16
outubro
2017

Strasbourg é linda

Postado por Ana em Viagens da Ana

Há anos eu queria ir para Strasbourg, uma cidade da França que fica a 89km da minha, mas com acesso via Autobahn chega-se bem rápido. Assim como Colmar, ela fica na Alsácia, aquela região que sempre foi muito disputada entre França e Alemanha. Daí a história é a mesma: lembra muito a Alemanha, claro! E lembra muito a minha própria região. É engraçado que uma das comidas mais típicas de lá, o Tarte flambée, anunciado em todos os restaurantes, é nada mais que o Flammkuchen, a comida que também é típica da minha cidade. Eu inclusive faço Flammkuchen para todos os amigos que vêm à minha casa, he he he! 😉

Vinha empurrando muito com a barriga, todo final de semana surgia alguma coisa. Vi que o tempo desta vez ia estar maravilhoso – e sabemos que essa situação não vai durar muito, então a hora de passeios a céu aberto era essa mesmo.

E que cidade linda! E que diazão, bicho. Quem viu, viu, quem não viu acho que só em abril agora! 🙂 Não tinha uma nuvem no céu, era um sol que não agredia e no auge chegou aos 25 graus em pleno outubro. Desta vez não fui para “fazer turismo” per se. Queria mesmo era passear e pegar um ar fresco. Exploramos as ruelas, passeamos de mãos dadas, ai, porque a França é tão romântica? kkkkkkk

Alemanha?

Strasbourg é uma ótima cidade para fazer compras, tem de tudo lá, inclusive lojas de grife como Hermés (não que eu vá comprar Hermés, mas cês entendem). Acho que é a Sephora mais perto da minha casa, pois na Batatolândia não tem Sephora. Petiscamos muito por lá, tomei um vinho da região (que por acaso é o mesmo da MINHA região, rs) e almoçamos sanduíche com batata frita! Gente e o tanto que me irrita que na França se come sanduba com garfo e faca? hehe

O principal ponto turístico da cidade é a Catedral de Estrasburgo – sempre que as pessoas postam fotos de lá em redes sociais eu achava brevemente que elas estavam em Freiburg. E chegando lá, vi que a bicha é parecida mesmo. Não entendo muito de arquitetura, mas as duas me dão a mesma sensação, exceto pelo fato da francesa só ter uma torre.

Catedral de Strasbourg

Uma coisa do centro histórico que queria conhecer era a Petite France. A origem do nome é menos romântica do que soa. Era lá que ficavam as pessoas com sífilis . Nossos amigos alemães chamavam sífilis de “doença dos franceses”. Por essas e outras que eles aaaaaamam os alemães ali! #sqn

Apesar de ser só um pouco maior que minha cidade (tem 279.000 habitantes), Strasbourg tem uma importância política bem maior pois, junto com Bruxelas, é a cidade-sede do parlamento europeu. Isso é fácil de perceber, pois ela encontra-se armada até os dentes. Vimos muitos policiais à paisana (não estavam de uniforme mas dava para ver que eram) bem como muitos homens do exército mesmo, com metralhadora na mão. Aliás, detesto, morro de medo de um deles pirar e RATATAÁTÁAÁÁ! Enfim, uma das maiores atrações de Strasbourg é o mercado de Natal, mas por esse motivo de segurança, “I’ll pass” mais uma vez, vou só curtir os daqui da roça mesmo. As entradas das ruas turísticas têm uma pequena barreira de concreto para carros não entrarem, mas ainda assim …

A cidade tem muitos parques lindos! Passei por alguns mas pretendo voltar em breve e fazer um piquenique no Parc de l’Orangerie – mas vai ficar para a primavera mesmo, pois o implacável novembro já já está aí! Para quem está em Paris, Strasbourg fica a cerca de 2 horas de viagem.

Se não tiver carrossel, não é França, né?

Bisous!

