09
abril
2017

Facilitando o recebimento de encomendas na Alemanha – Packstation

Postado por Ana em Alemanha

O tema de hoje é: Packstation! Eu sei que essa deve ser uma das primeiras coisas que expat in Germany fazem. Mas eu, por exemplo, demorei para perceber que era bom e agora estou amando então queria dividir a dica boa com quem não conhece! Ninguém nasce sabendo coisa nenhuma e eu sinceramente estou cansada de fóruns de internet, onde para cada 30 patadas vem uma resposta merromenos. Por isso, sempre vou dividir as coisas aqui, ainda que seja óbvia para “os donos” da Alemanha! 🙂

packstationmainMy preciousssss

Background cultural

Antes um pequeno aspecto cultural: uma diferença gritante entre a cultura brasileira e a alemã é que aqui quase não existe mão de obra ociosa. A hora de trabalho aqui é muito cara. Assim sendo, se o caixa do supermercado esvazia, ele sai de lá na hora e vai fazer outra coisa: estocar, arrumar, até ser chamado de novo. Ainda fico horrorizada em certos restaurantes: às vezes têm dois garçons para um restaurante lotado: anotando pedidos, trazendo, cobrando, arrumando a mesa. Essa introdução foi para explicar o quanto é difícil residência com porteiro por aqui. Eu, até hoje, nunca vi. Até pela questão da segurança – trancar a casa costuma ser suficiente. Os porteiros, contudo, fazem muita falta no recebimento de encomendas. Se por acaso você está em casa ,as malditas chegam na hora que você entra no banho. Se você, como eu, trabalha nos horários úteis, vai se deparar com uma cartinha de tentativa de entrega. E é aí que mora a chatice. O carteiro entrega onde for mais conveniente para ele. Tem uns correios na esquina mas ele vai deixar com meus vizinhos. Ou ainda, vai deixar em outra sede dos correios alguns km de distância por ser lá para onde ele está indo. Ou a coisa que mais me arrepia os cabelos: quando é uma embalagem pequena e ele atocha na caixinha e fica metade da encomenda para fora (rua). Contar com a boa fé dos transeuntes não é fácil em lugar nenhum do mundo: qualquer um pode levar e quando vejo isso quase infarto. O problema dos vizinhos é que, bem… Não é a vizinhança xicrinha de açúcar como no Brasil. É uma cultura individualista. Não tenho problema com vizinho, mas cada um tem seu espaço. E algum momento você vai tocar a campainha da pessoa para pegar o pacote – ela pode estar no banheiro, etc. E daí, encomenda após encomenda, você vai ficando envergonhado porque nem pode retribuir o favor. Tem um estúdio de fotos vizinho que vivia recebendo meus pacotes e eu já entrava interrompendo tudo e morrendo de vergonha. Levei uns chocolates uma vez. Mas enfim, péssimo isso! Prefiro mil vezes pegar nos correios mas nunca tinha essa opção para marcar.

Minha Packstation

packstation2Graciosamente pichada

Eu via que existia uma tal de Packstation mas nunca tinha tirado tempo para ver como funcionava. Existem algumas espalhadas pela cidade, geralmente em estações de trem. As estações são um conjunto de escaninhos, de cor amarela. A mais próxima daqui de casa fica a uns 5 minutos de carro. Claro que não é prático como receber com porteiro – tenho que ir de carro (até pra carregar as coisas né) e para ter lugar pra parar vou bem à noite, pois as vagas costumam ser ocupadas durante o dia. Como sempre vou à academia, acabei criando a rotina de passar lá depois da academia para pegar. Enquanto estava escuro eu ficava meio com medo (deseeeeeerto, nem uma viv’alma), mas agora tá de boa porque tem outros seres humanos. Mas enfim – eu AMO comprar na Amazon e estava com um zilhão de coisas na espera para comprar por causa da dificuldade de entrega. Então me encontrei, né? Vamos aos termos práticos:

O que é a Packstation?

É um serviço de escaninhos da DHL que você pode usar para receber ou enviar encomendas. Eu uso só para receber, mas enviar é tipo igual, em sentido contrário hehehe.

Como fazer parte? Custa algo?

O serviço é de graça e na maioria dos lugares funciona 24h. Você escolhe a Packstation mais conveniente para você, que você pode encontrar aqui. Daí é só se registrar na Paket.de e alguns dias depois você recebe seu cartão de cliente (“Kundenkarte”). Para usar as Packstation você precisa de um número de celular daqui da Alemanha.

packstationcartao

Como mandar entregar na Packstation?

