Sempre que pedi sugestão de posts no snap alguém me pediu pra falar dos estudos de italiano. Achei interessante porque parece que as pessoas se interessam mais pelo italiano do que pelo alemão! Então vamos lá !;) Eu estudei italiano bem irregularmente na vida. Fiz dois semestres de Fundação Torino, depois em algumas épocas empolgava e estudava sozinha com Curso Globo de idiomas, com gramáticas de exercício, etc. Desde 2011 não tinha feito mais nada, então esqueci muita coisa (quando a gente abandona língua em nível básico corre o risco de esquecer tudo). No início do ano passado tomei a decisão de focar no italiano. Trabalhando em tempo integral, vi que não seria uma boa idéia aprender mais de uma língua ao mesmo tempo. “O segredo” para aprender língua mais rápido é estudar um pouco todo dia, que sejam vinte minutos. Resolvi então ser paciente e focar – até lancei o meu objetivo: Exame de Perugia nível C1 em Setembro de 2016. Olha, o prazo não acabou mas acho que fui meio otimista, hahaha.
Comecei primeiro fazendo Assimil nas longas viagens de trem na época pré-carteira junto com gramática de exercícios. O Assimil é um método feito para auto-estudo, onde você vai adquirindo vocabulário com doses de gramática por repetição, vai assimilando o conteúdo. Ele é realmente muito bom, mas mesmo eu tendo feito tudo como manda o protocolo, inclusive usando flashcards (uso o Anki), ao terminar passei longe do B2 que é prometido na capa, viu? Fiz paralelamente uma gramática de exercícios para assimilar a gramática.
Procurei muitas opções de aulas particulares, mas nenhuma se adequava ao meu horário, até porque aqui as pessoas tentem a não trabalhar sábado. Em setembro resolvi fazer aulas particulares no skype. Me “encontrei” no italki, que é um site onde você pode praticar de graça se também ensinar em troca ou então contratar professores particulares via skype. O meu primeiro professor era meio novo e bem enrolado, atrasado, por isso após 5 aulas desisti dele. Depois disso, achei a melhor professora de italiano do mundo, na minha opinião. 🙂 E desde então faço com ela uma vez por semana no skype. Paralelamente comecei um curso “em grupo” na Volkshochschule daqui, que frequento terças à noite. Como não posso todos os dias à noite e pra mim tem que ser mais tarde, acabei escolhendo um nível mais baixo que o meu, e sinceramente atualmente frequento pelo lado social da coisa. Gosto dos colegas, gosto dos “eventinhos”, e claro que sempre aprendo algum vocabulário na aula, mas é com certeza a minha pior fonte de aprendizado atualmente. Continuo estudando sozinha diariamente na hora do almoço – povo do trabalho deve me achar meio estranha. Bom, o que não faltam são materiais de exercício para fazer, adoro livros pra treinar vocabulário! Também imprimo as lições que a professora manda, sempre faço as redaçõezinhas de dever de casa, etc.
Eu já falei que gosto de língua, então isso tudo pra mim é um esforço não dolorido. Faço com o maior prazer, acordo feliz sábado cedo pra minha aula, vou cansada pero saltitando pra VHS à noite depois do trabalho. É meio catártico, sabe? Eu desligo de tudo e isso me dá a sensação de que estou fazendo outra coisa da vida. E quando consigo fazer uma consulta em italiano então, morro de alegria. É a recompensa mais palpável atualmente das horas investidas. Mas o caminho ainda é longo! Se eu fosse me avaliar hoje, diria que estou “agarrada” no nível B1 ainda, e pular para o B2 exigirá um esforço ainda maior. Eu acho que subestimei a língua, achei que ia aprender mais rápido – bom, faz parte! Mas o legal está por vir : agora em maio “vou me dar uma ajudinha” e passarei 10 dias na Itália – primeiro irei a um casamento em Verona e depois farei um intensivão de italiano em Milão. Vou adorar compartilhar com vocês, então me sigam no snap ou insta : anacris.lc!
E as leitoras da Itália, que dicas me dão?!
Baci!