07
outubro
2017

Cenas de Philadelphia e NY

Postado por Ana em Viagens da Ana

Eu nunca tinha estado em Nova Iorque! Até eu mesma achava esquisito pois sempre achei que eu seria “a pessoa mais NY do mundo”! Aqui tem uma música famosa chamada Ich war noch niemals in New York (significa “eu nunca estive em NY”) e eu cantarolava essa música meio que me identificando, hehe! #dramática

Meu cunhado se mudou para a Philadelphia este ano, então foi a oportunidade perfeita! Fomos então visitá-lo numa época ótima – setembro – e claro que demos uma esticadinha até NY! Fui com a família alemã e foi meio engraçado conciliar minha primeira viagem a NY (com tudo o que sempre sonhei em ver, comer, etc) com pessoas diversas. Mas não é que deu certo? Consegui fazer muito do que queria. A visita à NY coincidiu com a reunião da ONU e, talvez por isso, eu meio que atingi meus limites de urbanidade.

Era um continuum de buzinas e ambulâncias. De forma que meu medo de “querer morar em NY” passou no primeiro segundo. Acho que envelheci e agora tudo o que eu quero é uma casinha tranquila com jardim. Vai entender, né? 🙂 Olha, eu comi muitas coisas “famosinhas de internet”! Mas o que me impressionou mesmo foi a sopa do Soup Nazi – só não se esqueçam que sou uma maluca por sopas!!! E quem nunca assistiu o episódio do Soup Nazi de Seinfeld, faça-se esse favor!

Luke’s Lobster, Gray’s Papaya, Magnolia Bakery e Artichoke Basille’s Pizza

Mas sensacional mesmo foi a sopa do Soup Nazi

Uma coisa que AMEI em NY foi assistir o musical Cats na Broadway. Quando eu tinha uns 10 (!) anos eu amava assistir The Nanny e morria de curiosidade de ver o tal musical que o Mr. Sheffield desprezou, hahaha! Eu achei apaixonante (já conhecia o enredo e as músicas), os artistas são muito incríveis, as coreografias, tudo! Marido não ficou muito impressionado, acho que ele ficou meio de mal porque queria ver The Book of Mormon em vez de Cats!

O Flat Iron foi o prédio que achei mais bonito em NY

Um clássico, para ver da primeira vez e pronto, haha

Central Park, um parque municipal grandão

Já em relação à Philadelphia, eu só sabia que queria muito ir para a escada do Rocky e correr igual o dito cujo. Vejam vocês o resultado:

Um ponto alto da Philadelphia foi uma coisa bem simples – o Reading Terminal Market – eu fiquei enlouquecida com as comidinhas lá. Aliás, algo que comi muito nos EUA foi o sanduíche de pastrami! Também amei o quanto Philly se tornou barata quando retornamos de NY! hahahaha Uma coisa legal é que a cidade serve para pano de fundo para vários filmes, foi impossível não chegar e casa e rever as cenas iniciais de Philadelphia e ficar “estive lá! e lá! e lá!”! 🙂

City Hall, Philadelphia

Entrada do Magic Gardens, Philadelphia

Philadelphia Reading Terminal Market

Penn Treaty Park na Philadelphia

Sanduba de Pastrami: Comi isso umas três vezes

City Hall

Elfreth’s Alley, a rua residencial mais antiga dos EUA

Foi muito legal também conhecer a pequena cidade de Princeton e a respectiva universidade. Impossível não se sentir em um seriado americano!

O lindinho campus de Princeton

Bom…. a julgar pelo post de Barcelona, acho que as minhas extensas dicas turísticas não seriam lidas, então dessa fez resolvi só fazer este breve relato fotográfico com alguns momentos! Mas se quiserem saber algo específico, podem perguntar nos comentários!

