Eu adoro a Gisele Bündchen. Além de linda, a acho super cabeça-boa, sabe? Pelo menos é a impressão que me passa. Mas, sendo uma leitora compulsiva de fofoca de celebridades (nacional e internacional), algo que vem me chamando atenção há anos é que ela não é bem-vista na gringa.
Nos EUA, por exemplo, é impressionante como o povo pega no pé: a acham chata e tudo só piorou depois do bafão de que ela teria sido pivô da separação do Tom Brady e da Bridget Moynahan (grávida). Desde então a Gisele virou uma espécie de Magda por lá. Ela abre a boca para dar qualquer declaração e o povo cai em cima. Quando ela se posicionou fortemente dizendo que deveria haver uma lei que obrigasse as mães a dar de mamar, lembram do auê?
Para a última polêmica ela nem precisou falar nada. Postou uma foto com a filha Vivian de 7 meses com um – OH – brinquinho. Isso despertou a fúria das mães lá fora e críticas sem fim à übermodel.
A gente nem consegue perceber o que há de estranho neste fato. Aqui quase toda neném sai de orelhas furadas da maternidade, é bem cultural. Não foi o meu caso, só fui furar minhas orelhas aos 14 anos e me senti injustiçada a infância inteira por ter que ficar usando brinco de pressão (criança não tem atitude suficiente para ir correr atrás de furo na orelha, eu pelo menos ficava adiando hehehe). Minhas irmãs tinham as orelhas furadas e eu morria de inveja. kkkk
A questão é que, em vários lugares do mundo isso é quase uma aberração. Na Europa e EUA, por exemplo, um furo na orelha de um bebê é capaz de gerar olhares de horror “que mãe cruel“. Lembro que ano passado houve um bafafá na Alemanha porque um juiz decidiu proibir circuncisões religiosas nos bebês. Ele considerou o ato como uma mutilação e, como tal, seria um absurdo fazê-lo sem o consentimento do “interessado”. Quem é contra brinco em bebê defende argumento parecido, de que você não pode submeter o bebê a uma mini-“mutilação” de fins estéticos sem o consentimento dele.
A minha opinião pessoal é a seguinte: como eu era traumatizada com isso, já tinha a cabeça feita que minha filha sairia de orelha furada da maternidade. Com o tempo mudei de idéia, acho até engraçado um neném careca com um brinco, tipo “bebê-perua”… hehe E acho que como minha filha provavelmente vai nascer e crescer praqueles lados, é melhor dançar conforme a música, sem problemas. Mas também não acho que isso configura um ato de crueldade contra menores, não, principalmente dentro de um contexto cultural! Mas de qualquer forma, acho que é muito drama para pouca coisa. Tá faltando terapia por aí … terapia cheia de louça suja para lavar. kkk
O que vocês acham disso?
Beijos!
Minha opinião pode (e deve) estar sendo influenciada pela nossa cultura e também pelo fato de eu ter passado uma infância de “orelhas peladas frustradas”, MAS, honestamente, alguém ainda conhece mulher que não tenha orelhas furadas e não use um brinquinho sequer em ocasião alguma?
Furando de bebê a criança praticamente não sente e pode usar todos aqueles brincos bobos durante a infância toda.
Eu acabei furando as orelhas umas três vezes até dar certo, depois de crescidinha, e perdi boa parte da época de usar brincos tosquinhos, o que me deixava bem irritada com a “cagalhonisse” da minha mãe em ter furado minhas orelhas antes (o que não ocorreu justamente por ela ter pena ¬¬).
Fato é que eu imagino que sofri bem mais furando depois. :B
De qualquer forma, se a criança se sentir tão incomodada com o “intruso”, ela vai “reclamar”. E, enfim, se mais tarde optar por viver sem brincos é simples: tira e o furo fecha 🙂
Acho que a questão tb é que cartilagem é um tecido complicado, se regenera mto mal. Não há garantia alguma que o furo vá fechar, e se fechar não é 100%. Meu segundo furo fiz há 15 anos (e nao uso), fui testar outro dia e nao é q deu? kkk Pra mim teria sido otimo pra me diferenciar de menininho qdo era bebê, já q fui careca até os 3 anos. ;D bj
Minha mãe queria ter furado minhas orelhas quando nasci, mas meu pai ficou com peninha e disse que eu poderia escolher quando fosse mais crescidinha. Aí meu caso foi bem igual ao seu, Ana, acabava enrolando e só fui furar ali com uns 12 ou 13. Doeu bastante e tive que furar uma segunda vez porque na primeira não deu certo. Então compartilho do pensamento da Isa, acho que teria sido mais fácil furar quando eu era bebê, já que eu nem ia lembrar de nada. Minhas primas pequenas tem as orelhas furadas e nem se abalaram, desfilam numa boa com brinquinhos praticamente desde que nasceram! Hehehe!