Na hora da compra, por exemplo, na Amazon é só colocar o seu endereço de Packstation (vem escrito qual é na cartinha que chega). Exemplo: Fulano de Tal, 7431521, Packstation 123, Berlin. Eu já coloquei meu endereço da Packstation como padrão até! 🙂

Dá para mandar entregar tudo lá?

O escaninho é bem grande e quase toda encomenda “normal” dá para entrar lá, deve ser maior que 15 x 11 x 1 cm e menor que 60 x 35 x 35 cm. O pacote deve ser entregue pelo Deutsche Post DHL Group , o que é a grande maioria das coisas. Minhas coisinhas da Amazon dos últimos 3 meses foram todas entregues de boa lá! Quando a coisa não é entregável na Packstation já aparece enquanto você está comprando. Coisas que exigem a assinatura ou artigos perigosos não podem! Coisas a serem pagas na entrega não devem custar mais de 1500 euros. De qualquer forma, o pior que pode acontecer é ir parar nos Correios.

E se todos os escaninhos estiverem ocupados?

Isso me parece meio raro, mas na época de Natal tudo é possível né? hehehe No caso de todos os escaninhos estarem ocupados, daí vai parar nos correios mesmo, mas melhor do queir pro vizinho né?

Como sei quando chegou algo?

Eles mandam um SMS com o código mTAN para você buscar e também um e-mail. Mandam lembrete nos dias seguintes também. Para cada conjunto de encomendas até você buscar, será um código único. Se errar 3 vezes, eles bloqueiam seu cartão e você tem que mandar e-mail para desbloquear. Isso já me aconteceu porque eu me confundi e achei que tinha coisa nova e não tinha. Digitei 3 vezes então um PIN inexistente. Mas desbloquearam rapidinho, foi só mandar um e-mail pro paket@dhl.de

Quanto tempo a encomenda fica disponível?

Você tem 9 dias corridos para buscar! Se não buscar, ela volta para o remetente.

Como buscar?

packstationinstrucoes

É só ir até a sua Packstation, daí tem no meio uma máquina com touch screen. Você toca na tela inicial, daí você enfia seu cartão com o códigozinho entrando primeiro. Daí uns segundos depois você tira, daí seleciona a opção “Buscar Encomenda” (Sendung Abholen). Daí aparecem os ítens que estão à sua espera e você pressiona na tela “Öffnen”(abrir). Um escaninho vai se abrir, você pega, fecha o escaninho. Se não couberam todos os pacotes em um só, você clica para abrir o próximo, até ter pego tudo. Fecha o escaninho, dá log off e vai embora ! 🙂

Enfim, minha experiência com a Packstation tem sido muito positiva e, como dizem os alemães, ich kann es nur weiter empfehlen! Só posso recomendar!

Beijos

21
março
2017

10 diferenças entre dirigir na Alemanha e no Brasil

Postado por Ana em Alemanha

Um dos motivos pelos quais fiz esse post é para mandar para meus amigos que vêm à Alemanha e vão alugar um carro e sair dirigindo por aí! Daí aproveito e divido com todo mundo, pode ser útil! 🙂

Eu já contei aqui algumas vezes da minha experiência de tirar a carteira alemã. Eu tive que transcrever minha carteira (“Umschreiben”) em 2015, pois a carteira brasileira só vale 6 meses por aqui. A dita autorização internacional do Detran também não vai te servir depois de 6 meses. Depois não tem jeito: traduções, burocracias, exame de vista, curso de primeiro socorros (esse não precisei), prova teórica e prova prática. Olha, a parte teórica eu acho realmente importante, porque se você pegar o carro aqui, até mesmo como turista, pode causar acidentes graves se não conhecer certas regras. Existem muitas diferenças no trânsito comparando com o Brasil, algumas coisas piores outras melhores. Para mim, no final a Alemanha sai ganhando. Eu sei disso porque quando ia trabalhar de carro no Brasil eu sempre ficava muito estressada, com dor de cabeça no fim do dia. E na Alemanha dirijo todos os dias há dois anos e não me estresso, muito pelo contrário, às vezes até me ajuda a relaxar. Claro que tem trânsito também, principalmente em cidades grandes, e vira e mexe tem – pasmem – engarrafamento monstro nas Autobahns. Mas no geral acho bem de boa! Chega de lero-lero, vamos às diferenças segundo a MINHA EXPERIÊNCIA.

