13
janeiro
2015

Três dicas para aumentar a produtividade

Postado por Ana em Coisas da Ana

Eu já falei aqui algumas vezes que adoro ler/aplicar life hacks. Life Hacks nada mais são do que “truques” para aumentar a efetividade e produção. Tudo começou quando conheci há uns anos o blog do Benny, the Irish Polyglot. Eu gosto tanto do Benny que quando ele esteve em BH em 2012 eu fui ao encontrinho com ele.

anabennyhahaha!

No caso do Benny, ele usa life hacks especialmente para o aprendizado de idiomas. As dicas, contudo, são muitas vezes extrapoláveis para várias outras coisas, por exemplo para a criação de hábitos. Se você domina a “arte” de criar hábitos você consegue fazer praticamente qualquer coisa. Através dele conheci “este maravilhoso” mundo de life hackers – destaque para o Vida Organizada e o Scott Young. Claro que uma mente absolutamente sã e disciplinada de nascença não precisa de truques. Mas pra quem é distraído por natureza (tipo eu), alguns truques podem ajudar. São especialmente úteis para atividades para as quais precisamos trabalhar muito em pouco período de tempo (um trabalho para entregar, estudar para uma prova, etc).

1) Criar um ambiente propício

produdu

Eu posso até zonear tudo ao estudar, mas ao começar gosto que esteja tudo organizado – é minha preferência, tem quem não ligue. Também gosto de ter coisas que me dão mais ânimo – como gosto muito de marcar/escrever, gosto de ter materiais assim, bem coloridos e kawaii. 🙂

2) Foco, foco, foco

Eu sempre estudo com os protetores de ouvido (“cenourinhas”) da Nexcare, daí fico muito mais voltada pro interno. Fora isso, o momento dedicado a uma atividade deve ser 100% dedicado a ela – se você se deixar levar por distrações, no fim não terá feito uma coisa nem outra direito e o tempo gasto será o mesmo. Jamais responda whatsapp, atenda telefone ou mexa no instagram enquanto estiver no tempo de trabalho (ver abaixo) e até mesmo coisas simples como beber água ou ir ao banheiro deverão ser encaixadas na pausa.

3) Técnica Pomodoro

pomomeu

Não uso essa estratégia toda hora pois,na minha opinião, se a gente organiza e compartimentaliza demais, o “prazer espontâneo” dos estudos vai embora. Mas foi a estratégia Pomodoro que me salvou nos momentos de maior aperto. É muito simples: você divide o tempo de atividade em intervalos de 25 minutos, cada pedaço desse se chama “Pomodoro” (tomate em italiano). Você pode usar um timer normal ou algum app. Tem vários apps de Pomodoro gratuitos, mas eu acabei comprando um baratinho que acho levemente melhor. Entre cada pomodoro você é obrigado a fazer um intervalo de 5 minutos e a cada 4 pomodoros você faz um intervalo maior, de 15 minutos. Você determina quantos pomodoros quer fazer num dia e voilà. Ao fim do seu dia você tem certeza que o tempo de estudo/trabalho foi totalmente dedicado ao estudo/trabalho. O “segredo” dessa estratégia é que 25 minutos passam rápido DEMAIS (dá vontade de ignorar as pausas às vezes), mas as pausas de 5 minutos também são rápidas. Essas pausas são fundamentais – seguindo esse método você consegue dedicar atenção total a uma atividade por muitas horas por dia, a mente não fica exausta rápido. Quem nunca ficou “o dia todo” fazendo uma coisa e não rendeu nada? É porque no fundo houve tanta pausa e distração que na verdade você dedicou muito menos tempo do que acha. O que acho mais legal do Pomodoro é que, uma vez cumprido o objetivo diário, você faz o que quiser com seu tempo. Sabe ir ao cinema à noite mesmo quando você está no meio de mil atribuições? Totalmente possível!

E com vocês, o que costuma funcionar?

p.s: Mudei de instagram –> o novo é anacris.lc 🙂

Beijos…. TRIIIIIM!!!!!!