Beijos já querendo mais férias

14
setembro
2017

Congresso e passeios em Barcelona

Postado por Ana em Viagens da Ana

Enquanto eu olhava a listinha de congressos da minha área no início do ano, eu separei primeiro por cidades legais para conhecer e depois por tema que me interessava! 🙂 Daí Barcelona caiu como uma luva, o tema do Congresso era legal e eu nunca nem havia estado na Espanha. Para começar, achei Barcelona sensacional em todos os sentidos. Animada, jovem, linda, com muita coisa para ver e ainda estava fazendo um tempo lindo. De quebra, achei os preços bons comparados com o resto da Europa e a comida, nem se fala. Gastei incontáveis horas me informando para ter a melhor experiência possível e para aproveitar o tempo que não seria integral para turistar. Este post é apenas relato da minha experiência, que não deixa ser ser um resumão das melhores dicas que gastei tantas horas lendo. Sites especializados em Barcelona existem aos montes, mas o meu favorito é o Passaporte BCN. Lá tem tudo o que se precisa saber.

Minha visita

Fui para ficar 4 dias, na verdade para um congresso da minha área – e claro me programei para conhecer o máximo possível da cidade! Selecionei os temas/aulas que queria ver e todo o resto do tempo poderia ser vista turistando pela capital catalã. Olha, fiquei muito cansada porque apesar do transporte público eu andei muito, não parei! Mas valeu apena! Cansaço físico, relaxamento mental! 🙂

Segurança e terrorismo

Como uma boa cidade grande européia, você precisa ter muito cuidado com sua bolsa/carteira. Não dá para bobear, deixar mochila para trás e mesmo as bolsas devem estar firmes ao corpo. Nada de celular dando sopa na mesa do restaurante, etc. Eles são muito profissionais. Mas te falar que até agora foi a grande cidade onde MENOS me encheram o saco. Tipo NINGUÉM veio me encher o saco, apesar de eu estar sozinha. Nem mesmo no Parc de la Ciutadella, nem mesmo quando eu estava sentada em banquinhos em frente à Sagrada Família. Nossa, quando penso em Paris… é o tempo todo! E em Milão que desisti de passear no parque Sforzesco e nem tinha coragem de sentar porque tinham grupos de africanos abordando todo mundo. Nem sei se deveria mas andei sozinha e de metrô para cima e para baixo, de dia e de noite (até meia-noite). Então no geral me senti muito segura em Barcelona.

Em relação ao terrorismo – impossível esquecer né? Barcelona acabou de sofrer um atentado bem no coração da cidade. Eu ficava olhando aquela rua (Las Ramblas) tão animada, tão cheia de gente e se não fossem pelos ursinhos e flores no monumento, eu nunca diria que algo de ruim aconteceu ali. É a vida que segue. O risco é muito baixo, mas infelizmente é uma realidade atualmente. Em cada monumento tem um trilhão de pessoas aglomeradas, infelizmente um alvo perfeito para alguém que não tem amor pela vida alheia nem pela própria. O terrorismo é um inimigo muito difícil de combater. Mas o único resquício que vi no ar foi enquanto eu passava por uma construção perto do Arco do Triunfo e uma tábua caiu e fez um estalo. Todas as centenas de pessoas se congelaram e começam a olhar sistematicamente para todos os lados. Isso é bem triste.

O que vi

Eu já tinha dividido o que iria ver e reservei horário para tudo o que dava para reservar. E recomendo fortemente que todo mundo faça o mesmo. Por exemplo, quando cheguei à Sagrada Famíia (às 15:00), já não tinha ingresso mais nenhum pro resto do dia. E no Park Güell o primeiro ingresso era para daí a três horas. Dá para reservar tudo online e você ainda não precisa pegar fila.

Praça Catalunya e las Ramblas

É o centrão de Barcelona, a linda praça (LOTADA de pombos kkkk) onde começa uma das ruas mais movimentadas da cidade, a Las Ramblas. Segui pelas Ramblas toda e parei no famoso e entupido Mercado la Boqueria. Lá tomei sucos naturais para refrescar (sempre ir mais pro fundo, porque as barraquinhas antes são mais caras). Mas tem um monte de petisco para comer, tudo quanto é comida catalã imaginável.

Mercado La Boqueria

Chegando no fim da Las Ramblas, tem o monumento de Cristóvão Colombo. Desta região, dá para seguir à pé visitando outros bairros, como o Bairro Gótico e El Raval, que é um bairro multicultural, de imigrantes. Inclusive, tirando o mercado, é melhor não comer nas Ramblas (quase 100% pega-turista), mas sim em El Raval que tem várias opções e bons preços.

