21
setembro
2015

O banzo nosso de cada dia

Postado por Ana em Alemanha, Diário de uma expatriada newbie

No último mês, o banzo me pegou de vez. Acho que foi quando caiu a ficha que estava já há muitos meses sem ir a BH – pensei: é, eu REALMENTE mudei de país. Sempre tive o hábito de ler diariamente as notícias na internet, ainda que superficialmente: Globo e Estaminas. Faz vários meses que incorporei o hábito de ler também o Badische Zeitung e pelo menos dar uma olhada rápida na Spiegel, porque notava que às vezes perdia notícias locais importantes. Haja tempo, né? Mas o pior foi ver que isso não era suficiente. Por mais que me esforce, vira e mexe me vejo totalmente por fora de assuntos do Brasil. Todo mundo comentando algo que não sei o que é.

beaga

Fora as milhões de Brasil-celebs que aparecerem a toda hora e nem faço idéia mais. E isso só tende a piorar. O problema dessa fase do banzo é que a gente esquece tudo o que tem de ruim na pátria-mãe, só lembra das coisas boas. Neste momento a minha percepção do Brasil é a mais linda e platônica o possível. Tipo “minha terra tem primores, que tais não encontro eu cá“.

Outra coisa que não me incomodava mas que começou a me incomodar há algum tempo são as tarefas domésticas. Assim, nada contra as tarefas em si. Uma parte de mim até gosta de cuidar da casinha. Mas é porque quando chega o final de semana a gente começa a arrumar, limpar, lavar, passar, dobrar, às vezes cozinhar e limpar tudo de novo e daí a gente assusta e são 17h do domingo. Isso porque divido as tarefas com o digníssimo. E poxa, trabalho a semana toda e ver meu final de semana se escafeder assim é fueda. Somam-se à isso algumas “neuroses de casa” de minha parte, que em nada ajudam. Por exemplo, pro meu marido a gente devia lavar as roupas de cama e enfiar na cômoda sem passar. Mas eu gosto muito de abrir a cômoda e estar tudo passadinho. O mesmo serve pros panos de prato – quem precisa de passar panos de prato? Eu, aparentemente. Isso me custa horas e mais horas.

passar

Isso sem contar que me tira tempo de leitura e estudo, que é muito importante pra mim e fico muito ansiosa quando vejo que não estou dando conta. Ou mesmo tempo pro blog. 🙂 Por isso, estamos pensando em contratar uma diarista. Não é impagável igual se pensa (mas claro que bem mais caro que no BR), mas o limitante maior é a preguiça de ter uma pessoa estranha sozinha com minhas coisas, ou mesmo estragando, quebrando, fuçando. Isso já era um problema que eu tinha no Brasil (nos últimos anos eu que lavava minhas roupas mesmo tendo diarista), aqui vai ser mais difícil ainda. Mas só de ganhar mais tempo livre no final de semana não ia ser nada mal. Bom, depois conto o que eu decidi.

Para piorar a situação, me tornei uma marmiteira. No geral tento fazer coisas rápidas e saudáveis/gostosas na medida do possível, mas sem qualquer neura. O objetivo é só não ter que comer comida de microondas mesmo. É um hábito legal mas me consome mais tempo livre… Aos poucos estou montando um post e depois divido algumas receitas com vocês! 🙂 Mas o que eu queria mesmo era um self-service com comidinha simples e variada, tipo os que temos no Brasil (sds, Cozinha da Jane).

marmita

Enquanto isso, no trabalho, se por um lado a comunicação está mais tranquila que nunca, de vez em quando me dá uns momentos de revolta: “nunca mais vou falar português nas consultas???? pode isso, Arnaldo??? Nãaaaao!!!” e já imagino a cena de eu ligar o foda-se e começar a falar em português com meus pacientes. Claro que não vou fazer isso, mas é o que chamo de “Ana Imaginária” – quando a gente se imagina fazendo birutices que na realidade não irá fazer nunquinha. Mas alivia a tensão de certa forma, haha!

