15
outubro
2019

Fim de verão na Bretanha

Postado por Ana em Viagens da Ana

A Bretanha (em francês Bretagne) é uma região administrativa no oeste da França, ao mar. É um destino bem “europeu”, sabe? Tanto que não percebi nem meio brazuca passeando por lá. Eu mal tinha ouvido falar e nunca pensei em visitar. Como curto cultura-pop logo descobri que é a terra onde o Asterix morava (Aremorica, atualmente na Bretanha) e palco de uma série criminal “Kommissar Dupin” do canal alemão ARD – e pelo que percebi muito apreciada por alemães de uma geração acima da minha.

Daí surgiu a oportunidade de viajarmos em família. Não pensei duas vezes, ne? Não foi, digamos, facílimo viajar 1000 km ida E volta com uma bebê que não é das mais entusiastas de carro. Cantei meu repertório de músicas infantis seis mil vezes, repeti historinhas inventadas e não-inventadas, fizemos mil paradas pra ela mamar/acalmar e tivemos algumas fraldas explosivas no trajeto – mas no geral foi menos difícil do que pensei que seria.

Para ficar menos cansativo pra ela, na ida pernoitamos em Versailles e na volta em Fontainebleau (super dica que me deram no Instagram e amei). Tinha estado em Versailles há mais de 10 anos, mas achamos melhor passear apenas pelos jardins.

O Castelo de Fontainebleau, lá também tem lindos jardins

Em Versailles com minha bebê!

Durante todo o tempo pegamos sol e céu azul – foi uma baita sorte, porque a chuva e frio chegaram logo em seguida e pelo que vi teriam estragado demais a viagem.

Alugamos em uma casa em Moëlan-sur-Mer. Visitamos várias praias ali perto, fizemos trilhas longas (sim, com bebê – coisa de alemão) e conhecemos cidadezinhas da região – amei Pont Aven (a cidade dos pintores) e Concarneau. E que delícia passear nos mercados locais e comer gostosuras – só a ostra que eu sempre “passo”, mas o resto da família se lavou. Comemos em vários restaurantes, inaugurando uma fase difícil em que a Lívia só quer brincar com garfo, faca, prato, taças e explosivos e ignora sutilmente seus brinquedinhos. Mas no fim das contas funcionou e não deixamos de fazer nada que queríamos.

Concarneau

Concarneau

No Mercado em Moëlan-sur-Mer

Pont Aven

Por-do-sol lá é espetacular e a foto não faz jus

Prainha, mais pra ver do que pra nadar, água gelada

Foi uma delícia passear tanto, ver tanta natureza e admirar a beleza do local. Nós brasileiros somos muito exigentes com praias, né, se é que me entendem. Não é aquele destino pra quem tá precisando “pegar uma prainha”. Mas a imensidão do Atlântico e as enormes rochas são lindas de se ver e achei o local ideal pra quem quiser curtir a cultura francesa.

Bisous

05
dezembro
2018

Dica: minhas botas de inverno favoritas da vida

Postado por Ana em Moda, Viagens da Ana

Se tem uma coisa que faz MUITA diferença no inverno é quando os pés estão gelados. Você pode estar vestida toda quentinha, mas aquele frio dos pés sobe pelo seu corpo te fazendo um picolé. A minha botinha favorita estragou há uns meses e eu estava já querendo comprar outra, até porque estava com uma viagem de muita “andação” planejada. Essa que eu tinha era uma de qualidade média (não tem marca escrita, paguei uns 70-80 euros no Kaufhof), preta de couro e não-forrada, mas eu coloquei uma daquelas solas térmicas nela e achava bem ok. Não tenho UGG, mas tenho algumas análogas dela (tipo da S. Oliver) , mas não me agrada aquela camurcinha por fora, porque não pode molhar, sabe? A minha bota mais quentinha é de uma marca chamada Cha. Lembro que ela foi mais cara que UGG, paguei há 4 anos uns 300 euros (!!!!) é também toda forrada por dentro e por fora é de couro e a sola de borracha como deve ser. Só acho que ela tem muita cara de inverno tipo “homem das neves” e não gostava de usar em um dia de outono, por exemplo. Não era a melhor para ficar de andação em viagens também. Além do que não a acho mega confortável (pegava um pouco no calcanhar), nem a melhor para usar em dias chuvosos. E mesmo assim, dependendo do dia, sentia sim meu pé ficando gelado por dentro. Ou seja, o custo-benefício certamente não foi bom.