Bairro Gótico

Direto da Las Ramblas, emendei um passeio pelo bairro gótico e achei super interessante aquelas ruelinhas. Lá está a Catedral de Barcelona:

Casa Batlló e Casa Milá

Gaudí foi um arquiteto modernista genial do início do século XX e deixou seus rastros por Barcelona toda. Quando era já famoso, costumava ser contratado por milionários para projetar suas casas. As mais famosas delas são a Casa Batlló e a Casa Milá, ambas na rua chiquetosa Passeig de Grácia que receberam os nomes dos respectivos clientes. Eu infelizmente, por questão de logística, tive que escolher entre uma e outra! E mesmo assim, visitinha de médico, não teve outro jeito, hehe!

Casa Batló

Casa Milá

O pessoal do Passaporte BCN fala que se tiver que escolher, para ir na Batlló. Mas como eu já tinha ouvido falar na Casa Milá minha vida toda e a Batló era muito nova no meu imaginário, escolhi a primeira.

Eu no terraço da Casa Milá

Simulação de um apt do início do século XX

Vista a partir do terraço

Reservei um ingresso premium que me permitia entrar em qualquer horário. Foram uns euros a mais, mas valeu demais, porque senão corria risco de não conseguir fazer tudo o que queria. A Casa Milá é também muito incrível por dentro, mas fiquei mesmo foi um bom tempo no terraço lá em cima. As esculturas ali, as chaminés chamadas de “jardim de soldados” são lindas. E eu já conhecia muito por fotos, então a expectativa só aumenta e torna tudo mais especial.

Passeig de Grácia

É a rua chique da cidade, com todas as lojas de luxo possíveis e imagináveis e bem gostosa de se caminhar. Se tens um cartão de crédito mara, vai aproveitar muito! Eu, que só compro ímã de geladeira em viagens, fiquei vendo as vitrines! 🙂 É nesta rua que estão as casas acima e também outras lindas de outros arquitetos famosos (e concorrentes de Gaudí na época).

Sagrada Família

É nada mais nada menos que a obra prima de Gaudí, apesar de ele ter morrido antes de ela ficar pronta (dizem que vai ser lá para 2030)! Olha, eu já vi muita Igreja incrível nesse mundo e isso inclui a Duomo de Milão e a Catedral de Colônia. Mas essa me deixou muito encantada, achei a mais linda. Eu nunca vi uma Igreja tão linda igual a essa!

Acho que gosto do estilo, sei lá. Tem umas coisas meio doidas e isso me agrada.

Eu não sou fã de entrar em igrejas, para falar a verdade morro de preguiça. Mas nessa TEM que entrar! Ela é sensacional por dentro e quando faz sol fica um jogo de cores dentro que só vendo ao vivo mesmo.

Fiquei orgulhosa dessa foto

Não quis subir na torre porque sou meio claustrofóbica e ouvi falar que o caminho é muito estreitinho, hihihi! Mas não vá sem reservar, porque corre risco de ficar sem! O parque em frente da Igreja é ótimo para tirar fotos e tem vários banquinhos para relaxar. Gastei um tempo lá porque cheguei um pouco antes da reserva. Nesta Igreja eles não são muito rígidos com a vestimenta, basicamente não pode traje de banho nem boné. Uma dica marota que peguei nas minhas pesquisas e segui é que você também deve evitar comer nessa região, sob risco de pagar muito e comer mal!

