12
agosto
2017

Duas receitas deliciosas com cogumelos Pfifferlinge

Postado por Ana em Alemanha, Ana de Casa

E pensar que há uns 10 anos eu detestava cogumelos! Atualmente prefiro fungos a carne, acreditam? Estou sempre fazendo receitas com os mais variados tipos. Por aqui existe um tipo de cogumelo chamado Pfifferling que só achamos para comprar fresco no alto do verão e assim permanece por alguns meses e depois somem. 🙁 Esses cogumelos são do gênero Cantharellus e no Brasil têm o nome de canário ou rapazinhos. Não sei se é porque eu praticamente não cozinhava no Brasil, mas nunca vi por lá. De qualquer forma, acho que os Shimeji são bons substitutos em terras tupiniquins. Mas aqui, como sou epocazeira de carteirinha, estou aproveitando os frescos do supermercado para fazer minhas receitinhas favoritas com eles. Duas delas já tinha feito ano passado e repeti nesse final de semana e aproveito para compartilhar com quem também quer aproveitar a época de Pfifferlinge! 🙂

Como limpar os Pfifferlinge:

Esses cogumelos devem ser lavados de forma diferente dos de Paris, por exemplo. A melhor forma é limpar individualmente com um pincel de cozinha, um a um, tirando a sujeira. Daí você os joga numa bacia d’água, escorre numa peneira e seca. Daí você corta a parte inferior dos cabinhos fora e eventuais partes amolecidas.

Sopa de creme de milho com Pfifferlinge

 

Essa receita eu modifiquei levemente da revista alemã Brigitte e pode ser bem difícil (para não dizer impossível) reproduzir com exatidão no Brasil, mas dá para substituir ingredientes. Sabe, vejo muitos brasileiros sofrendo com coisas que não se encontram aqui – choram pelo chuchu e mandioquinha derramados – mas eu pessoalmente acho que o contrário é absurdamente maior. Então sempre vejo o lado bom e fico feliz de poder usar ingredientes que não teria a oportunidade de usar por lá. Essa sopinha é a maior comfort food ever!

Ingredientes

– 1 batata grande (aqui use o tipo mehligkochend) – eu usei umas 6 pequenas Frühkartoffeln
– 1 lata grande de milho (285g sem água)
– 750 mL de caldo de legumes (mais concentrado que o normal) – pode ser caseiro ou industrializado. Aqui na Alemanha sempre uso aquele cremosinho da Knorr, o Knorr Bouillon Pur Gemüse – coloco dois potinhos nos 750mL de água quente e misturo.
– 1 colher de sopa de Meerrettich – raiz forte branca
– 50g de Schlagsahne – que é parecido com creme de leite fresco
– pimenta moída na hora e sal a gosto
– 100g de cogumelos Pfifferlinge
– duas cebolinhas dessas tipo chalota (Schalotte)
– 1 colher de sopa de manteiga
– um pouquinho de agrião-de-jardim (Gartenkresse) ou alguma outra erva para finalizar

Ingredientes no Brasil: eu substituiria o Pfifferling por Shimeji. O Meerettisch é típico do norte da Europa e eu substituiria por alguma mostarda fina picante e o Gartenkresse (agrião-de-jardim) por qualquer erva, como salsinha. E usaria creme de leite fresco em vez do Schlagsahne. Se não tiver chalote, usaria uma cebola normal pequena, mas deixaria ela reduzir mais tempo para não roubar o gosto.

Modo de preparo:

Prepare o molho de legumes. Eu dissolvo dois Bouilllons Pur da Knorr em 750 mL de água. Descasque as batatinhas (ou a batatona) e corte em pedaços menores. Escoa o milho na peneira e daí você adiciona milho e batata ao caldo de legumes ao fogo médio. Deixe cozinhar uns 10 minutos e teste se a batata está macia com um garfo. Daí pegue um mixer (uso o de mão mesmo, direto na panela) e com cuidado para não se queimar, faça da mistura um purê. Daí você passa essa mistura numa peneira, para ficar um creme liso mesmo. Eu particulamente gosto de coisa rústica, mas nesse receita concordo que essa etapa deixa tudo mais phyno! Adiciona o Meerrettich (raiz branca forte) e os 50g de Schlagsahne (parece com creme de leite fresco), ajusta o sal e a pimenta. É importante não deixar ferver mais depois de adicionar o Meerretich, pra não perder o seu clássico ardidinho! Em outra panela, você derrete uma colher de sopa de manteiga joga os Pfifferlinge com a cebola chalota picada em pedacinhos. Os cogumelos menores eu deixo inteiros mesmo, os grandões corto em pedaços menores. Uns 5 minutos depois, ajusta sal e pimenta. Você então monta o prato com a sopinha, joga um pouco dos cogumelos em cima e finaliza com as ervas.

