22
outubro
2014

Minha primeira vez

Postado por Ana em Crônicas cosméticas

Eu tinha 21 anos. Nunca me esquecerei dos seus olhos mais negros que as asas da graúna, daquele sorriso tão largo e gracioso. Daqueles cabelos tão lindos e bem-tratados, que se orgulhavam de suas raizes afro e exalavam um maravilhoso perfume francês. Enquanto o toque delicado de suas mãos passava por minha glabela dando início àquele momento, eu pensava em como era agradável estar ali. Tudo cheio de flores recém-compradas na Feirinha do Arnaldo, ao som da voz marcante de Ella Fitzgerald. Eu pensava: “vai doer um pouquinho, mas vale a pena”.

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Então, após fazer minhas sobrancelhas maravilhosamente bem, como ela sempre fazia, olhou pra minha cara e disse: “Tina, que olheiras são essas?“. Daí ela puxou um corretivo e começou a preencher minhas olheiras. Passou um blush delicado e ainda completou com um gloss rosinha da Trucco. Ainda me disse onde eu conseguiria comprar corretivo barato e recomendou que eu manipulasse na Amphora. Assim o fiz por muitos anos! Quando eu cheguei em casa fiquei me olhando no espelho e pensava “nossa, quer dizer então que eu consigo pelo menos ficar bonitinha?“. No dia seguinte já manipulei o corretivo, comprei um blush e o mesmo gloss da Trucco. Auto-estima vem primeiramente de dentro, mas pode receber um baita empurrão de maquiagem e afins. Assim comecei a dar valor a esta indústria e a todos que com ela trabalham. Trabalham, por que não, deixando mulheres mais felizes e confiantes.

Lembro de uma vez em que, quando tinha 14 anos, escutei uns meninos da escola rindo da minha feiúra nas minhas costas. Ninguém tinha coragem de falar na minha cara porque eu era amiga das meninas mais lindas e populares (oh, well). Cheguei em casa, olhei no espelho e fiquei pensando no que dava pra melhorar. Tinha acabado de furar as orelhas, os aparelhos nos dentes eu teria infelizmente que esperar o efeito, e as unhas estavam pintadas. “O que mais dá pra fazer? Nada!”. Eu não conseguia enxergar que existiam mais coisas.

Obrigada, Cidoca!

E vocês, como foi a primeira vez maquiagenzística de vocês?

P.S: vocês não estavam achando que era outra coisa não, né? #pegadinhadomalandro

Beijos!

21
outubro
2014

Mulher de uma caneta só

Postado por Ana em Fofo

Não sei como é com vocês, mas se tem um negócio que me sempre me deixou maluca nos anos de faculdade e trabalho é a perda desenfreada de canetas. Por “perda”, eu me refiro em 99% das vezes quando a caneta mudava de dono, haha! Aliás, eu já não comprava BIC há um século porque detesto caneta que a tinta vai ficando fraca progressivamente, prefiro que falhe e acabe de uma vez. Também evitava canetas com tampa, porque sempre perdia. A minha favorita há anos era esta Pilot aqui. Sempre que comprava uma nova, colocava uma etiquetinha na parte de dentro com meu nome para evitar enganos e isso ajudou um bocado, mas não totalmente. Só que, para quem escreve muito como eu, elas não duram nada e lá se vai aquela carapuça de plástico para o lixo. Até ambientalmente falando isso é péssimo.

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Por isso, tinha resolvido ser mulher de uma caneta só, que desse para trocar só o refil! 🙂 Eu vinha namorando nas revistas do freeshop há anos a caneta da Swarovski mas enrolava. Comprei a primeira em julho – ela é linda, perua na medida certa e permite trocar de refil. O refil durou exatos 3 meses (ele é do tipo que acaba de uma vez) e olha que eu uso muito !

mine

Gostei tanto da nova vida que de cara já comprei um conjuntinho de refis na Amazon pra deixar na gaveta e não correr risco de ficar sem minha baby! É o Schmidt 635 M e neste link sai a menos de um euro cada um!

O preço dela acho bem justo, 29 dólares (que é tipo um lanche na Easy Jet). É o suficiente mais cara que as outras para ser durável, mas não tão cara como uma de grife tipo Montblanc (mais de 300 dólares) que passa a ser um real alvo de ladrões e você vai ficar triste se perder. Considerando que eu comprava cerca de 4(!) Pilots por mês, ela já está quase se pagando. E não quebra fácil – a minha cai no chão pelo menos uma vez ao dia! 🙂

Infelizmente preciso mudar uma coisa para dar mais beleza à minha escrita: a forma de segurar a caneta. hahaha A tia do pré pegava no meu pé diariamente, mas eu nunca consegui segurar daquele jeito “certo” e classudo.

australo

Obs: eu achava que era perua na medida certa; pois comecei a fazer um curso e eu notei meus colegas (alemães) encarando demais minha caneta. Então, pelo menos pro Brasil é somente perua na medida certa. Aqui talvez seja um pouco “além da conta”. kkkk

Alguém também adora coisas de papelaria (e fofinhas) mesmo em “alta idade”, como eu? XD Essa fofolatria é algo incurável!

Beijos!