Efeitos colaterais do banzo existem e alguns são no mínimo interessantes: primeiro, só tenho ouvido música brasileira. Comprei 15 CDs na Apple Store, de Leandro e Leonardo até João Gilberto. Nem Beatles tenho tido vontade de ouvir mais. Vou trabalhar todo dia ouvindo essas músicas, acho que alivia um pouco o coração ouvir um pouco de português. Quando o CD é ao vivo me sinto melhor ainda, pois ao ouvir o coro cantando Oceano junto com o Djavan sei que tem uma multidão em algum lugar do mundo que também conhece/ama a música assim como eu. Me sinto acompanhada!! hahaha Outra coisa é que nunca tive tanto salgadinho no congelador. Congelei muitas coxinhas e até comprei uma fritadeira. Daquelas de óleo mesmo, porque pra mim coxinha e pastel ou se frita ou não se faz! E amei a minha fritadeira, apesar de ser na contramão da moda-fit! 🙂

salgadinho

Por último, à medida que o verão vai acabando, estou começando a realmente me preocupar com o inverno. Lembro que no inverno passado eu não estava trabalhando e fazia todo o esforço para levantar cedo mas vira e mexe ficava na cama até às 10:30 – coisa que nunca me acontecia antes! Agora eu terei a obrigação de levantar, imagino que vou conseguir népossível, mas acho que meu corpo vai sofrer muito – sair na escuridão e voltar na escuridão. Só ver a luz do dia no final de semana! É muito pouco fisiológico isso. Fora o medo da neve. Aqui quase não neva – apesar de ter tido 3 dias bem cheios de neve no inverno passado – e no lugar em que trabalho na maioria das vezes (aqui pertinho) também não. Mas pelo menos 1x por semana vou trabalhar no fiofó do Judas que é bastante alto, passando pelas estradas cheias de curvas da Floresta Negra – tenho ouvido relatos horríveis de neve e gelo nesta época. Nunca dirigi na neve e estou morrendo de medo. Por isso, daqui a algumas semanas vou quebrar o cofrinho e trocar de carro. Nem me deixa feliz isso, pois na verdade queria continuar com o meu Ogromóvel porque não dou a shit pra carro, mas segurança em primeiro lugar, né?

invernopassado

Fora isso, eu tenho lá minhas estratégias para lidar com o banzo. Elas são, contudo, meio questionáveis. A própria leitura das notícias e os “n” relatos de violência que, se por um lado me apertam o coração, por outro me deixam aliviada de estar bem longe. E a cotação do real né – nas minhas próximas férias em BH vou chegar falando assim:

Bom, eu disse que eram estratégias questionáveis! 🙂 Pra pelo menos compensar o post reclamação-pura, haha! Preciso pollyanizar mais minha vida!

Beijos banzudos!

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  1. Luciana Vilela 21/09/2015 às 15:29

    Ah, Ana! Bem vinda ao meu mundo, onde não se dá conta de 100% do que se tem pra fazer. Quando as pessoas me perguntam como eu consigo trabalhar, manter o blog, cuidar das meninas e da casa sem empregada, eu respondo: é simples. Não dou conta!
    E ninguém dá (sozinha)! Minha mãe não dava, e ninguém que eu conheço dá, sempre faltou ou falta alguma coisa (isso pra não dizer zilhões de coisas). Nós temos é que aprender a lidar com isso, sabia?
    Mas ó… eu tenho (guardando as proporções) a mesma coisa em relação a BH. Mas pergunta se eu quero voltar?

    😉
    Beijos e fique bem!

    • Ana 21/09/2015 às 17:33

      Pois é, Lu. Eu nunca nem tive essa pretensão de ser perfeita e dar conta de tudo e sei que “o segredo” é estabelecer prioridades. Mas atualmente isso de estabelecer prioridades tem que causado uma ansiedade enorme, porque penso que tudo que eu deixo/deixaria para escanteio é importante! Daí fico que nem barata tonta mesmo …