Medalhão de filet de porco com molho de Pfifferlinge e Spätzle

 

Eu não sou fresca com carne – uso a moída e frango do Aldi, sabe? Mas em se tratando de medalhão de filet de porco, acho que os do açougue fazem TODA a diferença no sabor. Se a qualidade for mais ou menos, vale a pena fazer uma marinada como essa do Panelaterapia. Mas sendo a carne ótima, apenas sal e pimenta já deixam o gosto incrível! A receita do molho também é modificada da Revista Brigitte! Já notaram que amo as receitas deles, né? 🙂

Ingredientes

– Cerca de 500g de uma peça filet de porco (Aqui no açougue ou você pede Schweinelendchen)
– Cerca de 500g de Pfifferlinge ou outros cogumelos. Desta última vez eu estava com cogumelos de Paris que iam perder então misturei! Piquei uns 80% e deixei uns Pfifferlinge inteiros separados.
– Uma colher de sopa de pimenta verde (Grüner Pfeffer)
– Um shot de conhaque ou vinho branco
– Uma colher de sopa de molho inglês
– Muita salsinha picadinha (aqui uso 30g, um pacotinho do Rewe)
– 50 mL de Schlagsahne (tipo creme de leite fresco)
– Uns 400g de Spätzle ou outra massa para acompanhar

Exemplo de pimenta verde

Ingredientes no Brasil: Substituiria os Spätzle por uma massa qualquer, usaria uma mistura de cogumelos frescos quaisquer. Com cogumelos de Paris também fica um molho delicioso. E, mais uma vez, substituiria o Schlagsahne por creme de leite fresco.

Modo de Preparo:

O medalhão:

Você corta o filet de porco em medalhões de uns 2-3 cm de espessura ou como preferir. Muito se debate sobre colocar sal/pimenta antes ou depois, sendo que muitos experts falam para colocar sal só depois porque deixa a carne dura. Mas depois que li isso aqui me convenci do contrário e faço assim: o sal coloco antes, pois não vai deixar a carne dura desde que não passe de 15 minutos. Já a pimenta sim coloco depois de grelhado. Então resumindo: tempero generosamente com sal rosa, daí levo à frigideira quente com um pouco de azeite (ou qualquer óleo que preferir) e deixo uns 3 minutos de cada lado até dourar. Coloco em cada lado a pimenta moída na hora e envolvo cada pedaço em papel aluminio e levo ao forno não muito quente (uns 150 graus) e lá deixo uns 10 minutos, porque ao contrário de muitos europeus eu não gosto de carne vermelha dentro. 🙂

O molho

O grande super star desse molho é a pimenta verde, acho que deixa o sabor super sofisticado! São grãozinhos verdes que vêm numa marinadinha. Dei um Google e vi que tem no Brasil também, tipo essa. Na panela onde está o caldinho da carne, você pode colocar um pouquinho de manteiga e adicionar os cogumelos picadinhos. Junte uma colher de sopa de pimenta verde e deixe reduzir poucos minutos. Depois adicione os cogumelos inteiros que sobraram, deixe murcharem um pouco, dê um sustinho com conhaque! Daí adicione a salsinha picada e depois o Schlagsahne (“creme de leite”) com um pouquinho de molho inglês.

Sirvo com Spätzle, que é uma massa típica aqui do sul da Alemanha – que eu amo! Só seguir as instruções da embalagem!

Curiosidade: Pfifferlinge & Chernobyl – alguns cuidados a tomar

Uma outra observação é que esse tipo de cogumelo é dos que mais absorve coisas do solo. Daí é importante ver a procedência e forma de cultivo. Eu evito comprar, por exemplo, da Ucrânia e afins e até mesmo da Baviera por causa do acidente de Chernobyl. Foi há mais de 30 anos, mas ele ainda vai deixar o o solo contaminado com material radioativo por várias décadas. Por causa da chuva, os elementos radioativos se espalharam por uma área enorme, inclusive pela Alemanha. Em relação a esse acidente, nós que moramos por essas bandas temos que ter cuidado ainda com outros alimentos, como cenouras. Para vocês terem idéia, ano passado testaram a carne de javalis de uma cidade da Baviera e encontraram uma quantidade absurda de Becqueréis neles, afinal são bichos que se alimentam de coisas do solo. Nem sou eco-freak, mas eu acho isso longe de ser uma bobagem. Não acho que precisa evitar totalmente cogumelos dessas regiões, mas talvez se informar mais onde foram produzidos. Por exemplo, muitos são produzidos em estufas especiais, então não há problema.

