26
novembro
2013

Mudança de hábitos – parte II

Postado por Ana em Crônicas cosméticas

Voltamos então com mais uma sessão “nostalgia de fim de ano“. kkk Estava pensando aqui em mais algumas coisas que foram mudando devagarzinho e quando a gente percebeu já estavam bem diferentes! Por exemplo:

1) Uso do protetor solar

sundown

Eu não sei vocês, mas quando eu era criança usava protetor solar nos ombrinhos quando ia à praia e olhe lá. A sorte é que cresci em BH, senão estaria uma verdadeira ameixa seca. As poucas vezes que ia ao clube ficava torrando sem um pingo de proteção. A consciência dos danos do sol vem crescendo muito nos últimos anos – que bom! Pra vocês terem idéia, eu só comecei a usar protetor diariamente em 2007! Eu sabia que tinha que usar mas custei a introjetar a coisa, sabe? E hoje vejo as crianças usando, os pais preocupados com isso, etc.

2) Garrafa de vidro x PET

cocavidro

Como não lembrar daquelas festinhas nos anos 80/90 em que algum desavisado esquecia uma Coca-Cola no congelador e a cozinha ficava isolada como se fosse área de acidente nuclear? hahaha Pelo menos lá em casa era assim “afastem-se porque todo dia chega criança sem olho por causa de garrafa que explodiu“. E a gente guardava os “cascos” das garrafas para trocar depois, lembram? Aí depois os PETs sugiram para o desespero dos ambientalistas e alegria dos oftalmologistas! P.s: e os adultos falando que as aquelas miniaturinhas tinham veneno dentro pra gente não beber?

3) Açúcar demais

coke

E o tanto que era coisa de “gente fresca” ter adoçante em casa sem ser diabético? Refrigerante diet era novidade e raridade. Se a gente derrubava um copo de coca-cola no chão ficava aquela coisa pregando, chatérrima de limpar. Além disso, aquelas balinhas dos anos 80/90 eram açúcar puro. Chicletes como Trident nunca que iam fazer sucesso e substituir um Babaloo açucarento. E aquele pirulito que a gente enfiava num saco de açúcar azedinho? Tosqueira! 😀


4) Sal demais

milhopa

Vocês lembram do Milhopã, aqueles chips isopor que vinham em pacotes enooooormes e bombavam as festinhas infantis? Nossa, eu amava. Lembro que uma vez com uns 4 anos eu descobri o pacotão dentro da despensa durante uma festinha e me tranquei lá pra ficar comendo o máximo que eu conseguia. Faltei entrar dentro do saco, que era maior que eu. 🙂 Pra falar a verdade amo os similares até hoje, e só esse ano os bani da minha vida, pois convenhamos: é muito sal! E se tem algo que é tão ruim quando muito açúcar é muito sal. Hoje em dia há muito mais fiscalização sobre os alimentos. Primeiro porque o fabricante deve informar todos os ingredientes (antes não era assim), ou mesmo serem obrigados a mudar fórmula dependendo do absurdo da composição. Quando eu era criança podia lanchar chips, coxinha e salgadinhos na escola; hoje acho que até isso é mais fiscalizado! E, o mais importante, de uma forma geral as pessoas estão muito mais conscientes do que comem e da importância de se alimentar bem. Virou até moda, né? hehe

5) A nossa relação com o telefone

cellph

Quase todas nós vimos o surgimento e evolução dos aparelhos celulares, que não é tão antigo assim. Eram enormes, depois pequenos, para depois ficarem grandes de novo! Mas o que eu acho engraçado (e um tanto saudável) é que passei a escola inteira sem ter celular. No último ano alguns bacanas já tinham, mas eu só fui ter no final do ano letivo e ainda dividia (um de cartão) com minha irmã,cada dia uma ficava com ele. haha Lembro que durante a aula a gente ficava meio isolado do mundo externo. Se por algum motivo eu tinha que comunicar em casa, ia até o orelhão do colégio e discava, e sentia uma coisa esquisita, como se estivesse fazendo algo muito esquisito em comunicar com minha casa na hora do recreio. Como será que os professores fazem hoje em dia para coibir o uso de celular? Whatsapp, Instagram, mensagens, e-mails: as escolas devem estar tão diferentes hoje em dia!

6) A nossa relação com fotos

kodak

Fala se não era uma adrenalina tirar 36 fotos na viagem inteira (“isso tudo!”) para depois descobrir que você não encaixou o filme direito e não tem registro nenhum? Ou que ficou feia em todas? E ainda pagar caro pra descobrir isso… Hoje em dia qualquer viagenzinha rende mil fotos de celular, digitais, etc. Eu fui pra Disney com 13 anos e devo ter no máximo 5 fotos da viagem! As excursões clássicas da escola também têm poucos registros. So sad… Minha sobrinha com 1 mês de vida já tinha muito mais fotos do que eu tenho da minha infância inteira. xD Isso é bom ter mudado por um lado, mas por outro acho que o pessoal se preocupa mais em tirar foto do que em aproveitar os momentos.

ppl


Bom é isso. O que mais vocês lembram de interessante?