Eu tive o maior problema com meu primeiro furo também. Ele inflamava, e hoje eu sei que eu devia ter colocado um de ouro ou hipoalergênico no lugar, mas insistia em deixar o da farmácia. E era um caos. Fechava algumas partes, eu morria de dor pra reabrir… bom, hoje tá tudo bem! Eu sempre ganhava brinco nos aniversários e eles iam direto pra minha irmã… hahaha Bj
Ana, eles achando aberração ou não, se eu tiver uma menina aqui, ela será metade alemã, metade brazuca, então ela vai seguir algumas das nossas tradições também. Vou furar sim! Sei que vai rolar uns estresses por aqui, mas eu acho fofo e nem imagino minha filha sem brinco!
beijinhos
Sm, eu bateria o pé, independente de encheção, caso ainda tivesse o ponto de vista antigo… já que realmente nao faz mta diferença pra mim agora, prefiro evitar a fadiga (porque, acredite, vai ter fadiga). Meu saco é facilmente estourável, então no quinto alemão perguntando/indagando/exclamando eu ia mandar sutilmente à pqp… 😀 mas claaaaaro que meus filhos vao ser super brazucas.. galinha pintadinha, patati patata, atchim e espirro, turma da mônica, vaidades em geral… e MTO português.. comigo 100% só portugues! Todas as brasilianidades da vida, pra nunca quererem sair debaixo das asas da mamãe!!! a_louca kkk bjo
Ana, que frescura desse povo!
Ah vá né? Crueldade é sair com neném mal agasalhado no frio. Crueldade é levar o neném pra rua no maior toró. Já vi cada coisa por aqui… As inglesas (principalmente as mais novas) são PÉSSIMAS mães. Furar a orelha do neném seria o ~menos pior~ que elas poderiam fazer.
Isso me lembrou uma coisa que eu vi outro dia no ônibus… Eu tava sentada embaixo, e o ônibus parado no ponto. A mulher entra, e enquanto ela paga a passagem ela manda o filho de MENOS DE 5 ANOS subir as escadas pro segundo andar (aqueles ônibus double decker). AÍ O ÔNIBUS ARRANCA, e o neném quase sai quicando igual uma bolinha de pingue-pongue escada abaixo. Sorte é que tinha uma mulher (desconhecida!!!!) que foi atrás dele quando ela viu o desastre que estava prestes a acontecer. Isso sim é um absurdo. E o pior, ninguém falou nada.
Quando eu tiver meu filho, AI DESSE POVO se eles vierem com mimimi e frescura pra minha cabeça… Mando catar coquinho no morro MEEEEEESMO!
Babi, é difícil generalizar; tenho certeza que tem otimas maes inglesas, assim como vejo diriamente mães-trogloditas no brasil hehehehe mas realmente os conceitos sao bem diferentes. Na europa nao existe essa “proteção toda” pra criança. Para o bem e para o mal. Dar de mamar em público é muito mais tabu do que no Brasil, já vi até reportagens onde a polícia foi envolvida… Além do que, digo pela Aleamnha, a criança não tem “perdão” apenas por ser criança. Isso merece um post, pq é mto complexo. Nao existe fila preferencial para grávida, ninguém deixa de achar ruim se tem um bebê ou criança esgoelando “só pq é criança”. Se um adulto está com um brinquedo e a criança quer, ele nao dá de imediato “só pq ela é criança”. Outro dia tinham 2 criancinhas (uns 5 anos) no supermercado, na minha frente na fila, a coisa mais fofa do universo, cada uma segurando um lado da sacola. Da sacola elas tiraram coisas pra fazer bolo… aí se atrapalharam um pouco (claro) na hora de pagar e guardar as compras (supermercado na alemanha é uma comédia à parte, tudo mto rapido). E eu pensando “nhooooooin que gracinhas”. Aí fui ver e a caixa estava com cara de bunda e todos os alemães da fila estavam com cara de bunda e bufavam impacientes. kkkk É de fato uma característica interessante do povo, de “criança não ter perdão”. Só quis relatar mesmo, nao julgo de forma alguma. Nao existe certo e errado, sao culturas diferentes. 🙂 Bjo
Ei Ana, realmente por aqui as pessoas pensam muito no “o que a criança quer”, ou “o que VAI SER melhor pra ela”… Mas acho que um inocente brinquinho não vá fazer mal… E cada um com seu costume né?! Aqui as crianças são tratadas quase como adultos (o que as vezes me assusta), no Brasil fura-se orelhas de bebês…
Minha filha nasceu em Luxemburgo e nao tem as orelhas furadas. Moramos em Zürich e as crianças, em sua maioria, também nao têm. É tranquilo, ninguém repara, nem acha estranho.
Como nao era um hábito local, acabei nao fazendo os furinhos. Me arrependo até. Nunca imaginei que isso incomodaria tanto as pessoas. Muitos ficam inconformados. É muito chato ter de lidar com isso.
Tenho uma vizinha portuguesa que nao furou as orelhas da filha. Comentou que em Portugal também nao é comum.
Minha sogra é japonesa e até hoje nao furou. Ela usa brincos de pressão.
oi fabiana; mas n tem do q se arrepender, se ela quiser vc pode leva-la pra furar 🙂
eu usei brinco de pressao ate os 15 anos e tenho pavor total, tinha dor de cabeça no fim das festas kkk bj
Eu usei brinco de pressão um mês inteiro sem tirar pra nada e minha orelha furou usando o mesmo