Estava então há umas semanas passeando em Frankfurt , num dia que eu subestimei o frio. Estava uns 13 graus mas a sensação térmica estava bem baixa por causa do vento. E eu com minha botinha da Arezzo, hahaha. Nossa eu estava passeando no centro com a família do marido e fiquei num mau humor só, porque meu corpo inteiro estava congelando por causa dos pés. Queria também uma bota nova pra fazer “turismo urbano“, já que minha favorita tinha quebrado. Meu marido mencionou então uma marca que acho que até já tinha ouvido falar mas que jazia nas profundezas do meu cérebro. Se chama Panama Jack e ele disse que seria a melhor marca de botas de inverno ever. Ali mesmo digitei no google qual loja do centro de Frankfurt vendia, achei umas opções e fui lá ver.

guerreira meio sujinha após uso exclusivo na viagem

Chegando, amei pelo menos uns 5 modelos diferentes, foi até difícil decidir. Várias cores e alturas, mas prefiro aquelas que vão um pouco acima da calça. Elas tinham a sola de borracha, eram de couro e também todas revestidas por dentro. A vendedora me garantiu que são ótimas pra neve e chuva. E o que me agradou: podem parecer como botinhas normais, não homem-das-neves. Acabei escolhendo um modelo que dá também para dobrar e ficar com o tal look se você desejar (mas ainda não usei assim):

se preferir o look esquimó é só dobrar assim

Todas eram na casa de uns 150-200 euros, mas já digo que vale o investimento. Você não está pagando pela marca (pelo menos não muito), mas pela qualidade mesmo! Já saí usando e achei a coisa mais confortável do mundo. E os pés quentinhos o tempo todo. E olha, meu pé gordo não costuma aceitar sapatos de primeira não. A prova de fogo foi a viagem que fiz na semana seguinte – em que andaria MUITO e ainda sempre com o mesmo sapato (fui de mala de mão). E fiquei confortável e viagem toda, e sempre quentinha. Pisava em poças d’água e tudo mais… e eu gosto de bota fácil de calçar, com zíper do lado. Essa que escolhi é assim! Vou ficar devendo o número do modelo, não tem escrito nem na bota nem na caixa. 🙁

Lembrando que esses sapatos de couro você tem que impermeabilizar com spray de vez em quando! Sempre tem pra vender em loja de sapato mesmo.

De quebra algumas fotinhos da minha viagem. Fui para Paris, Londres e de novidade… Liverpool! Era meu sonho conhecer Liverpool! 🙂 Infelizmente a botinha só figura em uma foto.

Em Paris estava MUITO gelado (mas não para mim, hehehe). Tenho amado esse tempo frio e fechado em 2018, depois explico melhor

Tour do Harry Potter (Warner) com a tal da Butter Beer, a pior bebida de todos os tempos

Ana “Michelin” quentinha no Hyde Park. Além da bota, estava usando blusa + calça térmica da Uniqlo, pullover fofinho, um buff, cachecol e claro – casacão e gorrinho. Luvas na bolsa, só uso pra segurar sombrinha se chover. DETESTO usar luva, me sinto igual um gato sem bigode, mesmo essas minhas que são “touch”.

Curtindo a Winter Wonderland com minha mighe

Finalmente em Penny Lane! Lá estava BEM mais quente que em Paris, mas mais molhado também

Entrei pra ouvir Beatles e só saí quando estava morrendo de fome, hahaha

Os portões de Strawberry Field, muita emoção pra beatlemaníaca aqui!