  2. Debora 21/09/2015 às 17:46

    Ei Ana, tem tempo que não comento… Mas sei bem como é essa sensação. Eu até fui bastante pro Brasil esse ano, mas cada vez q preciso voltar é um pouco mais difícil. Gosto daqui, mas acho que quero mesmo é viver lá! E acho que o fato de estar de saco mega cheio da minha tese e um pouco a falta de amigos por perto (mudei de cidade, não estou na universidade mais e as pessoas onde eu estava fazendo estágio estão em outra fase da vida, e todos os outros da outra cidade estão perdidos pelo mundo) acentuam o sentimento de saudade e vontade de largar tudo fugir e nunca mais voltar… (qto drama né?! hahahahahahaha)
    E quanto a Pollyana.. nunca li, mas sempre odiei, graças a minha mãe, que sempre que eu estava muito poota com alguma situação ela dizia “minha filha, faça como a Pollyana, veja pelo lado bom!”. Ai não tem como, é ódio mortal eterno!! Mas fui infectada do mesmo jeito… sempre tento ver o lado bom das coisas!! hahaha!
    Beijos

    • Ana 26/09/2015 às 04:39

      tinha respondido seu coment, mas nao apareceu! bom, ainda acho a alemanha um lugar otimo pra se viver, acho que fora da patria mae, pra mim pelo menos, seria a melhor opcao anyway… o que sempre me acalmou é que sei que NO MINIMO qdo eu tiver filhos e ve-los brincando felizes e seguros por aqui (se a situacao continuar como esta ne hehe) qualquer resquicio de duvida ira embora 🙂

  3. Ana 22/09/2015 às 05:22

    Oi Ana, que raiva, eu escrevi um comentário imenso e sem querer voltei a página e perdi 🙁
    Bom, eu tinha escrito que se te conforta, vou te dizer que eu também passo pano de prato e roupa de cama. Meu marido sempre fala que não precisa, mas é uma necessidade própria que ele nunca vai entender hehehe.
    Assim como você, eu sinto muita falta de falar português. Acho que isso é o que me causa mais ansiedade por aqui. Por isso eu procuro pelo menos cantar algumas músicas todos os dias. Adoro escutar a Bando do Mar, Marcelo Jeneci e outras bandas do coração. Também encho o saco das minhas irmãs mandando mensagem de voz pelo zapzap. Meu marido tem preguiça de falar português comigo e diz que no momento o mais importante é eu praticar o alemão. Óh, vai dar certo no inverno. Pensamento positivo. Também nunca dirigi na neve e preciso perder o medo esse ano. Força pra nós! Enfim, tudo de bom aí e que você consiga administrar bem as suas atividades.
    bjão
    Ana

    • Ana 23/09/2015 às 01:38

      eu brinco com o meu: tem que ter roupa de cama passada sim, porque isso nao é uma WG. hahaha
      menina vc acredita que ontem “roubei” um paciente portugues de uma colega (nao ganho nada a mais por isso) só porque vi pelo nome que ele era portugues? trabalhar mais só pra falar portugues, olha onde cheguei!! haha
      obrigada bjoooo

  4. Ingred 22/09/2015 às 10:33

    Ahh, Ana, a gente ama o nosso país mesmo com todas as adversidades, né? Me entristece tanto quando alguém diz que o nosso país é uma merda e começa a denegrir a imagem 🙁 Sei que nosso país tem seus problemas, mas eu amo morar aqui apesar dos pesares (sentimento ufanista :p). Eu amo a nossa cultura, a nossa culinária, o nosso clima. E que bom que vc sente falta! Sinal que vc sabe aproveitar o que tem de bom no nosso país.
    Sobre as tarefas domésticas: é inacabável! hahaha. Nós nunca conseguimos pôr fim as tarefas. É fechar os olhos para algumas coisas e seguir em frente. Aqui em casa, mamãe gosta de tudo brilhando e muito bem limpo, mas quem dá conta? A gente perde muito tempo limpando pra estar sujo no outro dia ¬¬.
    Não conseguimos dar conta de tudo né? Tem tanta coisa que eu queria fazer mas me encontro na mesma situação.
    “Escolha suas batalhas, Ana”!