Park Güell

Era o meu sonho, a coisa que eu mais queria ver em Barcelona. Eu ignorei uma dica importante que li antes, que o melhor acesso é por ônibus e fui de metrô mesmo, pensei “que mal tem????”. Pois a dica não era à toa, irmãs. É uma subida danada (em bom mineirês) parcialmente auxiliada por escadas rolantes, mas daí se chega por uma lateral do parque e eu fiquei completamente perdida lá dentro, porque tem uma boa área de parque e meu alvo era a zona monumental. Fiquei tão morta que quase não fiz fotos. 😛

Sorte que cheguei BEM antes, senão perdia minha reserva. Ainda esperei meia hora para dar meu horário, fiquei admirando a porteira mais antipática da história dando patada em todos os turistas e por fim entrei. Uma vez lá dentro, eu estava tão morta que quis ir aos finalmentes: fui ver o pavilhão de entrada com casinhas inspiradas em João e Maria, sentar nos bancos da Plaça de la Natura (infelizmente 50% em reforma), ver a salamandra feita em trencadís (esses pedacinhos de cerâmica típicos de Gaudí) e a sala hipostila. Daí ão estava mais dando conta de cansaço e voltei. Acabei caminhando bastante até o metrô. Comparado com a maioria dos pontos turísticos principais, o Park Güell é meio no c* do Judas de Barcelona, hahaha!

Fonte Mágica de Montjuic

Eu nunca tinha ouvido falar nisso na vida, mas li em guias e achei que seria interessante terminar um dia ali. Na minha cabeça era uma fonte que acendia, com uns banquinhos em volta e eu ia chegar lá, sentar e assitir. Mas quando me aproximei do local onde está a fonte, fiquei completamente de CARA com a quantidade de gente.

Dá para ter idéia da quantidade de gente???

Era um Maracanã lotado de gente. Fiquei tão impressionada que liguei pro meu cunhado (ele já morou lá) para perguntar se aquilo era normal, hehe. Tento me lembrar se já vi tanta gente reunida para ver algo turístico na vida e não me vem nada à mente. Sério, nem Torre Eiffel. Só por isso eu já achei incrível demais. Quando deu a hora e a fonte começou a subir e colorir-se e dançar ao som de Queen, eu tive a sensação de que estava vivendo um DAQUELES momentos.

Uma das coisas mais lindas que já vi. A foto não representa

Daqueles momentos especiais quando vemos as coisas mais lindas da nossa vida. Dos quais nos recordamos a vida toda com HASHTAG #gratidão #blessed. 🙂 Depois o espetáulo continua por uma hora, dançou até Ed Sheeran a danada da fonte!

Plaça d’Espanya

Passei rapidinho ali, no caminho para ir até a fonte acima e achei muito linda também. Mesmo à noite a região estava animada e cheia de gente.

Parc de la Ciutadella

Uma área verde para relaxar no meio da cidade. Fica junto ao Zoológico para quem se interessar. Lá estão muitas pessoas passeando, turistando, fazendo picnic… um ambiente muito gostoso, além de lindo.

Habemos Quadriga!

E saindo dali fui passeando até ver o “Arco do Triunfo“:

Praias & Orla

Não bastasse ser tudo de bom, a cidade ainda tem praia! Confesso que não nadei, pois sou friorenta com água e só entraria no mar se estivesse ao menos 35 graus. E sozinha fica difícil, pois não teria ninguém para olhar minhas coisas. Mas só de caminhar no calçadão ou na areia, ou sentar nos quiosques – é bom demais!

A praia mais famosa é a Barceloneta e por lá caminhei por toda a orla uma noite, enquanto passava por muitas baladinhas, ônibus-discoteca, grupos de jovens bêbados se divertindo. Mas todos os guias dizem que a praia nem é boa: muito lotada de turistas, suja, etc. Interessante de observar na orla é o Hotel W lá no fundo. Fala se ele não é fotogênico:

Barceloneta, com o Hotel W lá longe

Se você seguir caminhando para a esquerda você chega em praias muito melhores (pode ir de metrô também), e ao meu ver e de muitos sites a de Bogatell é a mais tranquila. Até mesmo em um domingo de sol tinha muito espaço na areia, uma atmosfera amiga. Lá comi e bebi duas vezes num quiosque/restaurante chamado Vai Moana! e adorei!