12
janeiro
2015

Testei: invisibobble, a gominha que não marca o cabelo

Postado por Ana em Cabelo

Eu bem já tentei parar de lavar meus cabelos todos os dias. Concluí que se fosse só pela oleosidade isso até seria possível com ajuda de xampus a seco (amo esse). Pena que tem outro fator muito limitante: meus fios são muito finos, então eu acordo com o cabelo totalmente marcado. Mas claro – têm algumas situações em que quero prender meu cabelo – seja pra variar o penteado, para cozinhar alguma coisa. Qualquer rabo-de-cavalo que eu faça deixa uma marca imensa, então quando decido fazer um rabo, não posso “voltar atrás” depois. Ano passado as vi por acaso na loja pela primeira vez – caixinhas com invisibobbles, gominhas que não marcam o cabelo – pelo menos a promessa é essa.

divulgaFoto: divulgação

Depois li mais sobre ela na internet e resolvi testar! Além disso a propaganda diz que ela é mais fácil de esconder em penteados (exemplos aqui), mas essa parte de penteado não testei por motivo de: falta de talento. A caixinha com 3 unidades custa uns 5 euros (=/- 15 reais), o que acho caro se comparado com o preço das gominhas pretas básicas. Parecem cabos telefônicos de outrora e o material é aparentemente aquele mesmo.

O resultado pode variar com o tipo de cabelo, a título de comparações os meus cabelos são poucos, bem finos, lisos e raiz oleosa e comprimento nem tanto.

Nas instruções dizem que você pode usar sem dar volta nenhuma, dando duas voltas ou até três. No meu micro-cabelo a verdade é que 1 volta não faz pressão nenhuma, fica um rabo super xoxo e a gominha fica querendo cair. Daí dã, é óbvio que não marca. Dessa forma, só pra cozinhar alguma coisa, e olha lá.

1volta Não consigo usar só com uma volta fora de casa, fica bem desarrumado.

Com duas voltas, consigo um rabo mais normal, mas não aperta a ponto de fazer um rabo mais alto. O que achei chato é que, mesmo com o cabelo desembaraçado ela tende a enroscar – cruzes. Sabe quando você vai tirar a gominha e fica repuxando o cabelo? Portanto acho muito difícil que quem tem cabelo cacheado goste.

E aí, marca ou não? Olha, a partir do momento em que faço um rabo normal não-apertado com a gominha, ela marca meu cabelo sim. Igualzinho a uma gominha comum (mais barata, bonita e confortável). A imagem diz mais que mil palavras e o resultado foi esse, 4 horas depois.

hair Antes e 4 horas depois.

E olha que eu ajeitei com a mão após tirar a gominha! Isso porque não suei nem nada – o tempo está frio e seco. Sério, vocês acham que minha vida é fácil? Num é não! 🙁 Mas sério – não gostei e não recomendo. Fiquei triste, SNIF SNIF SNIF. Acho que só vale a pena se você achar que a gominha fica bonita no cabelo (eu não acho). Talvez não marque fios grossos, mais HEY, quem mais sofre com cabelo marcado são pessoas com fios finos como eu.

Só para ficar claro: eu não sou patrocinada em nada que mostro aqui no blog – compro tudo o que aparece aqui com meu dinheirinho, ou seja: eu compro esperando coisas boas, porque não sou doida, né? Mas infelizmente tem acontecido de eu comprar muita coisa ruim ultimamente – que zica. Preferia estar dando dicas do que comprar do que do que não comprar. Tá ficando chato já! ¯\_(ツ)_/¯

lcrate0

Alguém já usou (invisibobble ou genérica) e teve bom resultado?

p.s: mudei de instagram – a nova conta é @anacris.lc! 🙂
Beijos!

08
janeiro
2015

Ana na academia alemã

Postado por Ana em Alemanha, Crônicas cosméticas

Eu sempre me achei mais “cabeça aberta” do que a média em se tratando em diferenças culturais. Não costumo julgar hábitos alheios nem taxar povos de “esquisitos” por fazer algo diferente de como nós fazemos. É tudo uma questão de ponto-de-vista no final das contas e sempre foi muito tranquilo entender isso. Em relação às diferenças culturais na Alemanha, eu pessoalmente sei que são várias mas nunca achei nada muito gritante não. Até porque eu sempre tive umas características mais alemãs do que brasileiras: pontual, não-efusiva, sou “na minha” e de contato físico com estranhos sempre preferi aperto de mão. Perfect, né? O próprio fato de vir recebendo as diferenças em “doses homeopáticas” ao longo de vários anos antes de vir me deixou muito bem preparada e nunca me deparei com uma situação que me incomodasse pela diferença.