    Beijos

    • Ana 23/09/2015 às 01:37

      Eu sei que o BR tem mtos problemas mesmo, mas tem realmente mta coisa boa tb. CLaro que, once there, sou umas das rabugentas que reclama de tudo. Às vezes a gente precisa se afastar para enxergar melhor. Mas realmente, um dos empurroes pra eu ficar aqui é por causa da violencia, eh uma coisa que deixava (deixa) mto triste. Sempre andando com medo, me sentia presa. Serviço de casa é penoso e nao tem fim. Nos meses que fiquei só em casa tive certeza que ser dona-de-casa por profissao nao eh pra mim. Horas depois seu serviço árduo ja se foi e ninguem valoriza! :// Bjos e obrigada pelo comentario

  5. Aline 22/09/2015 às 14:11

    Também estou em crise, com essa visão perfeita e platônica do Brasil. Estou assim desde que me mudei pra Berlim, há um mês e meio. Tenho dias melhores, mas outros são bem ruins. Estudei alemão há uns trocentos anos, mas esqueci muito e ainda não consigo falar nem entender direito. Ainda não comecei curso de alemão aqui porque estou terminando de escrever minha tese de doutorado e estou usando todo o meu tempo fora do trabalho pra escrever e terminar essa COISA.
    Também acho ruim ver meu final de semana sumir assim com tarefas domésticas, mas sou menos cuidadosa. Definitivamente não passo pano de louça e roupa de cama 🙂
    Tenho crises com o alemão, ÓBVIO, porque não falo, mas não me incomoda não voltar a falar português no trabalho. Ficaria feliz o suficiente se pudesse falar só inglês pra trabalhar.
    Estou com medo mais da escuridão do inverno do que do frio. Estou mais ou menos acostumada com o inverno (da Holanda), mas dizem que aqui é pior.
    Ufa, foi bom poder reclamar aqui sem me sentir culpada 🙂

    • Ana 23/09/2015 às 01:34

      COm certeza a escuridão é pior que o frio! É o que faz o corpo ficar molenga e querendo dormir. Acho que vc esta ha pouco tempo, essa é a fase da estranheza inicial, depois vem a dor amor/euforia e vc nem vai querer voltar (depois me diga se acertei). Ano passado nem tive banzo, o meu chegou meio “retardado” mesmo. haha Eu incorporei o modo dona de casa. Na minha casa de solteira eu nem TCHUM pra essas coisas, engraçado ne!! Bjo

  6. Sandra 22/09/2015 às 14:26

    Ah, meine Liebe… eu estava assim tb, bem encanada com coisas da casa, até que quando consegui meu primeiro trabalho aqui (ainda que temporário), larguei mão de vez de passar tudo que era roupa, rs.. atualmente a única roupa de cama que eu ainda passo são as fronhas, porque não gosto de guardar amassada. Mas, camisetinhas de algodão, panos de pratos, e etc.. dobro tudo e arrumo na cômoda com um sabonetinho perfumado e voilá…rs…
    As vezes eu também tenho esses banzos, mas é chegar no Brasil e lá pela terceira semana já quero voltar, rs.. vai entender… Uma coisa que notei agora que li o seu post é que raramente tenho escutado música brasileira… poxa, que coisa.
    Quanto a desvalorização do real, é muito triste ver que o povo tem que fazer malabarismos para o dinheiro render. Fora que no Brasil, de maneira geral, se vive muito de aparência e pra mantê-la haja cheques pré datados e crediários a perder de vista.
    Poxa, fiquei com vontade de comer coxinha agora… já fiz umas duas vezes, mas nunca suficiente para congelar e guardar,haha. Boa sorte por ai com as escolhas! Bjs

    • Ana 23/09/2015 às 01:32

      Ah isso é verdade… qdo voltei ano passado pra ficar 6 semanas tb ja tava morrendo de saudades daqui… as outras visitas foram mais rapidas, entao n deu tempo de sentir isso!
      Isso de viver de aparencia eh verdade, acho bem libertador alias, a gente nota isso nas pequenas coisas do dia a dia, varias “obrigacoes”vao embora. Exemplo pequeno, nao ligo de repetir roupa no trabalho, sei que ninguem vai me zoar porque repeti a roupa 2 dias seguidos. 🙂

  7. Lissie 23/09/2015 às 11:39

    Meninas, vocês tem que ver o lado bom das coisas: tem a sorte de viver na Alemanha (conforto, segurança, respeito, facilidade para viajar e comprar, etc) mais também são brasileiras de coração (charme, samba, muito sol, alegria, simpatia, salgadinhos e doces rs). Vocês tem mais sorte que os alemães, eles são só alemães e só conhecem o inverno escuro e frio a vida toda. Vocês tem com vocês o melhor de dois culturas muito opostas 🙂

