Eu vinha à base de chá de camomila a semana toda. hahaha E concluía que pessoas ansiosas como eu deveriam ser impedidas de casar! Na verdade, todo o meu nervosismo era porque eu tinha medo de algo dar muito errado e ir todo o planejamento (a gente tenta que não dê trabalho, mas sempre dá e MUITO) por água abaixo. Sei lá, eu estava com medo sobretudo de ficar doente, até pelo nível de estresse (que abaixa a resistência). Medo de dengue, gripe, gastroenterite e o diabo a quatro! Estava igual ao Sheldon “EXPLAIN YOUR SNEEZE“; além disso, por mais que eu esperasse que fosse chover (final de março), comecei a ficar com medo de ter daquelas tempestades que inundam BH e ninguém chega a lugar nenhum. Enfim, estava a verdadeira enlouquecida, Noiva em Fúria.
Na sexta de manhã estava muito tensa. Era o dia do casamento civil (ao qual dou uma importância enorme) e eu estava meio em estado de choque. Feliz, sim, mas em estado de choque. Minha irmã só perguntava “está indo para o enterro de quem?”.
Ganhando um novo sobrenome! :))
Daí chegou o sábado. Vi que acordei bem de saúde, assim como todos os meus entes queridos, e isso me acalmou um pouco. No salão, estava com pessoas queridas, ainda bem. Mas ainda assim tive um momento de crise, desatei a chorar na hora do lanche!
E daí caiu uma verdadeira tempestade às 14h e me deu um apertinho no peito. “Pelo menos aluguei gerador”, pensei. Mas daí veio a hora da maquiagem e… milagre!!! Acalmei!! Depois que me maquiei eu nem me reconhecia mais, estava um poço de calma.
A mesma calma se prolongou até a longa espera para a entrada. Eu só queria entrar logo, mas nem tremia nem chorava, nem nervosa estava! Eu hein!? E sabem o que aconteceu? Não choveu nem ameaçou chuva. Nadinha. No fim de março em BH!
Todas minhas grandes amigas estavam lá, nossas famílias estavam lá conosco, saudáveis e felizes. Entrei de braços dados com meu pai, que sonho! Tudo isso me deixou über feliz e grata, de forma que não havia mais espaço para nervosismo algum.
Minha sobrinha de 2 anos, que arrasou de daminha 🙂
Ao chegar ao local da cerimônia/festa já fiquei mais feliz ainda. A decoração ficou do jeito que eu queria e imaginava: um misto de clássica, delicada e moderna. Sem aquela coisa pomposa demais, mas fofa.
E daí em diante… só alegria!
Maaaas, como é o “blog da doida da Ana”, vou usar este post também para contar uns “causos”! :)) Bom, eu lembrava que, ao entrar, a gente deve focar no noivo apenas e seguir. Não é a hora de ficar olhando pra todo mundo e dando tchauzinho. Pois eu tinha esse “sonho” de, no retorno, poder olhar com calma para os meus convidados, tirar fotos, etc. Maaaaas, daí entram os malditos corações!!
Em comprei coraçõezinhos em vez de arroz para os convidados jogarem. Gente, me senti na idade média sendo apedrejada por adultério. Os corações eram duros de um tanto, eles batiam no meu rosto igual pedra, e eu com medo de pegarem nos meus olhos, nem os abria mais. E o pessoal também não ajudava, em vez de jogarem pra cima, jogavam diretamente, aos montes. kkkkkk E o pior é que caiu dentro do penteado, do vestido … e um que caiu dentro do vestido se dissolveu e manchou ele tooooodo (mas conseguiram tirar na lavanderia). Passei a festa toda como quem levou um tiro no peito, aquela marca lá!! Se isso tirou minha alegria?? Não, absolutamente, não!
Não sei como eu saí sorrindo nessas fotos. Eu estava de fato pensando “OUCH! AI ! UI ! QUE DOR!”.
Eu fui uma noiva meio mal educada, sei lá, eu só queria dançar. O meu marido era um fofo, depois ouvi dos convidados que ele ia de mesa em mesa agradecendo, perguntando se estavam gostando, etc. De vez em quando ele pedia pra eu ir cumprimentar alguém, mas eu só queria estar de volta à pista. Fui picada por um bicho dançante, pois quem me conhece sabe que não sou assim tão dançadeira. :O
Eu estava 100% feliz, e inclusive aconteceu o inimaginável – lá pelas 1 da manhã tirei o meu salto para dançar de havaianas. Pela primeira vez na vida! O sapato era sob medida e muito confortável, mas sei lá, estava no final da festa e eu queria pular e dançar o máximo que pudesse.
O meu vestido tinha uma caudinha e na loja me garantiram que todo cerimonial conhecia o tal de sistema de fitas para prendêl-la após a cerimônia. Pois após a cerimônia as minhas cerimonialistas não conseguiram prendê-la de jeito nenhum. E eu fiquei lá com o vestido ora arrastando, ora com uma bola atrás. kkkk M Fizeram uma maçaroca lá que caía de vez em quando e eu ficava segurando e dançando mesmo assim. O vestido ficou destruidaaaaaço, imaginem!!
Também não dei muita sorte com o cabelo. Fiz um coque justamente para durar mais, mas com 10 minutos ele começou a despencar. Eu vi pelas fotos que na cerimônia ele já estava caído. Nem dá para culpar os cumprimentos dos convidados, hehe Toda hora tentavam prender com grampo, mas por fim a cerimonialista pegou um spray de cabelo e TSSSSSSS encheu meu cabelo dele. Resultado: após certo tempo fiquei 100% horrorosa com o cabelo todo grudado na cabeça de spray, mas NEM assim eu liguei. As fotos mais importantes já tinham sido tiradas e eu só queria me divertir. Mas, sendo bem honesta, se fosse para voltar no tempo eu teria ido com meu cabelo semi-preso mesmo.
Meu cabelo “pulando” fora do coque já durante a cerimônia. 😐
Bottom line is, se não é o casamento da Kate Middleton, está ok algumas coisas “darem errado” sim. Sei lá, Daminha chorar, chuva cair, a luz acabar um pouco, convidado vomitar no chão, penteado cair, o topo de bolo espatifar no chão, os músicos desafinarem – that’s ok!! Claro que a gente paga caro e quer que tudo funcione, mas muito difícil ser TUDO 100%; o que traz a alegria do momento mesmo é estar casando com quem você ama e festejando com pessoas especiais!!
No próximo e último post conto a parte “técnica” das coisas, ok? Só vai demorar um pouquinho porque ainda não recebi o CD com as fotos, só algumas de “preview”. Espero que tenham gostado de saber um pouquinho do “meu grande dia”.
Beijos de uma Alemanha ensolarada!