1) Estacionar na Alemanha é mais chato

parkschein

Óbvio que depende do bairro, do lugar. Claro que você não vai conseguir estacionar fácil na rua na praça 7 em BH ou na esquina lotada de buteco. Mas em bairros residenciais, principalmente em horário não-útil costuma ser muito fácil achar vaga em BH. Quase todo mundo no Brasil tem garagem em casa, então a rua fica disponível. Mas na Alemanha apartamento com garagem é exceção. Conheço até mesmo casas sem vaga. Então os carros dormem na rua – o resultado é que mesmo em bairros normais e no domingo, não é sempre fácil achar vaga e a baliza tem que estar afiada. Como eu não sei fazer baliza até hoje (kkkk) eu alugo uma vaga em garagem para mim, faz parte. E se fosse necessário pagaria o dobro ainda, nossa, me poupa muito trabalho! Fico vendo o estresse que é pro meu cunhado para estacionar na rua em Colônia perto de casa. Você pensa 500x antes de tirar seu carro dali. Como no Brasil, em muitas ruas também você deve pagar para parar – daí em vez de Rotativo em talão é só comprar um bilhete no parquímetro (Parkschein-Automat). Se você for morador provavelmente não terá que pagar, desde que coloque seu documento de morador no parabrisas (pega na prefeitura e custa uns 30 euros). Mas tem também um lado bom relativo ao estacionar: se existem flanelinhas, eles devem ser raros porque eu nunca vi (alguém já?). Eu lembro do meu choque quando vi flanelinhas em Roma, hahaha.

2) O comportamento de zíper

ziper

Pode até ser que exista isso na teoria do Brasil (não lembro), mas ninguém faz isso não. Isso para mim é a coisa mais majestosa do trânsito na Alemanha. É o que torna dirigir muito melhor, tira 90% do estresse. Se você está seguindo em uma pista que vai terminar lá na frente, seja por motivo de construção, fim de pista, etc , você vai até o fim e quando chegar no fim dela o carro da pista ao lado vai deixar um carro entrar na frente dele. Cada carro deixa entrar um. Então você não fica parado com a seta ad eternum nem precisa enfiar o carro na marra. Por isso se chama comportamento de zíper (Reißverschlussverfahren) e ela está ensinada lá no livrinho de legislação. Claro que tem uns afobados vez ou outra que querem entrar antes de chegar ao fim da pista, “pra aproveitar logo a chance”. Mas isso é péssimo porque atrapalha o esquema e eu morro de raiva. Contenha a ansiedade e vá até o final que vão deixar você entrar lá na frente. Se quiser entrar antes pode até encontrar uns “chatos” igual meu marido que vão fazer de TUDO para você não entrar antes e não ferrar o esquema. rsrsrs

3) A mágica das ambulâncias

Esta é uma coisa que faz meu queixo cair até hoje. Vocês já viram quando surge um veículo com sirene na Alemanha? Tem até um vídeo do Youtube que viralizou, mas juro que isso é rotineiro.

Já vi várias vezes, tanto na cidade como na Autobahn, que é a estrada de alta velocidade. O pessoal faz o possível e o impossível para tirar o carro do caminho e é rápido. Lembro uma vez que estava ouvindo música e de repente vi os carros fazendo umas coisas muito malucas na estrada, achei que estava todo mundo ficando maluco. Daí olhei no retrovisor e vi uma ambulância chegando, é meio desesperador porque é muito rápido – então, o negócio é imitar todo mundo e tirar seu carro do caminho. Na Autobahn todos sabem que deve-se criar uma nova pista para a ambulância ou viatura, a Rettungsgasse, conforme o esquema abaixo:

rettungsgasse

A regra se unificou dessa forma em 2016 na Alemanha: a faixa da ambulância será sempre entre a pista mais à esquerda e a imediatamente à sua direita!

