27
novembro
2014

Minha opinião sobre a Naked Basics

Postado por Ana em Maquiagem

Acho que todas vocês conhecem a paleta Naked da Urban Decay, que aliás é minha paleta de sombra favorita (tenho exatas 8 paletas). Ela é tão versátil que viajo só com ela, sempre. Dá pra fazer desde maquiagens básicas até mais peruas e festivas (tem douradão, sim Senhor). E são cores que não exigem muita “sabedoria”, sabe? Tipo usar sombra azul sem ficar medonho não é pra qualquer pessoa, ou usar tons de rosa sem parecer alérgica também não. As combinações da Naked são muito difíceis de avacalhar. Depois lançaram a Naked 2 e a Naked 3 – olhei as duas na Sephora e não me seduziram. Acho que a Naked 1 ainda é imbatível! Mas a Naked Basics é uma que eu vinha namorando há um tempão. Pois, na minha vida de GENTE COMUM, eu acabo usando coisas mais neutras mesmo. Por isso queria uma paletinha mais curinga pra esse fim, que coubesse na minha bolsinha de maquiagem (a Naked não cabe). Essencial não é – mas eu estou gostando de ter.

basics1
naked2

A Naked basics tem as seguintes cores:

Venus – um peroladinho bom para iluminar canto interno
Foxy e W.O.S – duras cores boas de colorir a pálpebra móvel, mas discretas no meu tom de pele
Naked 2 – é um pouquinho mais escura que a Naked (da Naked 1), uso para esfumar todas as outras
Faint – marrom para marcar o côncavo ou colocar no canto externo
Crave – marrom MUITO escuro, quase preto. Eu não consigo usar muito – quando uso é para misturar com a Faint e deixar o canto externo mais escuro.

Se eu pudesse mudar alguma coisa nela, trocaria o marrom quase-preto por um marrom escuro normal!

Claro que quem sabe maquiar mesmo consegue fazer olhos super festivos com ela também. Afinal, um olho escuro esfumado bem feito é imbatível! Pena que todas as vezes que tentei fazer um olhão escuro esfumado ficou uó, rs!! Então estou usando para fazer coisas mais simples como essa maquiagem aqui:

anamake

Depois que passo o rímel acaba destacando mais ainda os olhos (esqueci de tirar foto, dã). Ao vivo dá pra ver mais do que na foto, principalmente o canto externo estava bem mais escuro ao vivo – eu nunca consigo tirar foto direito de maquiagem, que desânimo! 🙁 Marco o côncavo com a Faint. Preencho a pálpebra móvel com a Foxy ou W.O.S, ilumino o cantinho interno com a Venus. Uso uma mistura do Faint com o Crave para escurecer o canto externo das pálpebras. E no final esfumo tudo usando a Naked2 ou a W.O.S. Como vocês podem ver, são cores que no meu tom de pele (morena clara) não aparecem muito – mas eu pessoalmente acho tem muita diferença entre usar tons assim e não usar nada – eles cobrem o aspecto meio roxo, meio doente que minha pele de fábrica tem. 🙂

Vou assim assistir aula, por exemplo. Se estivesse na escola ou faculdade, ia ser uma ótima opção também pro dia-a-dia! Sinto que estou arrumada sem estar perua demais! A fixação é ótima (sempre uso sobre o Paint Pot da MAC) – e é aquela coisa, sombra é um TREM que dura muuuuuuuito ! Talvez muito óbvio isso, mas ela só vale a pena para quem está procurando cores muitíssimo discretas! Não compre esta paleta pela internet sem testar antes – imagino que ela tenha alto índice de rejeição (apesar de EU adorar).

Beijos!

24
novembro
2014

Quando o diastema volta

Postado por Ana em Crônicas cosméticas

Primeiramente, obrigada pelos comentários no último post. Sem palavras pra agradecer tanto carinho… Ali falei sobre um pequeno sucesso, hoje vou falar de um fracasso! Daí azinimiga se alegram também e ninguém fica triste!!! 🙂

Minha vida É um DENTE. O dente é um sol ao redor do qual gira minha vida.

Pra começar, passei minha infância na cadeira do dentista.Escrevi aqui sobre isso. E, pra piorar, eu tinha os dentes mais tortos que um ser humano pode ter. Se você acha que a Thássia Naves não sorri para fotos é porque não me conheceu na infância. Minha boca nem fechava direito, era dente pra tudo quanto é lado.

