26
abril
2016

Projeto: italiano

Postado por Ana em Coisas da Ana, Livros

Sempre que pedi sugestão de posts no snap alguém me pediu pra falar dos estudos de italiano. Achei interessante porque parece que as pessoas se interessam mais pelo italiano do que pelo alemão! Então vamos lá !;) Eu estudei italiano bem irregularmente na vida. Fiz dois semestres de Fundação Torino, depois em algumas épocas empolgava e estudava sozinha com Curso Globo de idiomas, com gramáticas de exercício, etc. Desde 2011 não tinha feito mais nada, então esqueci muita coisa (quando a gente abandona língua em nível básico corre o risco de esquecer tudo). No início do ano passado tomei a decisão de focar no italiano. Trabalhando em tempo integral, vi que não seria uma boa idéia aprender mais de uma língua ao mesmo tempo. “O segredo” para aprender língua mais rápido é estudar um pouco todo dia, que sejam vinte minutos. Resolvi então ser paciente e focar – até lancei o meu objetivo: Exame de Perugia nível C1 em Setembro de 2016. Olha, o prazo não acabou mas acho que fui meio otimista, hahaha.
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Comecei primeiro fazendo Assimil nas longas viagens de trem na época pré-carteira junto com gramática de exercícios. O Assimil é um método feito para auto-estudo, onde você vai adquirindo vocabulário com doses de gramática por repetição, vai assimilando o conteúdo. Ele é realmente muito bom, mas mesmo eu tendo feito tudo como manda o protocolo, inclusive usando flashcards (uso o Anki), ao terminar passei longe do B2 que é prometido na capa, viu? Fiz paralelamente uma gramática de exercícios para assimilar a gramática.

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Procurei muitas opções de aulas particulares, mas nenhuma se adequava ao meu horário, até porque aqui as pessoas tentem a não trabalhar sábado. Em setembro resolvi fazer aulas particulares no skype. Me “encontrei” no italki, que é um site onde você pode praticar de graça se também ensinar em troca ou então contratar professores particulares via skype. O meu primeiro professor era meio novo e bem enrolado, atrasado, por isso após 5 aulas desisti dele. Depois disso, achei a melhor professora de italiano do mundo, na minha opinião. 🙂 E desde então faço com ela uma vez por semana no skype. Paralelamente comecei um curso “em grupo” na Volkshochschule daqui, que frequento terças à noite. Como não posso todos os dias à noite e pra mim tem que ser mais tarde, acabei escolhendo um nível mais baixo que o meu, e sinceramente atualmente frequento pelo lado social da coisa. Gosto dos colegas, gosto dos “eventinhos”, e claro que sempre aprendo algum vocabulário na aula, mas é com certeza a minha pior fonte de aprendizado atualmente. Continuo estudando sozinha diariamente na hora do almoço – povo do trabalho deve me achar meio estranha. Bom, o que não faltam são materiais de exercício para fazer, adoro livros pra treinar vocabulário! Também imprimo as lições que a professora manda, sempre faço as redaçõezinhas de dever de casa, etc.

Eu já falei que gosto de língua, então isso tudo pra mim é um esforço não dolorido. Faço com o maior prazer, acordo feliz sábado cedo pra minha aula, vou cansada pero saltitando pra VHS à noite depois do trabalho. É meio catártico, sabe? Eu desligo de tudo e isso me dá a sensação de que estou fazendo outra coisa da vida. E quando consigo fazer uma consulta em italiano então, morro de alegria. É a recompensa mais palpável atualmente das horas investidas. Mas o caminho ainda é longo! Se eu fosse me avaliar hoje, diria que estou “agarrada” no nível B1 ainda, e pular para o B2 exigirá um esforço ainda maior. Eu acho que subestimei a língua, achei que ia aprender mais rápido – bom, faz parte! Mas o legal está por vir : agora em maio “vou me dar uma ajudinha” e passarei 10 dias na Itália – primeiro irei a um casamento em Verona e depois farei um intensivão de italiano em Milão. Vou adorar compartilhar com vocês, então me sigam no snap ou insta : anacris.lc!

E as leitoras da Itália, que dicas me dão?!

Baci!