4) Faixa de pedestre, ciclistas, motociclistas

Eu lembro que em Brasília as pessoas paravam para pedestres atravessarem na faixa, continua assim? Em BH, faixa é 99% das vezes só para enfeitar. Dependendo do lugar em BH é até perigoso você parar porque toma batida da traseira. Ciclista em BH não tem muito, mas tem umas faixas sim e é o ciclista que tem que se virar e tomar cuidado. A minha cidade na Alemanha tem trilhões de ciclistas – e xô falar, muitos são muito mal educados, folgados mesmo. Os carros já têm que tomar muito cuidado para virar se vão passar por uma faixa de ciclista – mas vira e mexe tem ciclista vindo na contramão, furando sinal, fazendo zig-zag, acho que isso é a coisa que mais me estressa em dirigir dentro da cidade. Porque, meu amigo, se você bater num ciclista ninguém vai querer saber se ele estava errado ou não e você estará f**** para todo o sempre. Então, se for virar, olha no espelho, dá uma freada, vira o pescoço todo e olha todos os lados. Ah, se você virar à esquerda ou à direita sem sinal de trânsito você tem que parar para o pedestre atravessar mesmo se não tiver faixa!!! Uma coisa boa é que você, em compensação, quase não se estressa com motociclista. A moto é usada de forma pessoal mesmo, bem raro como transporte/motoboy. Então além de ser muito menos frequente ver moto por aqui, quando aparecem são numa lerdeeeeeza, ocupam sempre o meio da pista, nada de passarem do seu lado. Eu ainda estou para entender o porquê de as pessoas na moto dirigirem tão devagarzinho, se alguém souber me fala!

5) Seta funciona

Essa é outra coisa que me dá muito alívio. Você vem de uma via secundária para entrar na principal, dá seta e … a mágica acontece. Quem está vindo nessa pista vai para a pista mais à esquerda assim que possível – e se não for possível ele vai frear, fazer o diabo mas vai facilitar a sua entrada. Lembro que quando comecei a dirigir na estrada eu tinha a tendência a seguir na pista onde eu estava e meu marido me alertou que o motorista que está entrando meio que espera que eu mude para a esquerda se a esquerda estiver livre. Então tem que tomar cuidado com isso – se alguém está entrando, dando seta, ele realmente vai esperar que você vai cair fora. Eu só fico pensando – em BH não só a seta não funciona como faz o outro acelerar láaaa de trás para você não entrar. Lá, se FOR REALMENTE urgente você tem que colocar o braço pra fora da janela e ficar sacudindo. GENTE! E a gente fala de português. É uma pena porque é algo muito enraizado e difícil de mudar. Mas é tão óbvio que tem hora que você deixa entrar e tem hora que você entra – deixa a vida tão mais fácil respeitar a seta.

6) Direita antes da esquerda “Rechts vor links”

rechtsvorlinksEsse carro azul vai entrar a todo vapor, sem mal olhar para a esquerda

Aí a Alemanha perde ponto! Tem essa regra no Brasil, claro, mas em cruzamentos sem regra clara e tal. Na Alemanha acho que eles economizam em sinais de “pare” e tem locais em que você tem que se ater unicamente a essa regra. Por exemplo, todas as zonas de 30km/h são assim, a não ser que alguma placa diga o contrário. Às vezes você tem certeza que está numa rua principal, mas se não tem placa te dando a preferência você vai ter que frear antes de todo cruzamentozinho e olhar se não vem carro – porque eles que vêm da direita e sabem que têm a preferência vêm com tudo!!!! E sabe qual a maior dificuldade? É ficar “catando” as ruelas. Você tem que ficar prestando muita atenção se é uma rua à direita e tem hora que é muito difícil. Fico me perguntando qual a dificuldade de colocar uma placa de PARE! Detesto essa regra.

30kmh Se entrar na zona de 30 km/h, triplique a atenção com os cruzamentos

7) Caminhão no seu quadrado

Lembro do meu desespero quando fui dirigindo pro Inhotim em Outubro. Eu meio que tinha esquecido do atrevimento das carretas e caminhões do Brasil. Era carreta ultrapassando em alta-velocidade pela esquerda o tempo todo. Isso na Alemanha é inimaginável. Primeiro que caminhão faz 80km/h só e não costuma pegar a esquerda para ultrapassar. Eles só ultrapassam pela esquerda se tiver um caminhão mais lento à frente (e mesmo assim tem muitos trechos nas Autobahn onde qualquer ultrapassagem de caminhão é proibida). Sim, claro, não é perfeito e vez ou outra passo raiva também na Alemanha com um caminhão passando o outro na pista da esquerda da A5 naaqqqqqueeeela lerdeza (a famosa corrida de elefantes, Elefantenrennen) mas no geral acho que funciona muito bem. Pelo menos não vai ter carreta colando em você na esquerda a 120km/h hahahaha.

