29
abril
2014

Kate não pinta as unhas?

Postado por Ana em Alemanha, Celebs, Crônicas cosméticas, Unha

Eu vi muita gente criticando a Kate Middleton por não estar de unhas pintadas durante o seu “Tour” pela Oceania, onde era alvo de um milhão de fotos por minuto. “Mas ela é princesa, o que custa ir à manicure?“. Claro, as críticas vieram com maior furor de minhas compatriotas.

kate2

Para falar a verdade, no Brasil ou fora dele, ninguém tem nada a ver com a unha alheia, mas há também uma questão cultural que talvez muitas não conheçam. Na Europa, em especial aqui na Alemanha, noto que as mulheres não pintam as unhas nem para festas. No meu casamento até minha madrinha alemã não estava de unhas pintadas. Há sim algumas garotas que são muito vaidosas, pintam as unhas, usam muita make, delineadores pesados – geralmente são meninas mais novas, às quais os alemães se referem como “chicas” (se é uma denominação preconceituosa ou não, ainda estou investigando). Ou seja: o padrão por aqui é não se empetecar. É tido como “high class” não se empetecar. Eu, particularmente, prefiro me arrumar mais, mas o importante é parar de achar as pessoas piores só porque elas têm hábitos e costumes diferentes. Do ponto de vista do outro você pode ser uma perua-baranga enquanto SÓ você acha que está arrasando.

De novo em relação à Kate: o nível de importância que ela dá às unhas é tão grande (só que não) que olha como elas estavam marromenos no dia do noivado oficial, em que o mundo todo fotografava suas mãos.

fingerkate

Se fosse eu, ia estar usando Mavala há 6 meses sem falha e ia direto da manicure para a coletiva de imprensa. hahaha Bom pra ela, libertador! Eu vejo algumas blogueiras famosas que, quando estão no meio de uma viagem pro c* de Judas e aparecem com unha lascada no instagram são completamentes escrachadas nos comentários. Gente, isso é quase uma escravidão! Escrava de um pedaço de queratina véia ainda, aí não dá! Extremos não são saudáveis…

Vou contar um segredinho: eu estou quase desistindo de ter as unhas feitas e pintadas no dia-a-dia. Não se trata de “revolta” nem nada disso, é mais por praticidade mesmo – não digo virar Zé do Caixão. Mas estou pensando em mantê-las apenas curtinhas, hidratadas com Cerinha da Granado e lixadas. E fazê-las só quando eu tiver vontade mesmo, sem ser por obrigação de estar bonequinha. Já sei que unhas grandes e vermelhas não serão bem vistas no hospital; além disso, aqui eu coloco esmalte e não dura dois dias – banho muito quente e tarefas domésticas, talvez (e olha que tenho lava-louças) expliquem. Daí sinto que estou jogando meu tempo no lixo em ficar uns 50 minutos fazendo eu mesma minhas unhas + o tempo de mãos inutilizadas enquanto elas secam, para depois não durar nada, ainda por cima em uma sociedade em que não dão a menor bola para isso. Claro que quando surgir uma festinha ou evento especial não vou resistir – afinal, soy chica latina. Para constar: manicure aqui é mais caro mas não é impagável igual falam por aí, o problema é você pagar mais caro para fazerem suas unhas pior do que você faria, sem tirar cutículas e tal 🙂

Maaaaas… se aparecer uma manicure brasileira aqui na esquina, esqueçam o parágrafo acima! 🙂

O que vocês acham disso tudo?

Beijos!

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  1. Luciana Vilela 29/04/2014 às 09:43

    OI Ana! O que eu já ouvi falar é que é contra o protocolo real aparecer com as unhas pintadas (e não só no casamento, como foi falado na época, mas em todas as aparições). Já ouviu isso também?

    • Ana 29/04/2014 às 10:28

      Oi lu! Nao sei… Mas imagino que unha colorida ou escuta seja contra o protocolo sim. Mas lixada e com esmalte claro nao deve ser nao, pois no casamento dela ela estava com um clarinho da Essie que esgotou na epoca rs! 🙂

  2. Debora 29/04/2014 às 14:05

    Oi Ana, pois é… estou aprendendo a me libertar de certos apegos modisticos por aqui… também não faço mais as unhas com tanta frequencia, nem me maquio mais pra sair (até pq vou ficar me sentindo uma drag queen!) e não me importo mais tanto com pequenos furos nas minhas blusas! Uma amiga alemã uma vez me chamou de mimada, e disse “quem não tem roupa furada?” e essa mesma amiga me falou esses dias, que talvez as alemãs sejam as mais desencanadas com aparência em toda Europa. Com isso a gente acaba meio entrando indo com o fluxo. Mas continuo me arrumando muito mais que todo mundo saio… E, pelo menos aqui na Uni q estudo, tem sim pessoas bem vaidosas, tanto homens como mulheres, mas todos no mesmo prédio, e estudam RW (rechtswissenschaften)! Queria escrever mais.. mas acho q vou dicar chata!
    Beijos

