariamente pela falta de glúten em si, mas porque os alimentos farinhentos gordinhos que o contém deixarão de ser consumidos (ver artigo). E, sinceramente, se você tem força de vontade para escapar do tanto de alimento com glúten, você vai ter força de vontade para um monte de coisa, né? A ingestão mais controlada de carboidratos e gorduras, isso sim causa um bem-estar maior. Mas não esqueçam que existem alimentos sem glúten tão calóricos quanto os com…

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O lado bom desta moda anti-glúten é que cada vez mais opções de alimentos estão surgindo para os celíacos, que eram bem esquecidos pela indústria. O lado ruim desta moda é criar neura na cabeça das pessoas, que ficam se sentindo “culpadinhas” por comerem alimento que o contém, já que a amiga falou que ela tá fazendo um “detox mara” de glúten.

A intolerância não-celíaca ao glúten (artigo aqui) é um conceito meio novo, e diz respeito a pessoas sem a doença celíaca e que, ainda assim, não se sentiriam bem após comer coisas com glúten. Este conceito, na verdade, se direciona principalmente a pessoas com outras condições de saúde: síndrome do intestino irritável, enteropatia por HIV, diabetes, artrite reumatóide, etc. Neste caso, o exame de sangue é normal, a biópsia intestinal é normal. Especialistas acreditam que isso é provavelmente por causa viés/fatores de confusão devido às próprias condições associadas (ver artigo). Achei um artigo vagabundinho falando que o glúten poderia piorar o quadro de pessoas com certo genótipo do intestino irritavel padrão-diarréia. Enfim… melhor preocupar com as radiações de telefone celular do que com isso. Mas claro, se você não come glúten e se sente bem assim, vá em frente! Só, por favor, não vire um desses catequizadores anti-glúten chatos que tenho visto por aí. Deixem-me ser feliz com meu glúten também, viu?

Desculpem se tiver ficado meio longo e complicado, mas com menos que isso eu não ia conseguir explicar meu ponto de vista.

Beijos

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