Uma das coisas mais incríveis da internet é a velocidade com a qual as coisas mudam. Em um certo momento a realidade incluía chats do IRC, ICQ e seu oh-oh, Orkut e de repente … Puf! O que valia antes já não vale mais. E isso vem ocorrendo cada vez mais rápido. Faz uns 8 anos que prometi para mim que qualquer novidade que surgisse no mundinho visual eu iria ter para mim também, que fosse para concluir que não gosto. A verdade é que tenho medo de virar o equivalente àquelas pessoas que não sabem a diferença entre e-mail e homepage. Parece longe de nós, mas continue ignorando as novidades e você será uma delas logo. Por isso que fiz há vários anos um episódio único de Podcast, para depois ver que achava chato. Mas pelo menos vi como funcionava. Por isso mesmo fiz há algumas semanas um SnapChat – o aplicativo menos intuitivo ever. Eu, que sou super internauta, demorei um século para entender como funciona. Ainda nessa onda comecei meu canal do Youtube, e percebi que adoro fazer e editar vídeos (mas faço menos do que gostaria porque gasta muito tempo).
Algo que me chama atenção também é como estamos ficando cada vez mais viciados em drops de informações. Lembro que quando fiz minha Tina’s Homepage lá em 1998 já era o máximo ter uma sessão de atualizações – uma vez por mês alguma novidade, de forma que a página não ficasse 100% estática. E bastava.
Daí vieram os blogs com posts fresquinhos diariamente ou quase. Eu mesma cheguei a acreditar que os blogs não iriam acabar ou perder força nunca. Via entrevistas de blogueiras profissionais confiando que seriam para sempre. Eles ainda estão aí (oi), mas já não acho que são tão imortais assim. Ser blogueira virou profissão rentável, mas longe de ser fácil. Muito se zoa, mas acho um trabalho admirável como qualquer outro. Manter blog atualizado sob pena de perder o ganha-pão dá um trabalho do cão. Só que mesmo assim se tornou uma profissão almejada devido às maravilhas do Home Office. Não é todo mundo que ama acordar as 06h, pegar trânsito e ficar o dia todo fora de casa. E quando dá realmente certo tem o bônus de uma vida cheia de glamour, jabás, dimdim. Um dos preços que se paga é: quem conseguiu trilhar um caminho profissional com blog não pode comer mosca. Por exemplo, logo ficou claro como água que o Youtube se tornou uma ferramenta muito mais poderosa que blogs, em termos de atingir uma multidão de pessoas muito mais rápido. Quem não fizesse um canal ia cair no ostracismo rapidinho. Foi até engraçado assistir todo mundo correndo desesperado para criar um canal pra não perder a boquinha. Depois, um vídeo aqui e acolá não foi mais o suficiente. Atualmente, para sobreviver profissionalmente no Youtube tem que postar sempre. Paralelamente, o Instagram pareceu ter tomado muito o lugar de posts em blogs – o look do dia é pra já, nada de postar no blog o look que usou há um mês. A própria informação de fofoca e lifestyle começou a vir mais rápido: vide o ótimo instagram @garotasestupidas. Talvez por isso revistas como Capricho se escafederam. O público jovem não consegue mais esperar. O público jovem sequer consegue ler. Um post como esse ou uma matéria de três páginas (e sobre info “velha”) numa revista é tempo demais de dedicação.
Daí a rapidez do Instagram parecia o suficiente quando surgiu o SnapChat. Informação (?) rápida e em tempo real que se esfarela após algumas horas. E bora todo mundo fazer um snap para não sumir do mercado virtual.
Olha, depender do mercado virtual para viver deve estar sendo muito estressante. Se eu nunca pensei em profissionalizar o blog e nunca ganhei verdadeiramente dinheiro com ele (ele no máximo se paga, na verdade), agora ando com menos vontade ainda. Jâ aniquilei até alguns anúncios do google ali do lado e talvez o lá de cima rode também e eu assuma 100% dos custos, como era normal até 2009 e como é normal fazermos com nossos hobbies. Por isso que brinco que meu pagamento são os comentários e a interação. Ou minha própria satisfação de saber que escrevo e serei lida. 🙂 Ainda acho que minha página tem algum resquício dos anos 90 em sua essência. E assim vai ficar – meio paradinha, mas refletindo opiniões sinceras e não vai tentar te vender nada.
O que vocês acham dos novos rumos da internet?
Beijos da blogueira pensativa