8) O terror de virar à esquerda

esquerda

Menos um ponto pra Batatolândia. A questão é que sinal verde na Alemanha nem sempre significa “pode ir sem se preocupar”. Se for para virar à esquerda a atenção é redobrada. Se for uma setinha para a esquerda você pode ir tranquilo. Mas um sinal verde redondo igual o nosso do Brasil para virar à esquerda, vixiiii. Isso significa que esse sinal está aberto para mais alguém de forma conflitante conosco. O cara lá da frente por exemplo. Então você tem que esperar esse pessoal passar, se posicionar com cuidado no cruzamento e virar quando der. Se o cara vindo da frente for virar à esquerda também, vocês virarão UM NA FRENTE DO OUTRO.

virarfrente

Isso é pegadinha máster, porque no Brasil a gente cruza atrás do outro. Eu não costumo pegar sinais assim no dia-a-dia, mas quando me vejo nessa situação tendo a ficar meio taquicárdica.

9) A pegadinha de virar à direita

Como disse, sinal verde sem setinha é porque está aberto para mais alguém. Para seguir em frente, tudo bem. Mas se for virar tem que prestar a atenção. Por exemplo, para virar à direita, o sinal também estará aberto para os pedestres, então você tem que esperar os pedestres atravessarem e então seguir. Isso pode ser muito perigoso para quem não conhece a regra.

10) As placas diferentes

Isso é mais a título de curiosidade para ajudar quem vem dirigir aqui.

Início da cidade = 50 km/h

freiburgcidade

Uma plaquinha com o nome da cidade, amarelinha, significa que a partir dali você está entrando na zona urbana deve-se dirigir a 50km/h (a não ser que apareça uma placa determinando outra velocidade depois). Quando essas cidades terminam, aparece a mesma placa cortada de vermelho: daí você pode ir mais rápido (estradas duplass com divisão de tinta é até 100 km/h e com divisão física é 130 km/h). Na Autobahn não costuma ter limite, mas alguns trechos têm limite sim e são expressos em placas normais de velocidade.

Só não esquecer que “Umleitung” não é uma cidade, mas sim significa “Desvio” , hahahaha (que aparecem organizadamente como mágina em caso de bloqueios de estrada por acidente).

umleitungPegadinha: Isso não é cidade não!

A placa de preferência – ovo frito quadrado

viapreferencial

Essa primeira placa significa que você está na via principal e pode seguir tranquilo em frente até ela aparecer cortada, sem se preocupar com a regra de “direita antes da esquerda”. Não se esquecer que a via principal nem sempre estará indo reto, então você tem que prestar atenção nas plaquinhas que mostram o formato da via principal, principalmente em caso de curvas:

viaprincipalminiAs linhas gordinhas são as vias principais

O foguetinho – preferência breve

minifoguetinho

Esse nome “foguetinho” é por minha conta, tá? hehehe… O foguetinho te dá a preferência para aquele cruzamento só, depois dele você precisa se atentar aos cruzamentos e regra “direita antes da esquerda” ou a outras placas.

As placas de “proibido” são meio diferentes, porque não são cortadas

placasproibido

Acima: proibido bicicleta, ultrapassar, pedestre, moto. Quer dizer, meu cérebro sente muita falta de ver o símbolo cortado. Eu batia o olho e achava que as placas significavam justamente o contrário de seu proprósito. Mas guarde bem: círculo vermelho com a coisa dentro, quer dizer que aquela coisa é proibida! A não ser o círculo com a velocidade dentro, que também é vermelho mas é tipo no Brasil.

E claro que por aqui também tem umas placas mucho locas, que a gente vê de vez em nunca:

frog

Travessia de anfíbios. Deixa os sapo passáaa! kkkkkk

Claro que tem muitas outras coisinhas! Quem quiser ver todas as placas atuais, só clicar aqui. Mas acho que de serviço público do blog Linda e Cheirosa já tá bom né? hahaha Espero que tenha ajudado alguém!!