Locais com solo contaminado por causa de Chernobyl

Beijos da fã de todos os tipos de cogumelos não-alucinógenos e não-venenosos!

30
julho
2017

Unidas contra a Drosophila

Postado por Ana em Ana de Casa

Não me esqueço do meu terror quando, récem-chegada aqui em 2014, comecei a ver minha casa invadida pelas mosquinhas de fruta! Eu era dona-de-casa newbie e não sabia nada de nada de casa! Para mim as mosquinhas só gostavam de banana, hahaha! Lembro que as mosquinhas começaram a aumentar demais, até que em um momento achei um balde escondido com um resto de água suja que o marido tinha usado para limpar o apt antes de eu chegar. Isso uns meses antes – daí imaginem a cena de horror. Após isso se seguiram outras situações de surpresa desagradável – como aquela garrafa de vinho com um restinho de vinho = verdadeiro CRIADOURO de mosquinhas. Naquele ano a batalha foi praticamente perdida. Foi tão chato que eu ia tomar uma tacinha de vinho e não tinha paz – aliás, uma coisa que sempre detestei nessas mosquinhas é que elas são ATREVIDAS. Tipo, elas vêm mesmo pra cima, kkkk!

Sabendo que o inverno aqui é o maior inimigo de insetos, resolvi aproveitar a oportunidade que o extermínio me concederia naquele ano e NUNCA mais deixar isso acontecer. Daí seguiu-se o modo ANA-CRISTINA-A-LOUCA e eu me informei muitíssimo e hoje me considero uma OTÔRIDADE no assunto. Quero muito então dividir as dicas para quem passa por esses apuros no verão – ou o ano todo – e, claro, estamos sempre à procura de novas dicas, então compartilhem sim! 🙂

Do que mosquinha gosta

Já dizia Sun Tzu: “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas.” 🙂 Quando sabemos do que a mosquinha gosta, fica mais fácil de nos livrar delas! Mosquinha AMA coisas cítricas tipo limão, ama vinagre e fermentados (vinho, espumante, cerveja), ama frutas como banana, laranja, pêssego … E, pela minha experiência amam borra de café (úmido, né….). E, claro, amam qualquer sujeira úmida para botar seus ovinhos! Sabendo disso, desenvolvi uma mentalidade mosquinha-oriented no verão: quando o café fica pronto jogo o filtro fora na hora, nunca deixo copo usado de vinho/espumante dando sopa, fecho BEM a máquina de lavar-louças e tomo MUITO cuidado com as garrafas. Aqui a gente joga os vidros num container longe de casa, então acaba acumulando. Eu passo água e sempre tampo a garrafa vazia, tipo com papel toalha. Ninguém entra e ninguém sai, hehe! Além disso, outros hábitos ajudam:

Não acumular lixo e deixá-los bem fechados

Cuidado com lixo orgânico, principalmente se tiver coisas como limão dentro. Tire da casa o mais rápido possível e sempre limpe o fundo da cesta antes de trocar! Lixo tem que ter tampa- deixe sempre bem tampadinho! Para limpar o lixo, vai qualquer produto de limpeza mesmo. Mas eu gosto da minha solução caseira de limpar lixeira:

Receita: em 250 mL de álcool (aqui = Spiritus) coloco 3 pauzinhos de canela e 9g de cravo (aqui tem em todo supermercado = Zimt + Nelken). Coloco em um pote fechado (Mason Jars ♥) e deixo curtir uns 5 dias, chacoalhando uma vez por dia. Daí passo na peneira e transfiro o álcool perfumado para um spray que fica do lado das lixeiras. Dura muitíssimo.

Cuidado com ralos entupidos e semi-entupidos

As mosquinhas amam um ralo meio-entupido. É ali que estão os ovos! Um ovo leva 12 dias para se transformar em uma mosca adulta e esta vive cerca de um mês. Se você vê que a água começa a descer lentamente – seja na cozinha, seja na banheira: desentupa! Existem produtos muito bons para isso – gosto muito do Drano da Mr. Muscle para desentupir e também uso o “Abfluss Fee” da DM na banheira para evitar entupir com cabelos!

Em casos problemáticos, cuide dos ralos.