Bogatell

Falando em comida …

Comes e bebes

Não sei o que me deu, mas em momento nenhum me deu vontade de comer um PRATO de comida. Eu só queria viver à base de tapas e Sangria, hahahahaha! A Paella é prato quase obrigatório, mas acabei não comendo porque não sou fã de frutos do mar, a não ser um camarão bem limpinho e sem patinhas. Tapas são pequenas porções de comida, tipo aperitivo, muito amados na Espanha. Dizem que em Barcelona é meio diferente e quem come tapa lá é gringo, mas enfim, sei não porque o que mais tinha lá eram espanhóis! Outra coisa do estilo e que comi até morrer são os Pintxos, que são tapas no palito, que incluem geralmente com um pedaço de pão. E já aviso que tenho ZERO MATURIDADE para esse nome, Pintxos! kkkkkk Recomendo a Carrer de Blai, que é uma rua que tem “roubado a cena” nos últimos anos, onde os preços são bons e os ares sem frescuras. Lá tem um mundo de bares de tapas, basta entrar em um e se deliciar. A partir das 20h ficam bem lotados e os espaços costumam ser pequenos. Para não ficar boiando, com os Pintxos funciona assim: você avisa que chegou, o homem te dá um lugar um prato e você se serve com os petiscos do balcão. Depois, na hora de pagar, o homem conta os palitos. Alguns lugares que registrei e gostei:

À base de água e Sangria

Tapas24: Aproveitei a passagem pela Passeig de Grácia para comer meus únicos “tapas finos” da viagem! Esse mini-restaurante pertence ao estrelado Carles Abellan, mas calma, tapas são totalmente pagáveis, mas algo mais caros que os demais. Sentei do lado de fora mesmo e comi pela primeira vez a clássica Bomba de Barcelona e uma espécie de misto quente com presunto especial e trufado, delicioso, se chama Bikini.

Tapas de grife, bem

Blai9 : é o queridinho do pessoal que entende de Barcelona e por isso fui. Lá os Pintxos não têm pão e devo dizer que provavelmente são imbatíveis mesmo. Meu erro foi chegar la às 22h00 da noite. Passei aperto para arrumar um lugarzinho, fiquei com cara de cachorro pidão na porta. E para conseguir a atenção dos garçons era uma luta.

Exemplos de pintxos – inacreditáveis de tão bom

La Tasqueta de Blai: foi outra opção muito indicada na mesma rua, mas dessa vez fui espertinha e cheguei cedo, 19h00! Aí foram outros quinhentos, mesinha fácil, tudo tranquilo. Para ter idéia, os pintxos, muito bons por sinal, custavam tipo 1 e pouco. Eu enchi a pancilda e não paguei muito.

Não esqueci dos tapas doces, hehe

Dicas gerais, the best of

 
Dica de App

Até eu morrer vou sugerir o combo Mapa Offline do Ulmon da cidade X + App do Metrô da cidade X! A maioria das cidades grandes têm e são de graça! Sou eternamente grata a essas apps – isso me transformou de uma zerola da localização em uma bússula ambulante. Só também não esqueço nunca um carregador portátil de celular, porque se a bateria acaba eu “tô n’’agua”hahaha! Os sistemas de metrô na Europa seguem o mesmo esquema, então o app uso mais para ver rápido um trajeto preferencial entre o ponto A e B, sem ter que parar para olhar mapas na estação. Isso de abrir mapa em público eu acho meio furada, chama a atenção de todos os possíveis batedores de carteira – e nessas cidades infelizmente são muitos.

Transporte

Eu costumo comprar pacotes de 10 tickets porque no geral valem mais a pena para mim. Só que eu REALMENTE estava querendo para essa viagem ZERO estresse e descansar. E como quando o bilhete é avulso você acaba pão-durando vez ou outra e tendo que raciocinar, resolvi comprar o bilhete para 4 dias (esse) que dá direito a andar de transporte público à vontade por dias. Apesar de eu ter andado uns 30 mil passos por dia, pelo que vi saiu até mais barato porque eu realmente pegava metrô sempre que me dava na telha, adorei essa sensação e acho que vou adotar isso de agora em diante. Eventualmente uns euros a mais para pensar menos, hihi, gostei! Cheguei na quarta-feira bem tarde e sabia que existiam ótimos ônibus azuis que fazem o trasporte do Aeroporto El Prat até o centro (Plaça de Catalunya), mas no fim das contas cheguei à conclusão de que queria chegar e não me preocupar com NADA, tipo nem em procurar um táxi. Então reservei um transfer pelo bookTAXI bcn. Fica mais caro que taxi, é quase uma idiotice, mas eu sair toda grogue e benzodiazepinada do avião lá pelas 23:00 após um longo dia de trabalho e ver um homem já na porta com uma plaquinha com meu nome (e o vôo atrasou quase duas horas), não teve preço!