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  1. Karol 26/04/2016 às 18:16

    Boas dicas.
    Eu nunca tinha ouvido ninguém falando em Italki até você comentar. Super interessante né?!
    Acabei de formar no Cervantes, mas sinto que eu ainda to na metade do caminho, sabe?! O problema de falar uma língua que é falada em tantos países é: variação do vocabulário. Tantos falsos amigos tbem ai ai ai…
    Eu vou para a Europa para passar o Reveillon (Roma, mais precisamente). Inclusive reservei a hospedagem em um hotel de uma brasileira para não passar aperto haha
    E vou para a Espanha tbem… por isso tenho que dar uma polida no espanhol. E depois, quem sabe… pensar no Francês ou Alemão.
    O legal tbem deve ver o seu marido se esforçando para falar português. Ele fala muito bem até onde já ouvi =D
    bj

    • Ana 29/04/2016 às 01:59

      acho q a primeira vez q eu ouvi falar foi pelo benny lewis… tinha o maior medao de aula no skype, apesar do meu marido fazer ha anos! Mas amei.. acordo 10 min antes da aula hahah Isso eh verdade, espanhol tem dessas dificuldades! Dps vai pro alemao! :PP bjo

  2. Lissie 29/04/2016 às 12:30

    Oi Ana, desculpa eu escrever tão tarde mas, você pôde explicar mais sobre as suas aulas no Skype? Como achou a professora, como faz o pagamento, etc Eu nunca tive coragem de usar esse método 🙁 e o intensivão de italiano em Milão, quantos días são? você achou um curso ao seu nível? o é genérico mesmo? Onde procurou para achar esse curso? Muito obrigada 🙂

    • Ana 30/04/2016 às 02:41

      Oi Lissie, conheci o italki atraves do benny do site “fluent in 3 months”, daí fiquei vendo avaliacao de professores e escolhi assim.. como disse, minha primeira escolha nao foi acertada, mas a segunda sim! COmpro creditos com o paypal (1 credito = 1 dolar) e daí as aulas (atualmente compro um pacote de 10). Daí marco as aulas de acordo com a agenda do professor. Nos adicionamos no skype e ficamos online na hora, daí é aula normal. O preço é variavel, atualmente minhas aulas custam 16 dolares a hora, oq pra mim é uma pechincha comparando com os preços de aula particular aqui q andei vendo (uns 50 euros a hora). O curso vou fazer na Scuola Leonardo da Vinci, uma semana só mas varias horas. Pesquisei no google e minha professora falou q eh boa. O teste de nivelamento é feito antes do inicio, mas têm todos os niveis! Bj

  3. Elisa 29/04/2016 às 16:12

    Morrendo de inveja (branca) aqui da sua viagem para a Itália…
    Voltei de lá há uma semana. Das viagens que fiz, acho que foi a que mais gostei.
    Amei – amei -amei -amei Roma e queria agradecer pela dica que vc deu em um post de comprar os ingressos para o Coliseu no Foro. Gastei dois milésimos de segundo na fila do Foro, enquanto a fila do Coliseu estava gigante.
    Quando estava na faculdade fiz um curso de férias de italiano no finado Inglês & Cia. e depois fiz umas aulas particulares… e parei. Isso há mais de dez anos. Aí um mês antes da viagem peguei meus livros e uns guias de conversação e fiquei estudando. Deu para me virar em situações básicas. Engraçado que nas ocasiões em que a conversa tinha um desenvolvimento extraordinariamente elevado para meu nível básico da língua, ouvia um “Lei parla così bene italiano”. Quase dava um abraço na pessoa hahaha. Isso mostra o quanto o julgamento de estranhos sobre nossas qualidades pode ser distante da realidade hahaha
    Para mim, existe um fator que ao mesmo tempo facilita e dificulta no italiano, que é a proximidade com o português. Quando você está na escrivaninha lendo os livros e apostilas pensa “ah, fácil, entendi tudo”. Mas e depois para lembrar de tudo em situações reais?
    Passei até por uma situação engraçada com uma senhora que engatou uma conversa comigo numa estação de trem. Estava tudo indo muito bem (quer dizer, na medida do possível, com meus erros e vacilos) quando eu precisava falar “onze” e não lembrava o nome da criatura em italiano. Apelei para o espanhol “once” mas a senhora não entendia. Aí mostrei o número do relógio e ela “ah, UNDICI! UNDICI! UNDICI!!” Gritou undici três vezes e tão alto que acho que a estação inteira ouviu, hahaha Depois dessa acho que posso esquecer até o “ciao”, mas não o undici.

    • Ana 30/04/2016 às 02:43

      Oi Elisa! q bom que minha dica ainda serviu! 🙂 Essa pra mim é a maior dificuldade do italiano, ser parecido com o portugues. A lingua ativa funciona bem, vc ganha boa parte do vocabulario passivo de graça. Mas o problema é falar! Sabe quando a palavra existe mesmo ou qdo eh fruto da minha imaginacao (acontece direto de eu inventar uma palavra, mas cada vez menos). hahahahah eu ate hj vez ou outra falo “DICIASEI” pra 16 e minha professora morre de rir, tem uns numeros meio bizarros mesmo haha bjo