    • Ana 29/04/2014 às 15:34

      Que chata o que, Debora! Adoro comentario, pode escrever à vontade. :)) e eu ja reparei ha algum tempo o tanto que usam roupas furadas hahah e o tanto que repetem roupas. Lembro no hospital, eram as mesmas roupas de segunda à sexta. Eu mesmo fico policiando as roupas do meu marido, quando acho que já deu, eu mesma coloco no balaio de roupa suja kkkkk Tudo nessa vida tem um lado bom e o ruim. O ruim eh o pior a acesso a todas as coisas de estetica e a gente tender a ficar mais desleixada. Oado bom é a liberdade que isso dá. Nao so em relacao a roupas, mas em relacao ao consumo em geral , às ostentacoes. Se vc quer ostentar aqui, acho que vai fazer pra ninguem. PessoAs iguais sei la, a Lala Rudge, entrariam em depressao profunda morando aqui, porque nao seriam valorizadas pelas roupas que tem. Enfim, a conversa vai looooooonge. 😉

  3. Lissie 29/04/2014 às 15:49

    É muito interessante que você ensine as diferenças culturais. Tem algumas que são realmente importantes como o fato de que as pessoas da classe meia-alta na Europa (não sei se é em todos os países) não se arrumam para um encontro com amigos, etc. Até parece que elas estão vestindo as roupas mais velhas que encontraram! E não usam maquiagem também não. Aqui no meu pais as pessoas se arrumam muito pouco, especialmente as mais endinheiradas. E elas criticam as arrumadas!! O ser humano é muito difícil 🙁
    Fiquei curiosa com essa denominação de “chica” (garota em espanhol da América Latina) será que eles querem dizer “arrumada como pessoa do Terceiro Mundo”??

    • Ana 29/04/2014 às 19:33

      Igual a Debora falou aih em cima, aqui a gente tem q tomar cuidado pra nao parecer drag queen. Eh dificil dosar isso, pq nao quero perder a minha identidade tb sabe? Mas por outro lado a gente tem que se integrar à cultura em que estamos. Fiz um crivo e nao trouxe roupas que acho que sao meio “mal vistas aqui”. Eu acho lindo por exemplo esses saltoes de oncinha. Mas se eu sair com um desses na rua vou super passar uma ideia ruim sobre minha pessoa, e no momento nao quero esse tipo de atencao, mas cada um eh cada um! “Chica” acho que remete sim ao modo latino de se vestir; nao deve ser algo diretamente preconceituoso pq quem me disse isso pela primeira vez foi meu marido, q falou que eu era uma “chica”. Fiquei brava e ele disse “calmaaa isso eh bom”. Mas nao sei, ainda acho que tem algo ruim (ainda que jnconsciente) nessa expressao, com os anos eu descubro a nuance certa. Rs bjo

      • Lissie 29/04/2014 às 22:38

        Ah, se foi o seu marido que falou então você deveria lembrar que para os europeus “latina” é sinônimo de sensualidade rs e isso é bom 🙂
        O que eu detesto é quando as pessoas criticam as roupas dos outros como se todo mundo é obrigado a se vestir do mesmo jeito. Mas higiene, isso sim que é coisa seria, até porque pode incomodar aos outros, argh!

  4. Isa 29/04/2014 às 16:57

    Nossa, lendo esse post e os comentários eu me lembrei como me sentia “livre” no tempo que passei na Europa. Realmente eles parecem ligar menos pra certas coisas o que é bem libertador, em parte… Pq sobre as unhas também lembro de ver MUITAS unhas mal cuidadas, principalmente na França. E não digo só de não ter esmaltes ou lixa, mas de fungos, sujeira mesmo… Daí passa pra um extremo meio tenso né haha :T

    • Ana 29/04/2014 às 18:43

      ECA!! Hahaha pois e, uma coisa “cultural” que tenho dificuldade de aceitar eh realmente a questao da higiene. Às vezes eu sento atras de alguem no metrô e a catinga eh tao grande que tenho que sair de perto pq da nausea. Nao que nao exista no BR, mas aqui é muito mais frequente entre pessoas com acesso facil a produtos de higiene, chuveiro, etc. Acho que a coisa mais importante eh equilibrio! 😉