Onde fiquei

Fiquei no H10 Marina em Bogatell. Apesar da localização não ter me causado transtornos, porque era perto de ponto de metrô, eu não ficaria ali de novo. Eu queria reservar o hotel do lado do CCIB (onde era o Congresso), mas como não tinha mais vaga, escolhi outro que seria próximo. Mas eu gastava uns 20-25 minutos de porta a porta e para o centro, umas meia hora. Ou seja, verdadeiramente perto eu não estava nem de um, nem de outro. Era sim perto da praia de Bogatell (talvez a melhor), mas tinha que caminhar 1km até ela. Achei o metrô de Barcelona bem lerdinho, apesar de bem conservado e tranquilo. Da próxima vez ficaria em algo perto da Passeig de Grácia, mais perto das “coisa boas”. O hotel em si achei bom, café gostoso, quarto confortável, mas as fotos da piscina do Booking.com foram feitas com uma câmera MEGA grande angular, porque ó, ao vivo não é aquele luxo todo não, viu? rs

Idioma e curiosidades

Em Barcelona , claro, se fala espanhol. Mas não se pode esquecer que a outra língua oficial e MUITO falada é o catalão. O catalão me parece um pouco francês até. Eu fazia assim: o que eu sabia falar em espanhol, eu falava em espanhol. O que eu não sabia, ia com inglês mesmo e assim funcionou muito bem. Meu marido, sempre que vai à cidade só conversa em português e se vira super bem assim. Ele fica aliás todo feliz com essa “utilidade extra” do português, haha! Barcelona é uma cidade jovem e noturna e lotaaaada de estudantes! Meu cunhado morou um ano lá quando fez Erasmus (um programa de intercâmbio) e não é à toa que diz que foi o melhor ano da sua vida, rs! Tipo festa atrás de festa. Uma coisa que ele me contou e que pude perceber é que balada por lá é tipo muito tarde. “Balada boa” não seria antes das 2 da manhã!!!! Sou muito velha para isso, mas de fato dá para ver que a cidade não pára. Curiosidade: fora da área da praia não pode andar sem camisa, e também não pode beber na rua! Os policiais até fazem vista grossa para beber na rua, mas não muito para andar sem camisa. Em relação às gorjetas, os 10% são bem-vindos em restaurantes mas eles têm uma cultura de gorjeta levemente menor que a Alemanha e obviamente 1000x menos que nos EUA. Tipo, os taxistas não esperam gorjeta e é comum dar menos de 10% em restaurante, apesar que não consigo e sempre dei 10% mesmo. Gorjeta se chama “propina” em espanhol e em alguns locais turísticos você pode ler na notinha “Propina não incluída”. Acho que eles colocam isso porque existe um imposto separado lá de 10% que aparece na notinha e o pessoal pode confundir. Ah, a água da pia de Barcelona não é boa de beber como em outras cidades da Europa. Dizem que não vai fazer mal, mas também não é boa. Vi um garçom meio que negando “tap water” para umas gringas, dizendo “it’s not good! it’s not good!”. Bom, eu não provei.

Bom, o post ficou mega interminável e ainda vou dividir em breve um videozinho! Eu amei registrar aqui no blog essa viagem tão curta mas que marcou meu coração. Barcelona, mal te conheço e já te considero pacas! E atualmente só posso te desejar muita PAZ! Posso morar aí?

UPDATE

um vídeo da viagem:

Beijos!

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