Beijos da velha

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  1. Lissie 27/11/2013 às 10:57

    Eu gosto muito desses seus posts sobre lembranças da infância 🙂 Eu posso ver que, embora nos duas somos de países/culturas diferentes (Uruguai) mas nossas infâncias foram muito semelhantes 🙂 Eu morava numa pequena cidade na fronteira com o Brasil e comia todas essas guloseimas brasileiras na escola, o meu salgadinho favorito era o Pingo d’ouro 😀 Eu acho que ele ainda existe? Sabe? Na minha escola não tinha orelhão nenhum! Discar para casa só numa verdadeira emergência mesmo, com a ajuda da secretaria da escola ! Mais na minha casa não tinha telefone também não… 😀
    Eu lembro muito das bonecas Estrela com aquele colarzinho com o símbolo da marca…muito fofas.
    Eu amava o Sitio do Pica-Pau Amarelo: Marmelada de banana, bananada de goiaba / Goiabada de marmelo…ainda eu não sei o que é “marmelo” rs

    • Ana 27/11/2013 às 15:52

      Lissie, o pingo d’ouro ainda existe, e fica ótimo com uma cervejinha, hehehe Mas novamente: sal puro! Hoje em dia as crianças estão perdidas em meio aos milhoes de brinquedos existentes. As pessoas da minha época tinham dentre uma “cartela” de brinquedos da estrela, matel, etc a escolher. O legal é que todo mundo lembra dos mesmos brinquedos dos anos 80. O Brasil era muito fechado aos importados até o governo Collor, então por isso tínhamos poucas opções. Mas era tão bom!!! kkkk Marmelo é um fruto misterioso que eu nunca comi, mas serve pra fazer doce de marmelada! Na verdade tb eu só experimentei marmelada na Alemanha, lá é relativamente comum. 🙂 Bjo

  2. Ana 27/11/2013 às 11:14

    Poxa, Ana! Viajei nesse post! Também me amarrava nesses salgadinhos de vento e hoje simplesmente detesto. Alguns dos nossos hábitos mudaram para melhor, como ficar mais consciente quanto ao uso do protetor, comer coisas mais saudáveis, mas outros…isso de ficar tirando fotos de todos os momentos, da ida ao banheiro de manhã à hora de dormir, realmente enche o meu saco. Melhor se fosse só tirando, mas a enxurrada de fotos nos nossos feeds é de lascar. Tenho saudade de sair com minhas amigas e ficar só no bate-papo, hoje ninguém está mais interessado em ouvir histórias. Hoje elas se transformaram em um bando de zumbis…o contato é só com a tela do celular. O que mais me deixa frustrada é essa coisa de ficar olhando o celular a cada minuto pra saber quantos “likes” ganhou na foto fazendo biquinho!!! Quanto a isso, acho que o ser humano no geral retrogrediu. Assim, minha opinião né?! 🙂
    Gostei do post!
    beijão
    Ana

    • Ana 27/11/2013 às 15:49

      Ana, isso das fotos até falo com mea culpa, sabe? Uso celulares e redes sociais way more do que gostaria. Pra mim isso quase chega a ser um problema, tenho que me policiar já que minha família, amigos e noivo são algo entre “zero internet e muito pouca internet”, então não quero ser “a chata” que fica usando celular toda hora, hehehe As redes sociais são esse estouro mesmo porque exploram o que ser humano mais adora fazer: se exibir e contar vantagem. Sad but true. Lembro que estava numa piscina natural em Porto de Galinhas ano passado e me deu aquele ímpeto de fotografar, aquela gastura de “como assim tô nessa piscina linda e não vou fotografar?”. Mas minha câmera não é waterproof e isso estragaria toda minha experiência, então deixei pra lá e fui curtir. Aí vi todas as outras pessoas com um braço esticado pra fora da piscina tirando as fotos com sorriso colgate sem sequer poder mergulhar. O mesmo se repetiu na hora de um banho de lama lá, povo não sabia se passava lama ou se tirava a foto. É justamente aí que mora o perigo do “vício da autopromoção”. Preferem mostrar que estão aproveitando as coisas do que de fato aproveitá-las. Equilíbrio é chave de tudo, mas infelizmente não é tão fácil assim de consegui-lo! 😀 bjooo

  3. Thaís 28/11/2013 às 02:25

    Concordo em 100% dos fatos q citou.
    Meu caso foi pior q o seu, só comecei a usar protetor de verdade em 2009 e o resultado, tenho melasma 🙁 já tentei vários tratamentos mas eles sempre voltam, isso pq sou A neurótica com proteção solar, meu marido até reclama, pq posso sair sem make, mal vestida, mas não saio sem protetor hehe.
    Adoro relembrar minha infância, pode ser ignorância/prepotencia minha achar isso, mas acho q a nossa infância foi mto mais “saudável” na maioria dos aspectos q vejo hj em dia (talvez somente nem tanto em termos alimentícios hehe)…as crianças parecem q não entendem limites, os pais são permissivos demais, acho um absurdo ver filho xingando filho e hj em dia é “comum”, eu acho q eu era tão ingênua qdo adolescente e criança, a malícia q vejo nas crianças e adolescentes hj em dia chega a me assustar, enfim pra mim a tendência é de piora.
    Ah sabe qq tem me deixado bem saudosista, tenho assistido The Carrie Diaries, pode me crucificar por estar quase perto dos 30 e curtir coisas com romances e adolescentes, mas no estilo Carrie eu adoro (conta a história antes de Sex and The City), vejo as roupas, musicas,roupas e referencias antigas e me da uma saudade enorme, pq a minha adolescencia teve mtas coisas e situacoes q eu vivi e q hj um adolescente acharia “ridiculo”, assista qualquer dia, vai q tu tb gosta.
    Bjon

    • Ana 28/11/2013 às 04:59

      Tem hora que eu fico meio triste com minha creuzice na infancia e adolescencia, de nao ter usado um pingo de maquiagem, salto alto, roupas decentes ou sequer de pentear o cabelo… Mas pensando bem, foi ate bom viver inocentemente essa epoca de inocencia! 🙂 bj