  5. Cláudia Figueiredo 01/05/2014 às 00:01

    Oi Ana, que delícia ler tudo que você escreve. Sabe, nunca fui de pintar as unhas, acho bonito, mas não tenho a menor paciência pra ficar parada enquanto alguém (ou eu mesma)fica lá cutucando e pintando minhas unhas. Acho o maior desperdício de tempo,sem falar naquela aflição de ver unhas lascando,às vezes no dia seguinte. É muita escravidão! E o absurdo que é tirar as cutículas? Desde adolescente eu já falava isso.
    É bonito? É. Mas prefiro ver unhas limpas, bem cortadas e saudáveis.
    Graças a Deus fico totalmente a vontade com minhas unhas ao natural(quando muito uma base pra dar um brilho). Mas é aquela história,né,tem que ser cada um na sua, pinta quem quer, não pinta quem não quer! Beijos!

    • Ana 01/05/2014 às 05:07

      Oi Claudia! Eu tb nao tenho muita paciencia, mas nos ultimos tempos achei uma manicure que era do lado de casa, rapidissima, otima e que nao me machucava. Aih eu nem sentia que era perda de tempo, valia a pena. Mas agora… :(((( Eu tentei muito nao tiras as cuticulas, ja ate falei aqui no blog de produtos. Quando usava direitinho ficava razoavel. Mas eu nao consigo ficar usando coisa nas cuticulas o tempo todo, entao acabava ficamdo horrivel e eu desisti. Tenho meus proprios alicates, sempre os levo pra manicure. Mas concordo que eh algo totalmente anti-natural, sei la quem foi a doida que inventou isso… Kkkk Bjo

  6. Ana 02/05/2014 às 04:43

    Sua última frase foi tudo! hahaha penso da mesma forma. Eu abri mão de pintar a unha toda semana, até porque não tenho máquina de lavar louça, então, seria um desperdício ficar gastando esmalte. Eu só tiro rapidinho as cutículas, serro e já era. Só pinto agora quando vou sair ou viajar. Mas não vou mentir, morro de saudade de ir pra manicure às sextas! 🙂

  7. bebis.ray 05/05/2014 às 07:13

    Amei, principalmente quando diz: “mas o importante é parar de achar as pessoas piores só porque elas têm hábitos e costumes diferentes”.

    Depois que me mudei para cá, eu passei a ter que cuidar das minhas próprias unhas, primeiro pq é caro e segundo, pq quando eu fiz não me agradou mto. Eu nunca fui de fazer desenho nas unhas, o max q fazia eram poás ou notinhas musicais, fora isso, sempre pintava com cores vibrantes, como vermelho, roxo, amarelo, azul e por ai vai, o que ja facilita a minha adaptação a ao novo estilo de vida rs… hoje me vejo obrigada apenas a lixar, limpar e passar a base, pq pintar não é o meu forte, borro tudo e pinto até o que não deveria… quem sabe um dia haha… e por aqui vejo unhas ate certinhas, porém basicas, então nao me incomoda mto o fato da minha estar simples, sem cor. Só sinto falta de alguém para catucar o dedão do pé, me julgue, mas eu adoro, a dor é bem gostosinha!!

  8. Kaka Gualberto 07/05/2014 às 16:12

    Kate sendo Kate… morro de amores por essa diva!!