diastema“Ana Naves” em ação

Eu não tenho nenhuma foto sorrindo com a boca aberta de quando era criança maiorzinha – eu morria de vergonha. Quando ria “ao vivo” colocava a mão na frente na boca – demorei anos pra perder esse hábito, aliás. Aos 12, finalmente comecei a usar aparelho móvel e “freio de burro” (este último só à noite, ainda bem). Nos fins dos 13 coloquei o aparelho fixo e após 1 mês o mais importante aconteceu: o diastema (aquela lacuna entre os dentes) entre meus incisivos superiores fechou como mágica. E daí foram mais 4 anos usando fixo + freio de burro à noite. Quando tirei o fixo tinha quase 18 anos e continuei usando móvel à noite. Meus dentes ficaram com alinhamento ótimo (apesar de terem descalcificado um bocado ao longo do tratamento), mas eu pude finalmente deixar aparelhos meio de lado. Após algum tempo sumi do ortodontista (guilty!) e nem usava mais aparelho nenhum. Isso durou bastante tempo, foram anos felizes sem diastema. Até eu mudar pra essa terra da salsicha, onde a Odontologia é uma ciência curiosa. Dentistas aqui são, via de regra, os profissionais mais bem-pagos do país (encabeçam as listas de renda), mas no geral os alemães não cuidam bem dos dentes, quase ninguém liga pra dente e a ortodontia (“aparelho”) não é para todos. Muita gente tem dentes tortos – e está bem assim. E, no meu caso, que tive em 2014 o maior problema burocrático com seguro de saúde, só tenho direito a atendimento odontologico de urgência por enquanto. Se eu quiser fazer uma visitinha “de rotina” posso bem separar alguns milhares de euros. Meu marido fez um mini tratamento esse ano e pagou 3 mil euros (o seguro reembolsa). Se eu quiser usar aparelho nos dentes aqui, VIXE, posso vender um rim pra pagar uma parte. E foi nesse contexto que meu diastema, vagarosamente, voltou a se formar.

diastemamain

Após uns 10 anos sem usar aparelho. Ironias da vida … Se eu estivesse em BH isso seria zero problema. Não está muito grande (cabe uma folha de papel), mas se eu não fizer nada vai só piorar. E a estética é o menor dos problemas. Às vezes, quando estou comendo ou até fazendo biquinho pra passar blush (qualquer coisa que crie uma pressão negativa, sei lá ) o “freio” fica preso dentro do diastema e não solta fácil. São uns 30 segundos de pura dor (imagina quando estou em público) até eu conseguir soltar a porcaria do freio.

Pelo que pesquisei, existem vários motivos para um diastema recidivar- e, para quem se interessar, há um bom arquivo resumindo o tema “diastema entre incisivos superiores” aqui. Acho que, no meu caso, do alto da minha leiguice, as hipóteses mais prováveis são

1) Toque anterior da mordida (?)
2) Memória periodontal (?)
3) Inserção inadequada do freio bucal (?)

Ou tudo isso junto! Uma amiga da minha irmã é ortodontista e se propôs a fazer o máximo possível para ajudar com meu problema “à distância”. Tipo planejar uma solução com base em fotos e tal. Mas como só vou ficar uma semana em BH é impossível querer resolver tudo dessa vez. Vou consultar com ela agora para, na próxima visita, quem sabe, poder resolver o problema de vez (aparelho? Cirurgia? Não sei…) Eu fiz em casa um teste que ela me passou e parece que é o freio mesmo – eu nunca nem tinha reparado que tinha um, nem sabia que era freiúda. 🙂 De qualquer forma, mesmo resolvendo a causa, tenho que fechar esse espacinho que se formou. Sabe-se lá como e quando. Vou repetindo o mantra enquanto isso: Brigitte Bardot também tem, Brigitte Bardot também tem …

bardotQuantas reencarnações necessárias para eu nascer assim, hein?

Quando eu postei que diastema estava na moda não poderia imaginar que euzinha entraria na moda em tão pouco tempo. Acho que um anjo leu o meu post e falou “amém”.

Toma, distraída!!!!

Beijos aguardando opiniões das leitoras dentistas e/ou diastemudas

20
novembro
2014

Sobre lutas e conquistas

Postado por Ana em Diário de uma expatriada newbie

Desde junho eu não alimentava meu “Diário de uma expatriada newbie“, então bora lá! Eu sumi na última semana e quem me segue no Instagram já sabe o porquê. Senta que lá vem a história…

Em janeiro deste ano eu estava aqui, apesar de só ter vindo de mala e cuia em abril. Naquela ocasião as coisas estavam dando errado com a papelada do casamento, eu estava estudando para minha prova de título no Brasil e, um dia, quando pensei em tudo que deveria fazer em 2014, eu meio que dei uma piradinha. Meu santo marido, talvez a pessoa mais otimista que já pisou neste planeta, me fez sentar à mesa, pegou um papel e um lápis e com sua ~terrível~ caligrafia começou a fazer uma listinha. Era a lista de todas as coisas que eu deveria fazer em 2014 para que, no fim dele, eu visse que superei todas. Segundo ele. Enquanto ele a escrevia, eu, com lágrimas nos olhos, cética em relação a todos aqueles ítens, senti ódio daquela lista. Assim que ele se levantou eu não só não a guardei como rasguei e joguei no lixo imediatamente. E o ano começou a passar.