    • Ana 23/09/2015 às 15:08

      Oi Lissie! POis é, eu reconheço e sou grata. Continuo adorando a Alemanha e gosto de morar aqui. Mas é o banzo da terra natal mesmo, acho que ele vem mais forte em casos com o meu: onde a gente pelo menos acha/sabe que nunca mais vai voltar. O “nunca mais” é sempre mto dificil. Se eu tivesse algum ponto certo pra retorno, que fosse em 5 anos, ia ter zero banzo e querer só aproveitar aqui o maximo possivel.. hehehe Ps: nossa o povo pelo aqui da minha cidade conhece sol viu!! E COMO!!! Calorãoduzinferno no verão haha Bjo

  8. Elisa 24/09/2015 às 15:55

    Não posso falar sobre a experiência de viver fora do Brasil, porque sempre estive por aqui, mas sobre a aflição com o tempo gasto com tarefas domésticas tenho muita experiência, modéstia à parte, rs – há exatos oito anos fui morar sozinha.
    No início me esforçava para deixar tudo um brinco, casa, roupas… por exemplo, roupas na máquina eram só meias e olhe lá. O resto lavava tudo à mão. Gradualmente fui abandonando tarefas que não pareciam tão importantes assim. Hoje, quem lava roupa é apenas e exclusivamente a máquina, e só passo as roupas de sair – nem pijama e roupa para ficar em casa passo. E, mesmo assim, meu “dia” de passar roupas é geralmente por volta de 23 horas de um meio de semana, quando abro o meu armário e penso “nossa, não tenho nada passado para vestir amanhã!!”. Aí abro a tábua e passo. Roupas de cama, jamais. Ficam feias no armário, mas paciência.
    Não sei se você já faz isso, mas a dica mais valiosa que eu tenho para dar em matéria de organização doméstica é não deixar nada por mais de um dia fora do lugar. Você tem que ser marcial com isso, mas ajuda muito. Digo porque eu compro muitos livros e revistas e não tenho uma estante infinita para acomodá-los, então quando via que não tinha lugar deixava na sala, nos espacinhos entre TV e DVD, em cima da mesa de jantar, quando a mesa já estava ocupada passava para as cadeiras… e quando via tinha que comer em pé na cozinha porque não tinha mais lugar para me sentar. Além disso, como viajo em média uma vez a cada dez dias, largava a mala do meio da sala (para que limpar para colocar no armário se logo vou usá-la de novo???) e é claro que isso me incomodava quando recebia alguém aqui em casa (mala no meio da sala não dá, né?) Então tirei dois dias para fazer uma ultra mega organização da estante, reservando espaço para os novos, levando alguns para a casa dos meus pais e do meu irmão, e isso ajudou muito minha vida aqui em casa. E a mala eu deixo até do lado de fora do apartamento, mas no meio da sala não.
    Ah, não reclame do inverno alemão… nos últimos dias BH tem tido a agrabilíssima temperatura de 33 graus. Oito da matina e o sol já está fervendo. Meu reino por um inverno alemão, rs.

    • Ana 26/09/2015 às 04:16

      Oi Elisa! Pois é, nao da pra ter mta neura senao a gente enlouquece ne? Mas eu tenho um problema, que nao rendo na bagunça e ver a casa suja me deixa triste e ansiosa. E o pior é que sou bagunceira, tipo bagunço-arrumo-bagunço-arrumo, sempre foi assim, ja tentei sua estrategia mas depois de um dia volto com o habito de deixar tudo fora do lugar haha. MAS uma coisa que tenho TOC é de mala. Eu chego morta e a primeira coisa que faço aqui é desfazer a mala. Meu marido deixa a dele semanas se deixar… eu fico doida e acabo desfazendo a dele tb antes. O problema do inverno é a escuridao! Ideal mesmo seria um lugar com ceu azul e 25 graus todo dia. BH ainda eh o mais proximo disso que ja vi, apesar que essa semana ta todo mundo derretendo ai ne haha Bj