academia

Mas sempre tem a primeira vez, né? Pra mim a primeira grande estranheza foi a “etiqueta da academia” na Alemanha. Por si só, academia aqui é bastante diferente do Brasil, em um nível que considero incômodo. Alemão que é alemão gosta mesmo é de fazer esporte ao ar livre. Ou coisas mais específicas mesmo: futebol, esqui, mountain-bike, etc. Academia é para dias frios no inverno e olhe lá. Portanto, musculação e academia não são populares igual no Brasil, apesar de a oferta ter aumentado bastante nos últimos anos. A maioria das academias só faz plano anual (apesar de ter uma aqui perto de mim – tosquinha – em que você paga só o mês que usa) e se você quiser cancelar tem que ser por escrito 4 meses antes do plano vencer, senão mais um ano será descontado da sua conta. Eu particularmente acho isso um saco! Personal Trainer (saudades, snif) é coisa de celebridade – a cena de uma pessoa inteiramente por sua conta te ajudando a fazer exercícios na academia seria algo completamente louco no contexto cultural daqui, além de muito caro (uns 100 euros por hora). Em academia de gente “normal” você vira atração turística se tiver um personal, e olha que nem sei se eles permitiriam.

Ano passado tive experiências em academia, mas elas se agudizaram essa semana quando resolvi mudar para uma academia mais equipada e high-tech. Eu sinceramente não sei o que acontece se você for brasileiramente à academia aqui – talvez alguém chame sua atenção, mas talvez ninguém fale nada e só observem te achando o maior porcalhão. Esse mico me foi poupado porque meu marido me entregou o ouro logo no início. Para compatriotas que não queiram pagar mico, explico: para começar, nada de ir para a academia já com a roupa de malhar – você leva em uma mochila e troca lá. E isso vale principalmente para o tênis – eles consideram o galpão um lugar super limpo, os instrutores até de meia ficam. A maioria dos alemães têm um tênis só para academia – então a gente leva o tênis (limpo!) na mochila também, jamais entra com ele. Outra coisa que percebi é que eles possivelmente acham o suor alheio a coisa mais nojenta do universo – você tem que levar sua toalha e SEMPRE forrar os aparelhos com ela onde seu corpo vai entrar em contato. Em aparelhos como elíptico, depois que você usa tem que limpar onde pegou com as mãos com álcool e papel toalha, como cortesia para o próximo freguês. 🙂

Por fim, ir à academia é sinônimo de “pegar uma sauninha”. Saunas aqui são um capítulo à parte, mas adianto que são muito populares, mistas e tem que ir pelado. Por isso ainda não fui e acho que vai demorar um pouco para eu abrir minha cabeça neste aspecto. 🙂 O ambiente de musculação é também bem diferente – um silêncio mortal, sem música no fundo, cada um ocupado com seu exercício e sem aqueles BONS PAPOS e gargalhadas que vemos no Brasil.

Agora a cereja do bolo – não foi apenas meu primeiro grande choque cultural aqui – foi também meu primeiro grande MICO com a língua alemã. Interessante o mico ter chegado só agora, que jurava já estar imune. Fui fazer avaliação na academia nova (isso nunca tinha feito aqui). Na hora de fazer a bioimpedanciometria o homem (lindo e alto e forte) pediu pra eu subir na balança. Ele pediu para eu tirar as meias antes. A palavra que ele usou para dizer “meias” é a segunda mais comum (eu usaria outra) e eu confundi com a palavra meia-calça. Como eu não sabia se tinha outra palavra alemã para legging eu achei que era pra eu tirar a calça. Foi tudo muito rápido, eu conhecia todas essas palavras e não sei o porquê de ter trocado. Achei estranho porque a porta da sala tava aberta, mas pensei “deve ser coisa de alemão, eles ficam pelados na sauna, né?”. O pior é que tinha colocado uma daquelas calcinhas sem costura pra usar com vestido de festa – BEGE, minha única calcinha bege. Justamente porque eu não queria marca nenhuma na legging para ser o mais discreta o possível no primeiro dia. CALÇOLA de vó. Daí eu tiro a calça, olho pra cara do homem e percebo meu erro. Sabe aquele episódio de Friends em que o Ross tenta beijar a prima e daí fica em silêncio pensando no que vai dizer, pensando “SAY SOMETHING!!!” – pois é, foi tipo isso – eu só disse “ai, entendi errado, no Brasil é assim“. kkkkkkkkk Cadê o buraco para eu enfiar a cara?

Pior que depois eu ainda não sei se quero ir pra essa academia mesmo – fiz o teste e achei muito salgado para o que promete. Acho que vou continuar na minha tosca com os halterofilistas desdentados.

* Obs: Meu instagram novo –> http://instagram.com/anacris.lc

Beijos!

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