wayO longo caminho que foi 2014

Realmente – que ano intenso foi esse! Foi desafio seguido de desafio e tudo temperado com o fantasma da saudade, da mudança, da adaptação. O pior de todos eles aconteceu há dois dias. Ao longo do ano todo fui cumprindo requisitos para revalidar meu diploma (isso porque já tinha cumprido o da língua há anos). Na última semana do meu estágio no hospital de olhos daqui eu finalmente recebi um e-mail me convocando para a prova de equivalência – a etapa final. O único porém: eu teria que reaprender medicina em alemão em 3 meses. Fora matérias específicas que não temos na faculdade, tipo “medicina jurídica alemã” e “proteção da radiação”, oi?). Para no final fazer uma prova prática e oral – se passasse, receberia minha Approbation, que é mais que uma revalidação ou permissão para trabalhar, é o mesmo documento que os médicos alemães têm (isso só é possível desde 2012, antes era só a permissão).

Tenho algumas colegas oftalmo que lêem o blog e acho que elas entendem o tanto que é sofrido estudar coisas desde anatomia do ombro até fibrilação atrial quando, nos últimos anos, você esteve ocupada com aquela coisinha na cara que se chama OLHO. Fui passar 5 semanas no Brasil com meus livros na mala e nas primeiras sentadas eu senti que seria impossível. Todas aquelas palavras eu mal tinha no vocabulário passivo, como as passaria para o ativo em tão pouco tempo? E eu mal lembrava o que era um coração! Rs! Eu diria que, nesse processo, aprendi mais de mil palavras novas. Vi também o quanto a medicina tem coisas diferentes de um país para outro – conceitos que eu julgava serem universais simplesmente mudam, os nomes das doenças mudam. Pequeno exemplo pras colegas – aqui se testa Blumberg na FIE! E se você falar de Graves ninguém sabe o que é – tente Morbus Basedow. E assim foram os meus últimos três meses – muitas, muitas horas sentada na cadeira estudando.

zeroglamourVida real, amigas…

Sobre as provas na Alemanha há duas curiosidades: é o país das três chances e o país da prova oral. Minha experiência no Brasil com prova oral era mínima e isso me deixava mais ansiosa. Aqui, se você estuda direito ou medicina e não passa na terceira tentativa da prova estatal, acabou! É como se tivesse ido à faculdade à toa. E isso serve para várias outras provas. Com a minha não foi diferente.

Paguei 500 euros(!!!) pra fazer a prova, só teria três chances (imagina a ansiedade de uma segunda/terceira tentativa?) e se eu não passasse agora teria que esperar em média 8 meses para tentar novamente. Estou no pior Estado para isso, o meu não permite trabalhar de verdade sem esse documento – e eu não pretendia ir para outro estado. Daí juntou-se toda essa ansiedade e lá fui eu anteontem para outra cidade fazer a prova. Parecia que estava indo para um front de guerra, aquela sensação horrível no corpo todo.

antesFoto que tirei imediatamente antes de entrar para a prova.

E, nem do auge do meu pessimismo eu consegui “acertar” minhas previsões: era pior do que eu pensei, muito pior. Os avaliadores eram pessoas gentis, mas aquela situação – não desejo nem pras inimigas. Foram 5 horas de tortura. Como eu consegui me controlar, só Deus sabe. Quando me chamaram de volta à sala para me dizerem que eu tinha passado, não consegui segurar as lágrimas, o que levou os velhos professores alemães à gargalhada. Sim, é por causa de pessoas como eu que os brasileiros têm fama de chorões. HAHAHAHA Mas era um choro de quem tira 1000 toneladas das costas – há tanta coisa por trás que eles não poderiam nem imaginar. Liguei pro meu marido e depois mandei whatsapp pra minha irmã. Disse que estava com vontade de sair correndo pelada e gritando de tanta alegria – olha que estava frio! Mas isso não fiz não kkkk!

saidaAssim que saí do hospital o dia estava feio assim, mas vi tudo cor-de-rosa, haha

E agora – é vida que segue. Currículos, entrevista… E continuar estudando outras coisas, sempre! Tudo depois das minhas merecidas férias, claro! Agora eu não preciso mais responder àquela pergunta chata “mas vai dar pra exercer lá?” que eu tinha que responder em média 20x por semana, desde às amigas até à cunhada do sogro da prima. Sério, eu não aguentava mais.

E sabe o que é o melhor? Eu nunca mais na minha vida terei medo de prova alguma. Simplesmente porque pior que essa não existirá jamais. Minha relação com o país mudou imediatamente – pequenas timidezes do dia-a-dia estão evaporando como mágica. Ter medo de que agora? Eu já ando de cabeça mais erguida. E diria que já estou 98% adaptada, eu amo de verdade a Alemanha e brinco que, mesmo se levar um pé na bunda, eu não vou embora mais não. 🙂

Por isso que falei naquele postfora da zona de conforto é que a mágica acontece. That’s magic, my friend.

comfort

Obrigada às leitoras que estavam torcendo junto. Sei que são muitas e agradeço de coração!

Beijos de quem não queria ter rasgado aquela lista!

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