Eu fiz isso todo dia do verão em 2015 – foi um dos verões mais implacáveis de todos os tempos, acima de 35 graus diariamente. Antes de dormir eu conferia os ralos – jogava um pouco de água sanitária diluída (Danklorix – eu diluo bem e deixo num sprazinho no banheiro) em cada ralo e também naquelas aberturas que ficam debaixo da torneira do banheiro (pra que servem, aliás?). Aqui também não tem ralo no chão do banheiro como em 99% da Alemanha, mas tem na banheira e na pia, claro. Após isso, fechava bem todos os que eram fecháveis (banheiro, banheira) – o da pia da cozinha tenho hábito de sprayar com Bref antes de dormir, após tirar resto de comida, claro… ele deixa uma espuminha em cima. Agora faço isso tipo 1x por semana, até porque já é suficiente, pois o ovo só vira uma adulta após mais de 10 dias! Eu diluo o Danklorix porque não sei até que ponto água sanitária é segura pros ralos. Quando me mudei usava Danklorix para limpar banheiro, mas com o tempo comecei a perceber que existem inúmeros produtos maravilhosos para limpar banheiro aqui muito mais seguros que o Danklorix. Tenho medo de água sanitária respingar nozóio, hehe!

Armadilha caseira

Aprendi isso com minha sogra. Essa não tenho precisado usar mais, mas em casos de emergência, só fazer assim: coloque num potinho uma parte de vinagre para 3 de suco de maçã, e um gotão de detergente de cozinha e por último duas partes de água. Mexa com uma colher para misturar. A armadilha fica melhor ainda se você colocar um papel afunilado que leva ao pote, por exemplo um filtro melita com buraco em baixo! Daí deixa num lugar problemático, por exemplo, do lado da cesta de frutas. Em uns 2-3 dias você precisa misturar de novo.

Armadilha pronta, “monitorador de mosquinhas”

Isso eu tenho atualmente aqui em casa: são armadilhas prontas que servem também para monitorar a população de mosquinhas na casa. Tem em vários lugares – antigamente comprava Aldi, mas atualmente estou com essa da foto do início do post aqui em casa: é da “Profissimo” da DM. É um potinho com uma mistura de vinagre ao redor do qual você coloca uma casinha adesiva. As mosquinhas ficam grudadas ali, quando encher você troca (costumam vir com mais de um adesivo).

Raquete elétrica

As mosquinhas são mega-lerdas. Então se passar uma feliz-da-vida na sua frente, não perca tempo: eletrocute-a!!!! Veja cada mosquinha como reprodutora em potencial, ARQUI-INIMIGA. hehehehhe Nessa época tem pra vender em supermercados, mas a minha é essa da foto e comprei aqui na Amazon.

Bom, essas são minhas melhores dicas! Caso você esteja perdendo a guerra, não desanime. Só imaginar a vozinha do João Gilberto cantando “Tornerà un altro inverno, cadranno mille pètali di rose, la neve coprirà tutte le cose e forse un pò di pace tornerà!“. Mas esse consolo é só para quem mora em clima temperado também! No Brasil a luta deverá continuar! 🙂

Beijos!

06
maio
2017

Pesto de aspargos com óleo de macadâmia

Postado por Ana em Ana de Casa

O nome é certamente de receita de gente fresca, hahaha! Mas, vocês sabem, eu obstinadamente procuro aproveitar a época de aspargos ao máximo. E, culturalmente, acho muito mais divertido dançar conforme a música do que brigar com uma sociedade inteira por conta de diferenças culturais. Então, as alemanices? Estou adotando cada vez mais, para fazer a minha vida por aqui a melhor possível! E a loucura por aspargos é uma das alemanices clássicas. 🙂 Pois então, os aspargos aparecem em abril e somem em junho. Depois disso, nada de aspargos frescos mais! Então eu, que mal lembro de ter comido aspargos no Brasil, desde que me envolvi nessa craze, fico tentando aproveitar ao máximo e fazer o máximo de receitas possíveis. Gosto tanto do branco quanto do verde, mas tenho leve predileção pelo último. Uso muito da forma simples, só inteirão acompanhando carnes. Vez ou outra gosto de fazer algo mais criativo.

pestoaspargos1

Essa receita de pesto de aspargos é uma das milhões de receitas de pesto de aspargos existentes. Essa, contudo eu achei mais diferentona por usar estragão e óleo de macadâmia. Peguei na Brigitte (revista alemã) ano passado. A condição sine qua non para gostar dela é gostar do gosto de aspargos e de estragão. Senão é melhor ficar com o pesto normal mesmo. Esta receita tem um paladar de nuances muito sofisticadas! Em minha humilde opinião.