Beijos

09
fevereiro
2017

Dica de restaurante maravilhoso na Floresta Negra

Postado por Ana em Alemanha, Dicas

Adoro quando crio tradições sem nem perceber! 🙂 Pois foi o terceiro ano seguido que fomos ao hotel Sonne Post para encher a barriga na semana gourmet “Schlemmerwoche“. O hotel é da família de uma conhecida e, curiosos, foi por isso que fomos da primeira vez. Mas não tem como não querer voltar.

sonnepostentrada

Uma a duas vezes por ano tem esse evento especial em que você pede o Menu “Schlemmermenu” e daí inclui vários pratos. São sete partes para falar a verdade. As porções são pequenas, após cada uma você sempre pensa “QUE DELÍCIA, poderia comer mais”. Mas no prato principal você já tem que lutar um bocado para terminar. Daí, como boa mineira, no final não resisto ao prato de queijo e castanhas (no caso, você pega num buffet). E a sobremesa, sempre deliciosa. Tudo é de produção caseira. Acho o menu de lá sempre uma boa amostra de comida alemã. Ela vai além do chucrute e pão com salsicha. 🙂

sonnepostmenu1

sonnepostmenu2

O hotel é de propriedade da família desde 1870 e uma das coisas que mais AMO é o quanto é aconchegante. As paredes do restaurante são de madeirinha, desenhos antigos. Cheirinho bom em todos os ambientes. As garçonetes vestidas em traje típico e todas muito educadas. A comida é slow food. Você come um, espera um pouquinho, daí chega o próximo. Antes de tudo começar chega um “aperitivo” – uma bebida alcóolica, geralmente champagne misturado a alguma coisa. VEM COMIGO nessa comilança:

entradasorbet“Cumprimentos da cozinha” era uma coisa maravilhosa e que tinha bacon dentro. O sorbet era de maçã verde e batizado com alguma bebida alcóolica.

sonnepostcogumelosopa A outra entrada era uma espécie de panqueca com molho de cogumelos divino e uma salada. Além disso, uma espécie de caldo de carne com bolinhas “Klößchhen”.

sonnepoststeakPrato principal: filé de costeleta (?) bovino que estava DIVINO e olha que nem gosto dessas coisas. Junto com aspargos ao molho hollandaise e aquelas batatinhas no fundo, até elas estavam acima da média.

sonnepostqueijosobremesaÉ uma mineira com certeza! Enchi o prato de queijo e depois repeti hihihi. A sobremesa era uma torta de cereja floresta negra mas com sorvete dentro.

sonnepostvinhocasaSempre escolho a sugestão de vinho do dia

É daqueles restaurantes com guardanapo de pano, vários talheres à mesa. Coisa que não pertence muito ao meu dia-a-dia gastronômico aqui na Alemanha. Está localizado em Waldau – bem no meio da Floresta Negra. É um ótimo lugar para se hospedar em um final de semana romântico também, as paisagens ali são maravilhosas. Você sobe as montanhas – então lá é sempre bem mais frio que aqui, sempre tem mais neve também.

Acho o preço bem ok para o que oferece. O nosso jantar para 2 pessoas com vinho para mim (250mL), duas cervejas sem álcool pro marido e água com gás deu 88 euros dessa última vez. Daí, claro, você deixa uma gostejinha e dá uns 100. Um restaurante desse nível em área turística de cidade grande pode ter certeza que ficaria o dobro. A título de comparação, no rodízio japonês que gostamos aqui na cidade, deixamos 70 euros geralmente pra nós dois (com bebida e gorjeta). Já em um restaurante normalzão você desembolsa entre 8-20 euros por prato (se não for filé e tals). Não é coisa para toda hora, mas muito gostoso separar um dia de fevereiro para ir lá! O resto dos dias do ano tem um menu a la carte, que só pode ser muito sensacional porque nunca comi nenhum prato que não fosse além da média, sensacional mesmo. Fica a uns 25 minutos de Freiburg, caso alguém more/esteja por essa região.

Endereço para colocar no GPS: Landstraße 13, 79822 Titisee-Neustadt Ah, recomendo reservar antes, principalmente na semana gourmet! Reservas no telefone Tel.: +49 (0) 7669 91020 ou email info@sonne-post.de. Duas vezes por ano o hotel fica fechado em férias coletivas!

Ps: não é jabá, até porque não faço jabá! E a conhecida provavelmente nunca nem vai saber da existência desse post. Quis só compartilhar a dica mesmo! Coisa boa precisa ser compartilhada 🙂

Beijos!

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