Eu vi muita gente criticando a Kate Middleton por não estar de unhas pintadas durante o seu “Tour” pela Oceania, onde era alvo de um milhão de fotos por minuto. “Mas ela é princesa, o que custa ir à manicure?“. Claro, as críticas vieram com maior furor de minhas compatriotas.
Para falar a verdade, no Brasil ou fora dele, ninguém tem nada a ver com a unha alheia, mas há também uma questão cultural que talvez muitas não conheçam. Na Europa, em especial aqui na Alemanha, noto que as mulheres não pintam as unhas nem para festas. No meu casamento até minha madrinha alemã não estava de unhas pintadas. Há sim algumas garotas que são muito vaidosas, pintam as unhas, usam muita make, delineadores pesados – geralmente são meninas mais novas, às quais os alemães se referem como “chicas” (se é uma denominação preconceituosa ou não, ainda estou investigando). Ou seja: o padrão por aqui é não se empetecar. É tido como “high class” não se empetecar. Eu, particularmente, prefiro me arrumar mais, mas o importante é parar de achar as pessoas piores só porque elas têm hábitos e costumes diferentes. Do ponto de vista do outro você pode ser uma perua-baranga enquanto SÓ você acha que está arrasando.
De novo em relação à Kate: o nível de importância que ela dá às unhas é tão grande (só que não) que olha como elas estavam marromenos no dia do noivado oficial, em que o mundo todo fotografava suas mãos.
Se fosse eu, ia estar usando Mavala há 6 meses sem falha e ia direto da manicure para a coletiva de imprensa. hahaha Bom pra ela, libertador! Eu vejo algumas blogueiras famosas que, quando estão no meio de uma viagem pro c* de Judas e aparecem com unha lascada no instagram são completamentes escrachadas nos comentários. Gente, isso é quase uma escravidão! Escrava de um pedaço de queratina véia ainda, aí não dá! Extremos não são saudáveis…
Vou contar um segredinho: eu estou quase desistindo de ter as unhas feitas e pintadas no dia-a-dia. Não se trata de “revolta” nem nada disso, é mais por praticidade mesmo – não digo virar Zé do Caixão. Mas estou pensando em mantê-las apenas curtinhas, hidratadas com Cerinha da Granado e lixadas. E fazê-las só quando eu tiver vontade mesmo, sem ser por obrigação de estar bonequinha. Já sei que unhas grandes e vermelhas não serão bem vistas no hospital; além disso, aqui eu coloco esmalte e não dura dois dias – banho muito quente e tarefas domésticas, talvez (e olha que tenho lava-louças) expliquem. Daí sinto que estou jogando meu tempo no lixo em ficar uns 50 minutos fazendo eu mesma minhas unhas + o tempo de mãos inutilizadas enquanto elas secam, para depois não durar nada, ainda por cima em uma sociedade em que não dão a menor bola para isso. Claro que quando surgir uma festinha ou evento especial não vou resistir – afinal, soy chica latina. Para constar: manicure aqui é mais caro mas não é impagável igual falam por aí, o problema é você pagar mais caro para fazerem suas unhas pior do que você faria, sem tirar cutículas e tal 🙂
Maaaaas… se aparecer uma manicure brasileira aqui na esquina, esqueçam o parágrafo acima! 🙂
O que vocês acham disso tudo?
Beijos!