Olha – meu marido ama tudo o que eu cozinho (ou finge bem, hehehehe) mas lembro que essa receita foi a primeira vez que ele lambeu o prato. Literalmente: tinha acabado a porção, daí levantou o prato e passou o linguão. kkkk E ainda raspou o potinho onde estava o pesto, raspou a panela. Ele simplesmente verenou, não parava de repetir o quanto é maravilhosa e eu fiquei me achando! E eu também acho uma delícia. Seria quase um crime não dividir com vocês em plena época de aspargos! 😉

Ingredientes:

pestoaspargosingredientes

300 gramas de aspargos verdes (comprei aqui um maço no Rewe – “Bund” – e usei ele todo)
2 dentes de alho
2 colheres de chá de amêndoas (em lascas)
60 gramas de parmesão, parta em pedacinhos
2 raminhos de estragão (estragon)
2 colheres de sopa de azeite de oliva
5 colheres de sopa de óleo de macadâmia (pode ser de Amêndoa também! Mas sou alucinada com macadâmia e não substituiria njamais. Comprei o óleo de Macadâmia no Alnatura.)
2 colheres de chá de suco de um limão siciliano
Sal e pimenta moída na hora (a gosto)

Essa receita inteira dá para 500g de spaghetti!

Preparo

Corte o terço duro inferior dos aspargos e a cabeça bem rente ao talo e descarte. Lave os talos dos aspargos e leve-os à água salgada fervente por 1 minuto, daí escorra e os passe na água fria para parar o cozimento. Corte em rodelinhas e reserve. Numa frigideira teflonada sem óleo mexa os dois dentes de alho amassados com as amêndoas até ficarem marrom-dourado. Não deixa queimar, senão amarga. Eu deixei levemente dourado, assim:

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Depois é só misturar tudo numa cumbuca: aspargos, amêndoas + alho, limão, azeite, óleo de macadâmia, as folhas do estragão, o parmesão. Daí bati com um mixer de mão mesmo, o mesmo que uso para fazer sopa/creme.

pestoaspargospreparo

Daí você tempera com sal e pimenta moída na hora a gosto. Pronto, só isso! É muito rápido. Eu tenho uns potes de molhos Barilla e afins que comprei no passado, daí coloco neles. Rende a quantia abaixo (o da direita é o pote do Barilla pequeno, 190g).

pestoaspargospotinhos

Como servir: acho que pesto combina muito com spaghetti, é a massa que mais “pega” pesto, tenho impressão que as outras meio que parecem estarem meio sem molho! E, ao contrário do que faço com outras massas, eu prefiro já misturar o pesto com o spaghetti na panela em vez de colocar um monte de molho em cima da massa. Eu uso um potinho desse cheio para 250g de spaghetti – isso dá dois pratos fundos cheios, uma refeição para dois adultos. A receita acima inteira dá então para 500g de spaghetti. O pesto da geladeira eu esquento no pote de vidro em banho maria mesmo, só o suficiente para deixar de ser gelado – porque se estiver muito gelado acaba esfriando o macarrão e ninguém merece.

Durabilidade: A durabilidade na geladeira é tipo parecida com um pesto pronto aberto. Talvez uma semana? Se for deixar uns dias na geladeira é bom cobrir um pouco com óleo para durar mais, por isso prefiro guardar em potes de diâmetro pequeno. Para congelar: as receitas tradicionais de pesto dizem para congelar em cubos de gelo. Muita trabalheira na minha opinião. Eu congelo o potinho (não muito cheio) normal mesmo e um dia antes é só deixar na geladeira.

Preço: começando essa receita do zero aqui, você gasta uns 21 euros. Mas isso dá 4 refeições para adultos, saindo pouco mais de 5 euros por cabeça. Ainda vão sobrar os ingredientes (compro o vasinho de estragão, o parmesão vem com 200g e o óleo de macadâmia com 100 mL – custou 8 euros o orgânico-, o spaghetti Academia Barilla 2 euros), então se você repetir a receita barateia mais ainda (dá para fazer mais umas duas a três vezes). Então, comparado com comer fora achei bem em conta. Cinco euros é o preço da pizza do Döner da esquina! 🙂

Pelo visto criei uma nova tradição: a cada ano, na época de aspargos, vou repetir essa receita. Marido agradece! Espero que vocês amem como a gente amou, mas não se esqueçam: tem que gostar de aspargos e de estragão! 😉

Beijos

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