Resolvi fazer esse post porque sempre perguntam dica de coisas pra inverno. Sempre que achar algo imperdível divido aqui com vocês, ok? E essa dica não tinha como guardar só pra mim, hehehe!

Beijos

18
outubro
2018

Férias no lago di Garda

Postado por Ana em Viagens da Ana

Ando tão relapsa que reparei que não postei nada das minhas férias de verão na Itália. Desta vez queria um destino que desse para ir de carro e vocês sabem que Itália é minha paixão, né? Daí meu marido sugeriu o Largo di Garda – que lá fui reparar que é o destino mais alemão ever. Você só escuta alemão dos turistas na rua e os locais quase todos sabem falar alemão também. Os teutos têm todo um fascínio por esse lugar. Ele sugeriu o lago porque é um ótimo lugar para fazer esportes aquáticos, principalmente windsurf e barco a vela. As condições de vento são favoráveis. Eu sou um ser que tem medo de água, nado mal e desde criança meu medo #1 é morrer afogada. Vai entender, né? Mas ainda assim topei experimentar stand up paddle (claro, com um colete salva-vidas maior que eu, hihihi). Lá tem muitas lojas com esses materiais, escolinhas de windsurf, etc, etc!

O maior objetivo nesta viagem… hehehe

Pra queimar um pouco as massas.. 🙂

O lago é muito grande, é o maior da Itália! E são várias cidades por ele em que você pode se hospedar ou visitar. Nossos amigos costumam ficar em Sirmione, mas optamos ficar em Malcesine, é mais lá no final e gostamos muito. Na verdade nossa escolha foi mais pelo hotel, e ele foi escolhido justamente por já ter coisas pros esportes aquáticos, você pega o material lá mesmo. E tem uma “prainha” particular. O hotel nos surpreendeu muito, então recomendaria mil vezes. Se chama Hotel Sailing center. Todo mundo simpático, café delícia, ótimas instalações. O restaurante é tão bom que jantamos lá todas as noites. Uma salva de palmas para mim, que não tirei nenhuma foto do hotel. 🙁 Não fica muito perto do centro de Malcesine, mas íamos andando passeando, acho que gastávamos de 20-30 minutos para chegar. O centro tem muitos restaurantes, lojinhas. É uma cidade bem fofa.

Praia de pedras, haha

Malcesine

Fomos no início de julho e já estava bem quente (pouco mais de 30) mas ainda não estava aquele calorão insuportável de 40 graus. A água não é morna, eu aliás achei bem fria. Por isso adorei ficar remando pra lá e pra cá no stand up paddle sem me molhar. Eu devo ter algum talento escondido, porque não caí nenhuma vez (insira aqui emoji de óculos escuros). Estava meio preocupada com o sol no rosto, então deixava pra ir mais no final da tarde. Essas férias foram essenciais numa época em que estava precisando muito ficar de pernas pro ar. É também uma boa opção para quem quiser conhecer Verona, fica lá perto. É um destino meio difícil de chegar sem ser de carro – quem estiver de férias na Europa e quiser ir lá, sugiro alugar um carro pra isso!

O interessante desses lagos é que não é igual praia, então você tem que usar uns sapatinhos próprios pra pisar nas pedras. Comprei baratinho (10 euros), lá mesmo, esse aqui:

O caminho de carro entre Alemanha e Itália nem precisa falar né? Uma atração à parte. As paisagens da Suíça, afff, coisa linda! Na volta ainda turistamos em Innsbruck na Áustria e visitamos as cataratas do Reno na Suíça. Lindo demais!

Cataratas do Reno: cachoeira com maior volume de água da Europa

Cataratas do Reno

Tchauzinho bem anos 90 – em Innsbruck!

Centrinho de Innsbruck

Fica então a dica! No Brasil se ouve falar muito do lago di Como e Capri (aliás, bem mais caros), mas fica aí uma alternativa linda e mais econômica! E pra nós, meio off-circuit, né? Não escutei português nem uma vezinha sequer…

Baccio!

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