Esta dica também serve para hidratar tapioca não-pronta no Brasil, claro (a.k.a Polvilho doce). Já até postei vídeo no YouTube há um século atrás, mas como sei que tem gente que não suporta receita em vídeo (tipo eu kkk), vou postar aqui também. Até porque aprimorei minha técnica em tal forma que acho que a minha tapioca é a melhor do mundo. hahahaha 🙂 Agora em março foi a primeira vez que voltei do Brasil sem trazer tapioca pronta na mala, acreditam? Eu sempre voltava cheia de Tapioca da Terrinha, por achar mais prático e tal. Daí um belo dia, ao comparar pela milésima vez, percebemos que a minha tapioca fresca é muito melhor que a tapioca pronta. Ela fica muito mais crocante e não desperdiço nada! E como eu me acostumei a fazer e fica pronta em dois minutos, nunca mais vou trazer.
Pronta para ser devorada
Aqui você acha goma de tapioca para comprar em Asia Shops ou lojas internacionais , africanas … Se chama Tapioca Mehl e nada mais é que Polvilho Doce! Eu particularmente prefiro não comprar em Asia Shop porque eles têm MUITO cheiro de incenso e o plástico da tapioca é muito poroso. Vez ou outra parecia que eu estava comendo perfume! Ela geralmente vem nesse saquinho branco ou em um transparente.
Vem com 400g e eu pago 1,60 euro aqui na minha cidade. Mas atenção: essa tapioca não vem hidratada e pronta para usar, isso é você que tem que fazer! Você também pode encontrar tapioca na Amazon e – pasmem – lá também tem tapioca da Terrinha para comprar, Brasiiiil! Só que custa 5 euros e, vai por mim, a que você mesmo hidrata fica mais gostosa.
Com a espessura e tamanho que faço, um saquinho desse rende 8 tapiocas! Como atualmente eu só faço na hora porque fica mais gostoso, costumo fazer meio pacote. É inclusive uma vantagem sobre tapioca pronta: não desperdiça, guardo o resto do saquinho aberto e pronto.
Como preparar?
É muito simples: você hidrata a tapioca com água até ela ficar o mais úmida possível antes de entrar no “ponto da loucura“. O “ponto da loucura”(assim batizado pela minha irmã) é quando ela fica meio líquida, meio sólida, tipo assim:
O “ponto da loucura” – você quer antes de ficar assim
Neste ponto você não consegue passar pela peneira nem fazer nada. Mas quanto mais hidratada ela fica, mais crocante e gostosa! A quantidade de água varia com a umidade do ar e temperatura. Eu faço assim: para 1 pacote de 400g adiciono 200 mL de água, ou para meio pacote adiciono 100 mL. Com essa quantidade ela fica geralmente quase ótima. Daí vou adicionando bem pouquinho com minha mão mesmo (tipo, gotas) e misturo desfazendo as bolotas com a mão até ficar o mais úmida possível. Se por acaso passar do ponto e ela ficar molhada de novo, eu adiciono mais pó. Esta dica é importante: você nunca usa 100% da tapioca que tem em casa, sempre deixa um restinho para emergências. Porque se ficar molhada demais, nem reza braba salva! Atualmente nem preciso mais deste respaldo, consigo fazer direitinho, mas ainda assim sempre deixo um pouco – é muito triste jogar a tapioca toda fora e ainda ficar sem!
O ponto correto: o mais úmido possível antes de virar ponto da loucura
Outra dica importante é que a frigideira teflonada deve estar bem quente. Eu aqueço no nível 2 (tipo fogo médio) uns minutos enquanto faço café e hidrato. Deixo quente tipo quando vou preparar bife de frango. Daí coloco 3 colheres de sopa numa peneira e passo pela peneira formando a tapioca na frigideira. Eu gosto de tapioca fininha! A frigideira já está quente num nível que assim que formo a tapioca já coloco os ingredientes e ela não quebra. Aliás, tapioca quebradiça ou é porque você não hidratou bem, ou porque a frigideira não estava quente o suficiente! Coloco geralmente queijo, peito de peru e manteiga. Essa combinação é minha preferida, mas o céu é o limite. Vez ou outra meu marido come a dele com “fatias de chocolate” (essas Eszet aqui) e até mesmo com caviar (calma, não somos Rockefellers- é esse caviar barato de 2 euros do supermercado, hehehe ). Eu sempre coloco um pouquinho de manteiga com a colherzinha também, e daí a tapioca já está levantando as bordas e é só dobrar ao meio com uma espátula. Daí é só aproveitaaaar!:)
Tapioca é sempre meu café-da-manhã de feriado e final de semana. Por mim, comia todos os dias, mas prefiro fazer assim, sem a correria do dia-a-dia! Tapioquinha com café com leite, ouvindo música! Eu sou apaixonada pelos pães da Alemanha, principalmente o de semente de abóbora (Kürbiskernbrötchen) e papoula (Mohnbrötchen) mas sinceramente tem séculos que não como porque a tapioca para mim é #1! Uma curiosidade é que comecei a gostar de tapioca aqui. Típico do-contrismo de expatriada! Se é saudável? Tapioca pegou fama de ser fit por não ter glúten. Mas na minha opinião, a única vantagem é porque é fininha e enche. Mas é um carboidrato dos mais simples, derivado direto da mandioca. Geralmente vou para a academia depois, então é ótimo porque dá energia. Ou seja, se quer ser fit, é até melhor comer um pãozinho integral! Ou melhor ainda, omelete! 🙂 Na minha humilde opinião de quem não se importa com glúten …. Eu como porque acho gostoso mesmo! 😉
Espero que aproveitem as dicas!
Beijos