19
outubro
2014

Testei o Gelous da American Classics (aquele que dizem que faz milagres)

Postado por Ana em Unha

Gelous é uma base da American Classics que em teoria te dá um esmalte com efeito e durabilidade (ou quase) de gel sem aquela trabalheira toda, UV, etc. A primeira vez que li sobre ele foi no blog da Dri em que ela relatou que com ela o esmalte durava duas semanas. Fiquei impressionada e curiosa, só que não conseguia comprar. Acabei finalmente achando um vendedor do Ebay que entregava no mundo todo e testei. Quis fazer a unha várias vezes antes de postar para fazer uma boa resenha.

gelous1

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Resumo da saga

Quem segue o blog já sabe da minha saga esmaltística. Eu sou minha própria manicure e estava muito frustrada porque não durava nadinha. Até com manicure profissional meu esmalte não dura nem 4 dias. Comigo fazendo eram dois dias no máximo. E olha que eu faço os truques para a unha durar mais! Achei uma linha “Long Lasting da P2” que me deu bons resultados (no máximo 5 dias) mas ainda assim aconteceu umas vezes de descascar com um dia só. Até as unhas em gel caseiras da Essence eu testei e o resultado foi terrível (post aqui). Testei top coat em gel (da Dior) e foi péssimo também (post aqui). O que vinha acontecendo muito era eu fazer as unhas sexta-feira antes de viajar no final de semana (ex: pra uma festa), daí chegava sábado antes da festa e a unha estava toda descascada. Por isso continuei atrás de uma solução.

Passo-a-passo

Vi algumas formas diferentes de usar na internet, mas o que mais fez sentido e que sempre fiz foi o que relato na figura abaixo.

passoapassogelous

Obs: Com o esmalte vermelho, o pincel do Gelous ficou meio colorido, mas depois saiu. Com os outros isso não aconteceu.

O que é bom

Ele é realmente uma base normal – não é aquela gota de gel, então não exige habilidades extras, não encolhe e não deixa o aspecto da unha irregular. Fora que, claro, não tem aquela chatice de deixar as unhas na UV! Não dificulta em nada a técnica da manicure, é normal de fazer brasileiramente limpando os cantinhos com palito. Até achei que ele “salva” eventuais barbeiragens. O aspecto final da manicure fica brilhante e o brilho continua normal dia após dia. O esmalte não vai ficando fosco. Ele não descasca de forma imprevisível, mas sim levantando, então não tem aquilo de você entrar no banho quente, sair e daí olha pras unhas e tá tudo descascado. Tanto que dá pra remover puxando (nao é o ideal). Mas eu gostei da sensação de ter certeza que nos primeiros dias eu ia estar com as unhas bonitas. Em Roma, por exemplo, a unha ficou impecável até o quinto dia e achei priceless. Tirar com removedor é igualzinho a tirar manicure comum.

O que não é tão bom

Vendo o passo-a-passo você nota que são duas camadas a mais, e alguns minutinhos de espera a mais. Para mim isso representa 15 minutos a mais na manicure (50% a mais). Talvez eu seja mais sebosa que o resto da população, não sei, mas em mim sem chance alguma de o esmalte durar 14 dias. Só se eu nascer de novo. Pode ser também que eu lave as mãos demais. Fiz a unha 5 vezes com o Gelous e durou de 4 a 6 dias, com média de 5. Durante uma viagem não fiz qualquer tarefa doméstica e o esmalte durou o mesmo tempo. No meu dia-a-dia não lavo roupa à mao, só lavo louça que não vai na máquina (facas, tábuas) e estou sempre passando um paninho úmido aqui e ali (na pia, mesa). Limpeza pesada só 1x por semana (banheiro, marido ajuda claro hahaha) e com luva. E tenho que confessar que meus banhos são bem quentinhos, demoro em média 15 minutos e uso muitos produtinhos! 🙂

Onde comprar

Os produtos da American Classics são fáceis de achar nos EUA, nas lojas Sally Beauty. Lá, custam em média 6 dólares. Para o resto do mundo, dá para comprar no Ebay ou Amazon, mas não é sempre que o vendedor entrega em todos os lugares. Comprei o meu neste link aqui, veio dos EUA direto e não demorou (as regras da alfândega alemã são muito claras, então já sabia que não haveria taxas).

Usei 5 vezes, usando três marcas de esmaltes (Essence, P2 e Maybelline) e a duração foi praticamente a mesma entre elas: 5 dias.

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Conclusão

Em minha experiência, Gelous passou bastante longe de ser um milagre anunciado. Duas semanas de duração do esmalte é, para mim, absolutamente impossível. Como todo produto, o resultado é individual, só testando para saber quanto vai durar com você. Em média meu esmalte durou 5 dias, sempre com brilho de esmalte novo. Ele deixa o esmalte mais previsível e você pode confiar mais que vai estar impecável nos dias iniciais. Deixa o processo um pouco mais longo, mas não dificulta a ténica de manicure e achei que até facilita (“salva” camadas mal passadas). O resultado final é mais bonito. Como é um passo-a-passo que manicure nenhuma vai fazer, se eu morasse em BH eu não compraria e eu preferiria ir à minha manicure na esquina antes de algum evento do que ter um Gelous. Aqui, contudo, é algo que eu quero ter sempre para aquele tipo de situação que mencionei (fazer a unha sexta e ter certeza que ela vai estar boa no final de semana). Por isso, vou comprar de novo quando acabar!

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Alguém já usou? Alguma outra dica pra mim?

Beijos!

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