  9. Bruna 11/05/2014 às 23:50

    De acordo!
    Eu nunca gostei de me enfiar em salão de beleza pra nada, achava um desperdício de tempo e de dinheiro (até pq minhas unhas sempre duravam no MÁXIMO 2 dias, isso quando eu morava em BH e tinha empregada todos os dias…unha de médico não tem como durar muito, a gente lava a mão a passa álcool o dia inteiro). Até passei um tempo fazendo minhas unhas eu mesma, semanalmente, religiosamente, mas até que chegou um dia em que perdi a paciência e resolvi que só ia fazer as unhas quando fosse pra algum evento especial. Eu gosto dessa “libertação”, meu sonho é me libertar um dia do secador de cabelo, mas isso aí melhor nem comentar pois ia ser uma luta!
    Voltando ao assunto das unhas…tentei usar a tal da unha de gel, mas não adaptei. A manicure me garantiu que ia durar mais, e de fato durou, mas não achei que vale o preço da manutenção, custo-benefício péssimo. A questão é que o Brasil é um dos países do mundo onde mais se valoriza a estética, e pra piorar (ou seria pra melhorar??? rsrs) atuo na dermatologia (e estética!), acho complicado esse tipo de desapego pra mim, pq as pacientes reparam, outras médicas reparam… se só reparassem eu não ia me importar, mas as pessoas comentam e julgam seu trabalho pela sua aparência. Feliz ou infelizmente, é assim! Estou tendo que reconsiderar voltar a fazer as unhas semanalmente, e confesso que isso não me deixa muito animada não…
    Engraçado pensar nessa diferença cultural da beleza né? Tava pensando nisso esses dias…ao contrário dos europeus, já reparou como as estadunidenses são extremamente “emperequetadas”? Esses dias quase tive um troço num banheiro público nos EUA, de tanta mulher se maquiando e fazendo babyliss, e a fila do banheiro lotaaaada e elas lá, como se tudo tivesse normal. Mas as unhas delas, sem comentários!! Prefiro mil vezes unhas de Kate, curtinhas e sem esmalte, do que aquelas unhas gigantes com esmalte todo lascado (o que inclusive me pareceu uma modinha “rebelde” nos EUA).
    Falei muito né????? Mas foi pq adoei o post, acho que esse assunto dá muito o que falar.
    Adorei suas news da Alemanha!!! Continue dando notícias…em setembro to chegando por aí!!!
    Bjos

    • Ana 12/05/2014 às 12:33

      Oi Bruna!! Te falar que trabalhando com Dermato estética, você com certeza está passando por um “scan” dos pacientes, colegas e conhecidos. Unha, cabelo, pele…. rs! Pra você ter idéia, uma vez uma amiga pediatra me contou que um paciente fez uma “reclamação formal” sobre uma colega ao chefe, porque, segundo ele “a médica estava desarrumada, nem de maquiagem estava”. Sério, só rindo mesmo!!! Eu só fui uma vez aos EUA, mas imagino mesmo! Aliás, nossa cultura brasileira sofre influência muito maior da americana do que da européia! Unha de gel eu nunca fiz porque achava muito demorado e caro- agora é que nao faço mesmo, aqui é muito caro, e só dá pra tirar no salão. E realmente, quem trabalha passando álcool na mão o dia todo, não dura nada. E quando tinha cirurgia em dia de unha pós-feita, que eu passava aquela escovinha nas unhas com a maior dó do mundo?

  10. Regina Soares 13/05/2014 às 08:08

    Eu era escrava da manicure , toda sábado horário marcado . Até que minha filha nasceu, deixei de fazer as unhas e foi uma libertação, hoje no dia-dia , uso elas curtinhas e completamente sem esmalte. Só pinto em ocasiões especiais e enjoo rápido, não vejo a hora de tirar. Adoro as minhas unhas ao natural.

  11. Vanessíssima 19/05/2014 às 11:10

    Bão, vai ver a princesa é alérgica feito eu. rs Eu não posso nem sonhar em fazer as unhas como gente normal. Nada de esmaltes (nem os hipoalergênicos), nada de removedor, nada de alicate, nada de nada (só lixa, ufa). Sou proibida pelo médico. Minha alergia é gravíssima. No começo foi mega difícil, até porque eu fazia as unhas desde criancinha (sim, eu fui precoce and tonta rs). Mas depois de 10 anos sem usar esmalte a gente acaba acostumando. rs

    • Ana 20/05/2014 às 13:26

      Nossa, já vi gente com alergia a esmalte, mas o mais grave que vi era uma amiga que empolava as palpebras, ficava feio, mas nada de risco de vida. Mas é isso aí, saúde em primeiro lugar! Eu estou ha umas 4 semanas sem unhas pintadas Quando vejo unhas de manicure no instragram dá uma invejiiiiiiinha … comprei um kit de unhas de gel em casa, mas a primeira tentativa foi “fail”, ficou tao mal feito que tirei duas horas depois! Depois eu tento.. mas unha normal realmente nao rola, aqui o custo/beneficio de fazer unhas é quase zero, mesmo qdo a gente faz nao dura nada por causa das tarefas domesticas. kkkk e meu tempo nao é capim Bjos

  12. Mariana 04/05/2016 às 08:33

    Nossa bom saber que nao sou a unica, antigamente perdia tempo e dinheiro querendo andar como boneca. Nossa como tudo mudou, hoje tenho pavor de esmalte, salão, salto e maquiagem. Gosto de andar simples de sapatilha, vestido, cara lavada e unhas curtas e cuidadas e meu cabelo nem ouso pintar tambem, gosto dele natural, rebelde … rs